Browns corta Johnny Manziel – relembre tudo o que ele já aprontou

A montanha-russa finalmente acabou. Hoje o Cleveland Browns anunciou que colocou o quarterback Johnny Manziel nos waivers – ou seja, disponível para qualquer outra equipe. Escolhido na 22ª pick do Draft de 2014, Manziel foi o segundo quarterback escolhido na classe, apenas atrás de Blake Bortles. Ou seja: os Browns tiveram a chance de escolher Teddy Bridgewater e Derek Carr, mas acabaram indo em outra direção.

Na ocasião, o produto de Texas A&M chegou a enviar mensagens de texto para os técnicos de Cleveland, prometendo que, caso escolhido iria se portar como um profissional. “Corre e me escolhe, porque eu quero estar ai. Eu quero detonar essa liga junto de vocês”, disse Manziel no SMS. Após receber a mensagem, o técnico de quarterbacks da equipe repassou para o dono, Jimmy Haslam. Este deu o aval, dizendo para o time trocar “para cima”, podendo assim escolher o camisa 2.

O que acontece quando o dono do time se mete no Draft? Bom, não costuma dar certo. Mais uma vez, como já é de costume há quase duas décadas em Cleveland, quem sofreu foi o torcedor. A instabilidade entre a diretoria, os jogadores e o dono do time acabou produzindo mais um bust. Claro: Manziel tem sua bela cota de culpa, mas não forçou ninguém a fazê-lo.

Relembre as peripécias de Manziel

Exatamente como Ryan Leaf após o Draft de 1998, Manziel resolveu ter a bela ideia de ir para Las Vegas antes do training camp. Sendo bastante claro aqui: não condeno quem faça isso, o problema é quando você é um quarterback profissional que precisa lutar contra o tempo para se adaptar e aprender o livro de jogadas. Naquela ocasião ficou famosa a foto de Johnny visivelmente bêbado e num cisne de plástico, bebendo um champagne diretamente da garrafa. Na mesma viagem, outra foto que ficou famosa foi a dele usando um bolo de dinheiro como telefone. Na pré-temporada, ele mostrou o dedo do meio para o banco de reserva do adversário. Enfim, era um show de imaturidade, inadequada para um jogador profissional na posição mais exigente do esporte.

Em outubro, Manziel e sua namorada se envolveram num incidente que até hoje não ficou muito claro. Eles foram parados pela polícia em Avon, Ohio, e o quarterback disse para o policial que ele e a companheira haviam bebido – mas houve rumor de que ela fora agredida por ele. No mês passado, as duas histórias pareceram se conectar: a polícia de Dallas abriu inquérito para investigar múltiplas agressões físicas do jogador a, agora, sua ex-namorada. Manziel foi denunciado e será julgado por juri popular (como é o procedimento para quase tudo na justiça americana). A NFL continua investigando o assunto, aliás.

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E não foi só. Houve alegações de que Manziel chegou a estar bêbado em treinos e antes do último jogo da temporada de 2014, teve de ser buscado pelos seguranças da franquia para que acordasse e fosse ao treinamento. “Eu realmente acredito que se eles não puderem ajudá-lo, ele não viverá para ver seu aniversário de 24 anos”, disse o pai de Johnny em fevereiro.

Agora, como era esperado após toda essa confusão e mais instabilidade na franquia mais instável da liga, Cleveland cortou o jogador. Manziel foi titular em oito jogos, perdendo seis deles. Nesses, foram 57% de passes completos, sete touchdows passados, um corrido e sete interceptações. As pirotecnias do College Football não foram sustentadas contra as defesas mais ágeis, rápidas e inteligentes da NFL: Manziel teve média de pouco mais de 30 jardas terrestres nesses oito jogos – 259 totais. O quarterback agora está livre para assinar com qualquer franquia – embora seja um tanto quanto discutível se alguma apertará o botão como Haslam fez com os Browns em 2014.

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