Vencedores da semana é a coluna semanal de Henrique Bulio, publicada durante as segundas-feiras como forma de resumir a rodada anterior. Clique aqui para conferir o índice da coluna.
Patrick Mahomes
Invencível. Essa é a aura atual do Kansas City Chiefs. Ao longo da semana, não haviam tantas dúvidas sobre a presença de Mahomes no jogo mesmo após adentrar o protocolo de concussão no último dia 17, e mesmo sem estar 100% saudável na final de conferência, bastou um pouquinho de dificuldade no início da partida para que os Chiefs trocassem a marcha e dominassem o Buffalo Bills, que não teve quase nenhuma chance na partida depois de abrir 9 a 0.
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Mahomes, ainda sofrendo os efeitos de uma lesão no dedão e com a mobilidade afetada, completou 76% dos passes e, pela terceira vez na carreira, terminou a final de conferência com 3 touchdowns e 0 interceptações. Ele não foi o melhor jogador da temporada regular, porém, fica evidente que ele é hoje o melhor jogador da NFL.
Todd Bowles
Parar o fortíssimo ataque do Green Bay Packers era uma missão quase que impossível e que Todd Bowles montou um plano de jogo capaz de realizar tal feito – como resultado, os Buccaneers surpreenderam no Lambeau Field e estão classificados para o Super Bowl. Forçando dois turnovers e pressionando Rodgers 22 vezes ao longo do confronto, Tampa Bay limitou o quanto pôde o ataque dos Packers. O dado chave para a vitória dos visitantes foi que, após os Buccaneers cometerem 3 turnovers, o time só cedeu 6 pontos nos drives seguintes.
Não vai acontecer em 2021 porque, com os Buccaneers chegando tão longe na temporada, a grande maioria das vagas disponíveis já foi preenchida, mas Todd Bowles merece uma segunda chance como treinador na NFL. Na sua primeira oportunidade, com o New York Jets, ele foi quase que sabotado por um elenco fraquíssimo que lhe dava poucas oportunidades de sucesso. Em Tampa Bay, ele provou novamente ser capaz de liderar um time até o sucesso.
Travis Kelce
Como você para Kelce? É quase que impossível. Os Bills não são um excelente time defendendo tight ends e, assim como na semana 6, Kelce foi bastante dominante durante o confronto, especialmente quando os visitantes estavam defendendo em zona. Tyreek Hill ganha mais mídia por sua velocidade e capacidade de big plays, porém, Travis Kelce é o recebedor mais importante dos Chiefs.
A impressão durante a final da AFC era de que o jogador dos Chiefs estava sempre livre, especialmente quando Mahomes estava pressionado e precisava soltar a bola rápido. Nenhum tight end tem tanta capacidade de encontrar espaço em coberturas em zona quanto Kelce, que terminou a partida com 13 recepções em 15 passes lançados em sua direção e adicionou 118 jardas e 2 touchdowns. Boa sorte para Todd Bowles montando um plano defensivo para pará-lo.
Steve Spagnuolo
É a segunda pós-temporada consecutiva em que Spagnuolo brilha. Josh Allen foi muito bem defendido na final da AFC: depois que os Bills abriram 9-0, o único touchdown que cederam foi já no garbage time, e Buffalo não conseguia anotar pontos quando chegava perto da end zone. Os Chiefs tinham uma das piores defesas da liga há dois anos atrás, razão principal pela qual foram superados pelo New England Patriots em 2018, e a chegada de Spagnuolo remediou bastante o problema.
Ele já possui dois títulos na função de coordenador defensivo: no ano passado, com os mesmos Chiefs, e em 2007 com o New York Giants, quando ele montou um plano defensivo responsável por tirar a invencibilidade dos mesmos Patriots, que tinham Tom Brady de quarterback na melhor temporada de sua carreira. Quem é o quarterback dos Buccaneers? Pois é.
Scotty Miller
Tudo é uma questão de oportunidade. Quando Antonio Brown chegou aos Buccaneers no meio da temporada, os snaps de Scotty Miller foram diminuindo cada vez mais, por mais que ele viesse fazendo uma boa temporada. Brown não pôde jogar no domingo por uma lesão no joelho e Miller teve um papel maior mesmo num grupo com Mike Evans, Chris Godwin e Rob Gronkowski e, bem, não dá pra dizer que ele não aproveitou.
A jogada decisiva para a vitória veio de uma rota vertical que resultou num touchdown de Miller no último lance do segundo quarto, quando o cronômetro mostrava 6 segundos para o intervalo. Com a pontuação, os Buccaneers ampliaram o placar para 21 a 10 e tinham uma vantagem considerável para o segundo tempo. 2 recepções e 36 jardas não são muito, mas significam tudo quando englobam a jogada mais importante da partida.
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