Executivo co-criador do “Moneyball” no beisebol é contratado pelos Browns

“Se nós pensarmos como os Yankees aqui dentro, perderemos para os Yankees lá fora”. Talvez este seja o resumo da filosofia do sabermetrics que o Oakland Athletics utilizou ao início da década passada para montar um time com muito menos capital. Embora a NFL não tenha essa disparidade entre as folhas salariais – a bem da verdade existe até a limitação de teto, coisa que não existe no beisebol – o Cleveland Browns resolveu ousar.

Paul DePodestacuja aparência real é esta, colocamos no topo “ele” no filme com Brad Pitt (onde teve o nome trocado para Peter Brand pelo fato de DePodesta não autorizar sua imagem no longa) – foi o braço direito do general manager do Oakland A’s, Billy Beane, na arquitetura de um time de beisebol utilizando jogadores subestimados pelos olheiros – mas virtuosos quando se analisavam estatísticas avançadas do esporte. É o que posteriormente se chamou de “Moneyball”.

Faz sentido para Cleveland

Depois de demitir seu general manager (Ray Farmer) e seu técnico (Mike Pettine), a franquia tem um terreno novamente em terra arrasada – ideal para a utilização de conceitos menos ortodoxos, natural do sabermetrics. Embora não haja tantas estatísticas avançadas no futebol americano em relação ao beisebol, há algumas interessantes (como o DVOA, utilizado pelo site Football Outsiders, e outros conceitos parecidos, como Yards Above Replacement – o equivalente a Wins Above Replacement na MLB). Por mais que soe um tanto quanto absurdo a contratação de um executivo de beisebol para o futebol americano, vale ressaltar que Podesta jogou futebol americano E beisebol enquanto fazia sua undergraduation em Harvard. Além disso, os conceitos estatísticos do Moneyball podem ser utilizados para a NFL em alguns pontos, como ilustramos acima.

Paul DePodesta era um dos nomes fortes do New York Mets – que chegou à World Series de 2015, perdendo para o Kansas City Royals – sendo por lá vice-presidente de desenvolvimento de jogadores e de scout amador. Além da passagem por Oakland, ele foi general manager no Los Angeles Dodgers por um breve período. Na NFL, no Cleveland Browns, chega para ser “gerente estratégico”, de acordo com Chris Mortensen, insider da ESPN americana.

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