Se quiser ganhar dos Buccaneers, é preciso girar a faca

Mesmo quando Tampa Bay não está nos seus melhores dias, o time ainda é muito talentoso e consegue superar situações difíceis. Não dá pra tirar o pé contra um elenco tão profundo

Jogar contra um time do nível do Tampa Bay Buccaneers não te dá o direito de cometer vários erros. Se o primeiro tempo quase perfeito do Indianapolis Colts deu uma boa chance do time vencer a partida, a força dos Buccaneers ficou em evidência ao voltar para a segunda metade: nas três vezes em que os Colts desperdiçaram a posse da bola, Tampa Bay anotou pontos na campanha seguinte, virando o placar e vencendo uma partida bem difícil em Indianapolis por 38 a 31.

Se os Buccaneers conseguiram dominar com certa facilidade o jogo de segunda-feira frente a um adversário não tão complicado, precisaram suar muito mais e numa semana curta para vencer os Colts que vinham em forte ascensão. A força do ataque e da linha defensiva são suficientes para mascarar quase todos os problemas, especialmente na secundária, e Tampa Bay mantém seu status de favorito em 2021.

Faltou girar a faca

Quem viu o jogo entre Colts e Buccaneers percebeu que demorou bastante pro ataque de Tampa Bay entrar no jogo, e isso por méritos totais da defesa de Indianapolis. O time forçou turnovers, evitou big plays, fez um ótimo trabalho na marcação do ótimo ataque dos Buccaneers e foi para o intervalo com duas posses de vantagem no placar. Enfiaram a faca no adversário, só esqueceram de girar.

Isso porque os erros individuais dos donos da casa acabaram com a chance de vencer a partida e se consolidarem como uma das equipes mais fortes da AFC. A primeira posse no segundo teve fumble de Carson Wentz, que gerou um touchdown dos Buccaneers. Na posse seguinte, interceptação de Wentz, que também resultou em touchdown (e na virada) dos visitantes. Punt no drive seguinte, e após a defesa finalmente parar Brady e Fournette, não aproveitaram o punt, com Nyheim Hines dando a bola de graça a Tampa Bay já no campo de ataque. As duas posses de vantagem viraram um 31-24 desfavorável.

Esse é o ponto importante para o time de Bruce Arians. Os Buccaneers tem talento demais no elenco, e por conta disso vencerão algumas partidas nas quais eles não estão no seu melhor nível. Durante o primeiro tempo, os Colts foram superiores dos dois lados da bola e criaram uma ótima vantagem no placar, só que faltou a consistência pra continuar executando depois do intervalo. Mais importante ainda, faltou não cometer erros individuais, especialmente os que geraram a virada.

Mesmo que nem sempre joguem no nível que é esperado, os Buccaneers tem talento demais e precisa de muita consistência pra vencê-los. Se você deixa a peteca cair em algum momento da partida, Tampa Bay vai te fazer pagar. Indianapolis aprendeu isso na pele.

Profundidade fez diferença

Aliás, já que estamos falando sobre o talento dos Buccaneers, mais uma vez o grande diferencial da equipe esteve na variedade de armas ofensivas que foram determinantes para a vitória. Num dia em que Antonio Brown estava fora, e Mike Evans combinou com Chris Godwin para míseras 40 jardas, quem dominou os holofotes foi Leonard Fournette.

Tampa Bay sabia exatamente o que estava fazendo dando a bola para seu principal corredor, que terminou a partida com quatro touchdowns totais e 131 jardas em 24 toques na bola. Com tanta gente pra marcar, você só consegue conter algumas armas. Se faz isso com sucesso, outras aparecerão, e Fournette teve o melhor jogo do seu ano.

Não é novidade pra ninguém que a força desse time é o elenco, e mais uma vez isso ficou evidente. Mesmo que não estejam no seu melhor dia, é muito difícil vencer os Buccaneers por tudo que você tem que defender e executar quando tem a bola. Os Colts, que tiveram a chance, falharam em aproveitar.

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