Tom Brady não mostra sinais, aos 39 anos, de que pretende parar. Claro: Brady teve apenas uma lesão significativa na carreira, na Semana 1 da Temporada 2008. Já Ben Roethlisberger, seu adversário na final da Conferência Americana de 2016, disse nesta semana que não garante que jogará na próxima temporada. Aos 34 anos, Ben constantemente perde jogos por conta de lesões em praticamente todas as partes do corpo – e, de maneira hercúlea, muitas vezes vai pro sacrifício e joga machucado.
“Vou tomar algum tempo para avaliar, considerar todas as opções”, disse o quarterback dos Steelers à rádio 93,7 The Fan’s. “Considerarei minha saúde, família e coisas como essas para avaliar sobre a próxima temporada, se é que haverá uma próxima temporada”, completou.
Como a declaração não era esperada, os âncoras do programa de rádio permaneceram perguntando sobre o assunto. Roethlisberger manteve a posição sobre uma eventual aposentadoria, não descartando parar de jogar. “Vou tomar algum tempo e orar bastante, ter certeza que estarei tomando a decisão certa para mim e para família”, respondeu. Em meio às declarações, o técnico do Pittsburgh Steelers, Mike Tomlin, não ignorou a possibilidade real de realmente haver aposentadoria por parte de Roethlisberger. “Ele disse isso. Então tomemos a sério. Eu acho que é uma afirmação justa em termos de onde ele está em sua carreira. Não estou alarmado por isso, é assim que o futebol americano funciona”, disse o técnico da franquia. Tomlin, de toda forma, está esperançoso que Ben volte para a próxima temporada.
Roethlisberger teria mais três temporadas no contrato: 2017, 2018 e 2019. Nelas, contaria em 18, 23 e 23 milhões de dólares no teto salarial. Obviamente, se ele se aposentar, tais impactos na folha salarial não aconteceriam. Mas os Steelers precisariam de um quarterback. No momento, a franquia conta com dois além de Ben: Landry Jones, o reserva imediato e que será free agent em março, e Zach Mettenberger (o que me leva a crer que a franquia gosta muito de quarterbacks com ascendência alemã). Os dois, como você deve saber, não tem o mesmo poder de fogo para manter o time competitivo como Ben o faz.
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Aguardemos os próximos capítulos. Não é bom fazer muito alarde, dado que as declarações foram dadas após uma frustrante derrota na porta do Super Bowl. Não esqueçamos que há pouco tempo Lionel Messi falou que não ia mais jogar pela seleção argentina – após perder novamente a Copa América na final para o Chile – e tempo depois voltou atrás. Tampouco podemos esquecer da eterna novela Brett Favre, com suas 47 aposentadorias. Assim, devemos realmente ter uma projeção mais concreta do futuro de Ben nos próximos meses. Por ora, o sentimento agridoce de chegar à final de Conferência e perder pode ter influenciado suas declarações.
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