Já dizia o filósofo: o segredo da vida é ter autoestima. Brock Osweiler parece ser o rei da autoestima dentre os quarterbacks da NFL.
Após ser pivô da troca mais maluca da história da NFL, a confiança de Osweiler parece não ter sido nada abalada. Explicamos: no dia de início da Free Agency neste ano, os Texans – para se livrarem do oneroso contrato dado a Brock no ano passado – praticamente entregaram de graça uma escolha de segunda rodada para o Cleveland Browns. De brinde, o contrato pesado de Osweiler – que, para um time com tanto espaço na folha salarial como Cleveland, esteve longe de ser problema.
Aí vieram os primeiros treinamentos de intertemporada, os OTAs. Com eles, as coletivas de imprensa. Se você imaginava que nosso querido cosplay de poste estaria humilde ante as péssimas atuações pelos Texans no ano passado, engana-se. Perguntaram para Brock Osweiler se ele se considerava um quarterback titular na NFL. Não, ele não foi perguntado se seria um quarterback titular NOS BROWNS (onde a barra não é tão alta, convenhamos). Perguntaram na NFL como um todo. A resposta? “Com certeza”.
Naturalmente, os repórteres se indagaram se ele estava falando sério e novamente perguntaram sobre o assunto para o quarterback. Brock, então, deu a justificativa: “A prova está nos dois últimos anos do filme de jogadas”. Bom, se ele estivesse fazendo menção apenas à temporada 2015, eu até entenderia. Mas ano passado também? Sim, também. Juro. Ele disse isso.
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Além do game tape não ser nem de longe uma estatística que provaria que Osweiler é digno da titularidade, as estatísticas também não demonstram isso. Ele caiu de 7,15 para 5,80 jardas por tentativa. Pior: saltou de seis interceptações em 2015 para 16 em 2016. Ademais, quem não se lembra do jogo contra os Patriots nos playoffs? Osweiler foi contratado para aquele momento em específico – até porque venceu New England em 2015, quando ainda estava em Denver. Mas aí, nos Texans, espalhou a farofa.
Embora ele ache que a prova está no game tape, não está. A prova do tape é que ele é reserva e precisa melhorar em inúmeros aspectos – do trabalho de pernas à leitura de defesas. Neste momento, Brock não é o titular no papel em Cleveland – Cody Kessler o é. E isso fala muito sobre o camisa 17 vindo de Houston.
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