Jay Cutler diz que quer jogar em 2018, mas não como reserva

[dropcap size=big]E[/dropcap]u sinceramente não sei nem por onde começo. A timeline de Armando Salguero, principal insider do Miami Dolphins, é uma mina de ouro neste momento. O assunto? Você deve imaginar. Jay Christopher Cutler, o quarterback mais letárgico da civilização ocidental.

A você que se esqueceu como tudo isso está acontecendo, Ryan Tannehill, quarterback do Miami Dolphins, machucou sozinho num treino de pré-temporada. Ele estava se recuperando de lesão no joelho e acabou ficando de fora do resto da temporada de 2017. Para seu lugar, Adam Gase mandou um “Oi, Sumida” no Whatsapp para um velho conhecido: Jay Cutler. E aí começamos com a mesma falácia do 7 a 1 – “Dante conhece os alemães” virou “Jay Cutler conhece o sistema”, dado que jogou com Gase sendo seu coordenador ofensivo em 2015.

Até aquele momento, Cutler estava aposentado e se preparando para ser comentarista da FOX. 10 milhões de dólares e uma ligação de Gase depois, Jay desembarcou em Miami para tentar salvar a franquia de uma temporada desapontadora. Nessa altura do campeonato eu não sei por que estou escrevendo com esse otimismo retroativo, mas vamos lá.

Salguero revelou hoje que, desde agosto, Cutler sequer procurou uma casa para morar em Miami. Ele está morando num hotel desde então e, para coroar, reclamou que os filmes do Pay Per View não mudam com a frequência que ele gostaria. A pérola, contudo, veio quando Cutler negou qualquer indício de aposentadoria para a próxima temporada – como pensávamos, dado que o cara sequer saiu de um hotel. “Quero jogar futebol americano”, disse ao ser perguntado sobre se jogaria em 2018. Contudo, Cutler frisou que não quer jogar em um lugar onde seja reserva – o que, como Salguero apontou, eliminaria os Dolphins caso Tannehill volte na próxima temporada.

O mais bacana é isso: Cutler, em um delírio incrível e delicioso de se assistir, acha que pode demandar ser titular ou reserva em algum lugar. Talvez depois do Monday Night Football contra o New England Patriots, ele pense que tem bala na agulha. Talvez algum sem noção o contrate – Cutler joga bem em jogos noturnos, lembrando. É como eu fazia nas aulas de Direito Comercial – Deus, odiava aquela matéria na faculdade: 5 bola é 10. Lei do mínimo esforço. Cutler joga bem em audiência nacional contra os Patriots e, na sua cabeça, isso basta para algum general manager maluco o ofereça um contrato para ano que vem. Aparte daquele jogo, porém, Jay Cutler continua o mesmo de sempre. 14 interceptações – terceira pior marca da conferência – 68,4 de rating no último quarto – segundo pior da AFC – e toda aquela letargia e falta de liderança que todos nós já conhecemos.



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Sabe qual é o mais insano de tudo? Eu não descarto que isso aconteça. Cutler é como uva passa: pode parecer uma ideia bacana, mas estraga qualquer refeição natalina. Vai que John Elway acha que os Broncos estão a um Cutler de serem competitivos? O time pensou isso no Draft de 2006, só Deus sabe o que fariam na próxima intertemporada. Vejamos as cenas dos próximos capítulos e para qual hotel Jay Cutler se mudará em 2018.

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