Mais um ano que se passa e o Denver Broncos segue na draga. O torcedor, que tinha esperanças para a temporada após o bom final de 2019, viu lesões e más performances ruírem com o sonho de uma pós-temporada. Com apenas três vitórias em nove partidas, os Broncos não passam de figurantes no restante de 2020, não tendo condições sequer de almejar uma vaga no wild card da AFC. O grande problema é que esse é o enredo não somente deste ano, mas de tudo que se viu em Denver desde a conquista do Super Bowl 50.
Porém, como já diria Mano Brown, é da lama que vem os diamantes. Com sete partidas por se jogar ainda, Denver pode usar o restante da temporada como um grande laboratório. Sim, parece deprimente (e realmente é um pouco, vista a repetição dos resultados), porém é o que resta. E uma coisa é certa: existe talento nos Broncos. A junção das coisas ainda não funcionou, a engrenagem não está colocada de forma certa. Porém, isso não quer dizer que todas as peças merecem ir para a sucata.
A defesa tem peças de alto nível
Como tem se tornado praticamente uma tradição em Denver, a defesa tem feito seu trabalho de maneira de consistente. Por vezes o excesso de pontos sofridos passa muito mais por posições de campo ruins e por vezes até mesmo um cansaço, uma sensação de “chega, a gente se mata aqui e nada do outro lado”. Pode soar como falta de profissionalismo, mas quando você está tomando pancada (literalmente) a toa, por vezes pensa em se resguardar, afinal de seu corpo depende seu trabalho. Mas talento não falta na unidade.
Um exemplo é o de Bradley Chubb. Selecionado na quarta escolha geral de 2018, ele teve um ano de calouro excelente, com 12 sacks, despontando como uma estrela em ascensão. Porém, em 2019 uma lesão na semana 4 o fez perder o restante do ano. Para esta temporada, sem Von Miller, a expectativa é que ele assumisse o protagonismo e isso vem acontecendo: já são 5,5 sacks, além de inúmeras pressões, o que faz os Broncos ficarem mais tranquilos quanto ao futuro do pass rush da equipe.
A posição de linebacker também teve uma confirmação: Alexander Johnson despontou em 2019 como líder num ponto que o time era carente desde a saída de Brandon Marshall e Danny Trevathan, porém faltava um ano completo para que ele provasse que não era apenas um amor de verão. E ele tem feito isso muito bem: se não dá para o colocar na elite da NFL, Denver sabe que agora pelo menos tem um líder defensivo e que traz solidez no segundo nível. Além dele, o cornerback Bryce Callahan se recuperou de lesão e tem jogado com consistência, fazendo com que o torcedor não sinta saudades de Chris Harris Jr.
