Lembra dele? Dion Jordan não quer ser lembrado como bust e busca última chance

Em 2013, o Miami Dolphins “subiu no Draft” para escolher um defensive end. O objetivo era muito simples: tentar parar Tom Brady de alguma forma. Assim avaliei a escolha de Dion Jordan e o trade up como um todo, ainda em The Concussion: “Contras: Jordan jogava em 3-4 na Universidade de Oregon. Por conseguinte, sua adaptação não será tão fácil ao playbook do Miami Dolphins, visto que este joga em 4-3.”

Antes o esquema tivesse sido o único problema. Em realidade ele até foi: Jordan era muito leve para jogar no 4-3 – como edge no 3-4 funcionava, mas 3-tech/5-tech no 4-3 já ficava mais difícil, seria necessária mais fisicalidade. Para ganhar massa, ele acabou recorrendo ao uso de anabolizantes. Dentre suspensões por substâncias proibidas e tóxicos (ecstasy/maconha, especificamente), Jordan já foi suspenso por três oportunidades. Na segunda foram seis jogos em 2014. Depois, outra, lhe suspendendo por toda a temporada de 2015 – a suspensão, em realidade, era por tempo indefinido.

Agora ele pretende voltar. Nesta quarta-feira ele pretende peticionar à NFL para seu retorno. “Acabei de fazer 26 anos, e aí a vida começa a te jogar coisas na cara”, disse o jogador ao jornal USA Today. Pelos últimos dois meses, o produto de Oregon vem trabalhando duro com um personal trainer de San Francisco – cujo rol de clientes inclui Marshawn Lynch, ciclistas profissionais e lutadores de MMA. Desde então, ele perdeu 8 quilos de gordura e está agora com 122 kg (270 libras).

Caso Jordan tenha sua suspensão levantada, ele voltaria a se juntar aos Dolphins. Um dos executivos da franquia, Mike Tannenbaum, disse mais cedo neste mês que “uma vez que Jordan seja reinserido aos quadros da liga, ele será um membro do time e aí pensaremos como as coisas acontecerão”.

Dion encontraria uma comissão técnica totalmente diferente daquela que “subiu” no Draft com o sonho de encontrar uma forma de parar Tom Brady na AFC East. Com efeito, ele terá de se provar antes mesmo da temporada. Caso Jordan esteja no elenco após o quinto dia de Training Camp, ele ganha bônus de 1,7 milhões de dólares.

Por ora, seu status é de bust. Escolha de primeira rodada, a qual fora feita por meio de troca e no top 5, Jordan estragou o início de carreira sendo suspenso por três vezes – todas elas por uso de substâncias controladas, sejam estimulantes ou tóxicos. “Eu só quero jogar futebol americano. Porque eu mesmo me coloquei em problemas”. Ao que tudo indica, pelas palavras do defensive end – e o comprometimento em treinar – ele quer tirar esse rótulo de bust.

É possível? Sim, claro. Alex Smith é prova viva disso na virada da década. Até então ele tinha um gigantesco rótulo de bust e hoje comanda o Kansas City Chiefs. O caso de Jordan é (um pouco) mais difícil, dado que ele terá que se provar aos técnicos dos Dolphins. Caso não consiga e seja cortado, a maratona continua como eventual jogador free agent (passe livre).

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