Bell, Cousins e Johnson: prazo para assinar contrato longo pós-franchise tag termina hoje

Acaba hoje, as 17h (Horário de Brasília), o prazo para que as equipes da NFL assinarem contratos de longa duração com os atletas em que colocaram a chamada franchise tag.

Em miúdos, a tag (explicada melhor abaixo) nada mais é do que um instrumento para “empurrar” com a barriga a negociação com dado jogador. Só que essa empurrada vai até julho: se ele não tiver novo contrato de nova duração acordado, o atleta joga com contrato de um ano e é free agent no ano posterior (a menos que a tag seja colocada novamente, mas aí a um valor superior).

Neste ano, apenas três atletas não tiveram suas extensões contratuais após receberem a tag: Le’Veon Bell (RB, Pittsburgh), Trumaine Johnson (CB, Los Angeles Rams) e Kirk Cousins (QB, Washington).

Todos devem acabar jogando com a tag neste ano e isso pelos mais variados motivos.

Bell joga na posição mais delicada de se dar um contrato de longa duração, a de running back. O “problema” é que ele é, discutivelmente, o melhor da NFL na posição – assim, um contrato faria sentido aqui. Por outro lado, o jogador já teve problemas com lesões e suspensões pela liga (o que dificulta um acerto de longa duração).

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Completamente apertados no cap, os Rams também não devem entrar em acordo com Trumaine Johnson. A equipe é muito rasa na posição de cornerback e meio que empurrou total com a barriga neste caso: está pagando Johnson alto para não ficar sem nenhum cornerback minimamente confiável – e ao mesmo tempo ele não vale um contrato de longa duração por ora.

Por fim, temos a mega-incógnita que é Kirk Cousins em Washington. Embora tenha tido estatísticas impressionantes nos últimos anos, Cousins falhou na campanha derradeira contra os Giants na última partida da temporada passada – New York já estava classificado e para Washington, bastava a vitória para carimbar o passaporte rumo a pós-temporada. Cousins foi interceptado e isso certamente lhe custou alguns milhões. A situação do quarterback é até confortável: ele ganhará 24 milhões de dólares para a próxima temporada e pode ser alvo dos 49ers em um contrato de longa duração na próxima temporada – caso Washington aplique a tag novamente, seu contrato em 2018 seria de um ano e impressionantes 35 milhões de dólares.

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Por fim, uma nota irônica: Bell e Cousins jogaram juntos em Michigan State, quando ainda no college football.

Entenda o que é a franchise tag

Com a criação do teto salarial na NFL, ao início da década de 1990, as franquias perderam bastante “poder de fogo” em manter seus principais jogadores quando os contratos destes chegavam ao final. Assim, para equilibrar mais as coisas e não fazer com que jogadores ávidos por dinheiro deixem as franquias na mão, a liga criou o instrumento da Franchise Tag – ou, em tradução livre, “Etiqueta do Jogador Importante para a Franquia”. Em outras palavras, é justamente isso que você pensou: um meio de “segurar” um jogador cobiçado pelos outros times.

Claro, isso não vem de modo fácil: a franquia acaba tendo que compensar esse jogador com bastante dinheiro. Ao mesmo tempo, também há de ocorrer um compromisso de tentar desenvolver um contrato de longo prazo – até porque, se não, vira bagunça. A franchise tag é, na prática, benéfica para a NFL como um todo. Depois da ressaca do Super Bowl, a “marcação” dos jogadores com a tag é o primeiro grande evento do calendário da liga – seguido pelo Combine, Free Agency, Draft e etc. Para a temporada 2017, os times tiveram de 15 de fevereiro até 1º de março para “proteger” seus jogadores com a etiqueta – e, depois, até 17 de julho para assinar um contrato de longa duração.

Lembrando, claro, que apenas um jogador por time pode ser “etiquetado” com uma das três modalidades, as quais explicaremos a seguir.

I) A Franchise Tag Exclusiva

A um dado jogador (e apenas um) é oferecido um contrato de um ano, cujos valores não sejam menores que a média dos cinco maiores salários da posição desse jogador – ou em 120% do salário desse jogador anteriormente, o que for maior. O time tem direitos exclusivos para negociar com esse jogador. Esse modelo foi pela última vez usado em Drew Brees, pelo New Orleans Saints, em 2012.

II) A Franchise Tag Não-Exclusiva

A um dado jogador é oferecido um contrato garantido (ou seja, se ele for cortado recebe do mesmo jeito) de modo que aquele não vá para a Free Agency. O salário, igualmente, é baseado na média dos cinco maiores salários da posição ou em 120% do salário anterior – novamente, o que for maior. A diferença é que o jogador pode negociar com outros times. Aqui vem a sacada: se um outro time fizer uma proposta, o time original tem o direito de igualar essa proposta em até sete dias – e agora a sacada maior ainda; Se não igualar, o time original recebe duas escolhas de primeira rodada como compensação. Obviamente isso impede que as outras franquias queiram se engraçar com o jogador “etiquetado”.




III) A Transition Tag (“Etiqueta de Transição”)

Igualmente por um ano, como as demais – só que com algumas diferenças. Em princípio, porque o salário oferecido é a média dos dez maiores salários vigentes na posição. A Transition garante que o time possa igualar uma proposta de outra franquia – mas não pode ser usada caso o time já tenha usado quaisquer dos outros dois tipos.

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