Saints devem ter competição aberta por titularidade para QB

Embora Jameis Winston seja um quarterback mais experiente e outrora primeira escolha geral do Draft da NFL, isso não significa que a posição já é dele. Winston teve problemas em passes curtos em seu último ano como titular e é justamente esse o predicado maior do ataque dos Saints. Com um bom training camp, Taysom Hill pode roubar o posto

Tal como um carro esportivo requer uma gasolina com a adequada quantidade de octanos, certos ataques na NFL precisam de predicados específicos para funcionar. Se eles não estão presentes, o sistema não flui como deve, o carro engasga e não anda. Quando falamos no New Orleans Saints das últimas temporadas, o combustível que faz a coisa fluir é o passe curto e preciso. Claro que Alvin Kamara é peça fundamental, mas ele faz justamente parte disso tudo. O que coloca o motor funcionando? A precisão de Drew Brees.

New Orleans não pode mais contar com isso e, por enquanto, ainda não há expectativa positiva para os quarterbacks que ali estão para 2021. Amarrados no teto salarial e escolhendo no final da primeira rodada, os Saints não puderam repor a aposentadoria do hall of famer. Jameis Winston e Taysom Hill brigam para ser titular. Não é a briga que o torcedor gostaria de ver, sejamos francos.

Winston tem mais experiência, mas isso não significa que já é o titular

O repórter Nick Underhill, do NewOrleans.com, disse nesta semana que haverá uma verdadeira competição entre Winston e Hill durante o training camp. Pela experiência como quarterback titular e o eterno rótulo de primeira escolha geral do Draft, Winston sai na frente mas isso não quer dizer que há nada assegurado. O grande ponto é que Taysom, mostrando serviço nos passes curtos, pode levar a vantagem. Para si, já tem o predicado de ser uma ameaça dupla que pode ser bem-vinda num time que tem menos poder de fogo do que em temporadas passadas.

Para Hill, a boa notícia é que Winston tem histórico ruim justamente nisso. Larry Holder, do The Athletic, lembrou em em 2019 o ex-quarterback dos Buccaneers teve apenas 52,8% de passes completos em rotas slant – aquela na qual o recebedor rapidamente corta em diagonal para o meio do campo. É justamente nessa rota que Michael Thomas teve produção absurdamente acima da média nas últimas temporadas. Se Winston melhorar sua precisão em curta distância, de nada adianta o braço forte que mostrou em Tampa Bay – até porque não é nisso que o sistema tático dos Saints se baseia. Ademais, é nos passes curtos que o número absurdo de interceptações que Winston teve cairá para esta temporada em diante.

Em resumo, a situação não é boa. Hill já passou da casa do 30 anos e dificilmente veremos uma evolução fora do comum para ele. Quando precisou liderar o time a boas campanhas, teve seus problemas – como no jogo contra o Philadelphia Eagles. Winston até pode diminuir o número de interceptações, mas isso deve diminuir sua produção ofensiva como um todo. A tendência, a menos que Alvin Kamara tenha uma temporada de MVP, é que haja vacas magras com Hill ou Winston titular.

Quem agradece nesse cenário é o resto da NFC South, em especial o Tampa Bay Buccaneers – atual campeão da NFL, foi aos playoffs via Wild Card no ano passado. Sem um quarterback sólido para bater de frente com a defesa de Tampa e com a produção do ataque da equipe, os Saints entram a temporada sonhando com um ano digno e tentando arrancar uma vaga nos playoffs com base na boa comissão técnica e outras peças acima da média que ainda estão no elenco, como Michael Thomas, Alvin Kamara e Cameron Jordan.

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