No próximo domingo, uma temporada histórica, pelo bem e pelo mal, chega ao fim. Na verdade, é impressionante que chegamos à esse ponto sem nenhum adiamento, podendo olhar para trás e dizer: “bom trabalho, NFL”. Numa temporada ameaçada pela pandemia do COVID-19, as tribulações foram superadas e, na semana do Super Bowl, a sensação que fica é de dever cumprido.
Evidentemente, houve casos e, em alguns momentos, até mesmo um impacto maior que se alastrou dentro das próprias equipes, como foi o caso de Tennessee Titans e Baltimore Ravens, por exemplo; ainda assim, esses percalços foram superados – ainda que com um ar de polêmica – e todos os jogos puderam ser concretizados.
Até mesmo na pós-temporada, chega a ser surpreendente que nenhum time tenha sido afetado com a perda de algum jogador muito importante, já que a NFL se recusou a fazer uma “bolha” para os atletas na reta final, assumindo o risco de um time ser prejudicado caso a contaminação ocorresse. Isso não aconteceu; porém, atletas “menores” [foot] jogadores de rotação, que entram apenas em alguns snaps, ou reservas[/foot] foram atingidos e o Kansas City Chiefs não escapou ileso.
No fim da semana passada, podia-se dizer que se iniciava a fase crítica: a partir daquele momento, se algum jogador testasse positivo para a COVID-19 estaria fora do Super Bowl, pois não haveria tempo para seu período de quarentena acabar. Isso pode virar um problema em Kansas City: na última segunda-feira, o repórter da ESPN, Adam Schefter, trouxe a notícia que Daniel Kilgore e Demarcus Robinson – center e wide receiver dos Chiefs, respectivamente – tiveram contato com alguém que testou positivo para o vírus e, portanto, correm risco de não atuar na grande final. Havia um certo temor de possível contaminação em outros atletas, mas, passados dois dias, nenhum novo caso foi reportado, o que alivia a tensão da perda de algum titular.
Se Kilgore e Robinson continuarem a testar negativo todos os dias, então eles estarão disponíveis para jogar no Super Bowl.
Se ausentes, impacto pode ser sentido
Evidentemente, Kansas City tirou a sorte grande de nenhum nome importante da equipe ter sido contaminado, todavia, nem tudo são flores. Embora não componham a equipe titular, Kilgore e Robinson são jogadores importantes para a rotação, principalmente o segundo, e o impacto de uma possível ausência pode ser sentido ao longo da grande final.
Nesta temporada, mesmo sendo um recebedor reserva, Robinson teve mais de 460 jardas e 3 touchdowns recebidos, sendo um nome que pode fazer uma boa jogada quando em campo, permitindo que os titulares possam ter um tempo de descanso maior. Além disso, na caminhada do título em 2019, Demarcus esteve no gramado em cerca de 47% dos snaps ofensivos dos playoffs (boa marca para um atleta que vem do banco), incluindo uma presença de 49% na grande final contra o San Francisco 49ers. Ainda que não tenha a importância de Tyreek Hill ou até mesmo Mecole Hardman, Robinson poderia acabar sendo uma opção viável no domingo.
Por outro lado, Kilgore é um nome que pouco esteve em campo em 2020. Recém chegado aos Chiefs, ele foi titular em apenas duas partidas – sendo que uma delas foi na semana 17, quando a equipe poupou seus principais atletas – e participou mais como nome de rotação no interior da linha ofensiva.
Na liga desde 2011, Daniel possui experiência atuando na posição, principalmente como center, e pode fazer falta, ainda que não fosse começar a partida; afinal, agora Kansas City possui apenas o calouro Yasir Durant para cobrir alguma das posições caso algum dos titulares do miolo da linha se contunda antes ou durante o confronto – e sua única experiência verdadeira em campo neste ano também foi na semana 17.
Ainda que ninguém importante tenha se lesionado, os Chiefs devem torcer para que não haja nenhum problema extra, já que, n caso de contato com alguém positivo, não haverá mais tempo hábil para fazer a quarentena necessária para jogar domingo. Mesmo que o impacto não seja sentido, manter um plano B é essencial, ainda mais no momento vital de toda uma temporada.
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