Carson Wentz acredita no título dos Eagles na NFC East

O Philadelphia Eagles foi o último colocado na NFC East na temporada passada. Depois de começar o ano com três vitórias e nenhuma derrota, o time acabou caindo de rendimento ao longo do ano – Wentz principalmente. O que aconteceu?

Bom, minha teoria, no caso de Wentz – comprovada por algumas estatísticas. Existe uma tendência verificada quase todo ano na NFL: se um quarterback reserva ou calouro está explodindo de jogar tão bem, uma hora isso vai parar. Primeiro por conta do calendário, dado que por vezes esse desempenho acima da média acaba vindo contra equipes mais fracas.

Segundo, e mais importante de tudo, porque os coordenadores defensivos estudam todo dia vídeos das jogadas desse dado quarterback. E, mais cedo ou mais tarde, eles aparecem com formas de parar esse cara. Principalmente se forem coordenadores defensivos da mesma divisão. Foi o caso de Carson Wentz na Semana 6 contra Washington – talvez o primeiro momento no qual a queda de rendimento do calouro apareceu de forma mais forte.

Wentz estava jogando muito bem contra a blitz, até então. Naquele jogo, o time da capital americana resolveu adotar outra abordagem: mandar pouca blitz (leia-se, menos oportunidades nas quais mandam cinco ou mais homens para pressionar o quarterback). Wentz foi pressionado com blitz em apenas 18,5% das oportunidades de passe na Semana 6 – menor média da carreira. Ao mesmo tempo, Washington gerou pressão em 37% dos snaps (a maior da carreira de Wentz até aquele momento).

Resultado? Mais gente marcando o passe, maior pressão porque ele não se livrou rápido da bola para setores onde os defensores não estavam marcando o passe por vir para a blitz. 50% de passes completos. Pior marca de 2016 para a então sensação de Philadelphia.

Dali para frente as coisas se complicaram – não que Carson tenha sido o único problema dos Eagles, claro. E vale ressaltar que, mesmo sendo o último colocado da divisão, o time ainda foi “o melhor” dos quarto colocados da NFL. Sabendo que agora jogam contra os últimos colocados de sua própria divisão, uma melhora pode aparecer. E Wentz coloca fé nisso.

“Temos altas expectativas aqui”, disse o agora segundanista para uma rádio local de Philadelphia. “Esperamos jogar em janeiro e vejamos o que vai rolar. Nosso objetivo é vencer a NFC East e acreditamos ter as peças para tanto”, completou. Talvez as peças que Wentz se refere sejam as adições na última intertemporada. Só no corpo de wide receivers, foram dois: Alshon Jeffery e Torrey Smith. Além deles, LeGarrette Blount chegou após o running back não renovar contrato com os Patriots. Outra adição – ou melhor, volta – importante é a de Lane Johnson. O tackle perdeu vários jogos na temporada passada por conta de suspensão.

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“Vem sendo divertido. Honestamente, vem sendo bacana trabalhar com eles. No ano passado, nessa época do ano, eu estava trabalhando com jogadores do terceiro time”, disse Carson. De fato, ninguém imaginaria que Wentz seria titular tão cedo na temporada passada. Após a lesão de Teddy Bridgewater em Minnesota, Sam Bradford – então quarterback dos Eagles – foi trocado e o calouro foi alçado à posição de titular.

O início de temporada é crucial para os Eagles e seu calouro. A equipe abre a temporada justamente contra Washington, fora de casa – foi a equipe que primeiro revelou que Wentz poderia ter um desempenho menor do que o esperado se mais jogadores estivessem na marcação. Depois, outro duro jogo contra o Kansas City Chiefs, fora de casa. A terceira rodada traz o New York Giants à Philadelphia – segunda partida divisional do ano. Caso vença os dois jogos divisionais nesse início de temporada, os Eagles podem ficar em posição mais confortável para, quem sabe, impressionar a todos e roubar a NFC East mesmo não sendo favoritos na divisão.

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