Recurso de Tom Brady é indeferido e suspensão continua valendo para 2016 – ainda resta a Suprema Corte

Em maio de 2014, a National Football League por meio do poder punitivo conferido ao seu comissário, Roger Goodell, suspendeu Tom Brady por quatro jogos para a temporada seguinte, de 2015. Brady, porém, não concordou com a decisão de Goodell: entrou com ação na justiça americana para que a suspensão não fosse aplicável – e dali para frente, um longo processo começou e pelo jeito ainda está longe de terminar.

Após a primeira vitória judicial de Brady antes da temporada regular passada, houve mais duas decisões da justiça americana. Em 25 de abril de 2016, a suspensão voltou a “valer” depois de um recurso sobre a decisão original de primeira instância. Em resumo, a NFL puniu, perdeu na justiça, procedeu com recurso e ganhou.

É contra esse recurso que Brady tentou, por meio do Sindicato de Jogadores (NFLPA), nova apelação. Ou melhor: ser ao menos ouvido pela corte. Hoje tivemos a terceira decisão sobre o processo, na qual o último pedido de Brady foi indeferido. Com isso, a suspensão de quatro jogos por conta do “Deflategate” continua a valer e passa a contar a partir do início da temporada regular de 2016. O quarterback titular do New England Patriots e quatro vezes campeão da liga ficaria de fora das partidas contra Cardinals, Texans, Dolphins e Bills. Seu substituto deve ser a escolha de segunda rodada de New England no Draft de 2014, Jimmy Garoppolo.

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Ainda cabe, em tese, recurso para Tom Brady. Seria na Suprema Corte dos Estados Unidos, a mais alta corte do sistema judiciário americano. Com efeito, seria a última possibilidade de reverter a suspensão instaurada pela NFL originalmente em 2014.

Relembre o caso pela timeline de eventos:

18 de janeiro, 2015: O New England Patriots vence o Indianapolis Colts na final da Conferência Americana, 45-7.
20 de janeiro, 2015: É descoberto que 11 das 12 bolas utilizadas pelo ataque dos Patriots no primeiro tempo da partida estavam com pressão menor do que o regulamento manda.
23 de janeiro, 2015: Bill Belichick e Tom Brady negam qualquer envolvimento em alterar pressão das bolas.
6 de maio, 2015: É dada publicidade ao “Relatório Wells”, com investigação detalhada sobre as bolas usadas na Final da Conferência Americana
11 de maio, 2015: A NFL, por meio de Roger Goodell, emite suspensão de quatro jogos a Tom Brady. O embasamento da decisão se dá no relatório, onde se concluiu que era “mais provável do que improvável” que Brady tivesse participação na alteração das bolas.
28 de julho, 2015: Em recurso administrativo, a suspensão de Brady é mantida por Goodell.
29 de julho, 2015: Tom Brady critica a NFL em um post do Facebook. O dono do New England Patriots, Robert Kraft, diz que se arrepende de ter cooperado com a NFL na investigação. O Sindicato de Jogadores, por Tom Brady, ajuiza ação para derrubar na justiça a punição.
3 de setembro, 2015: Em primeira instância, o juiz Richard Berman decide que a suspensão está anulada.
23 de novembro, 2015: A Corte de Apelações (espécie de Tribunal de Justiça, por assim dizer) de Nova York anuncia que o recurso da NFL para a decisão de Berman será ouvida em março.
25 de fevereiro, 2015: A Corte de Apelelações do Segundo Circuito em Nova York anuncia que a “câmara” que será responsável pela decisão.
25 de abril, 2016: A apelação da NFL é deferida e a suspensão de Tom Brady, por quatro jogos, volta a valer.
13 de julho, 2016: O recurso de Brady para a decisão anterior é indeferido. Ao quarterback, ainda resta a Suprema Corte.

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