[dropcap size=big]M[/dropcap]elhor free agent ainda disponível no mercado, Ndamukong Suh foi um corte inesperado na última free agency. O defensive tackle, ex-Dolphins e Lions, teria dito que assinaria com “o time que lhe oferecesse mais dinheiro” – agora resta saber qual será.
Um, ao menos, sabemos que está fora da briga. O New York Jets, por meio de seu dono, anunciou no domingo à noite que tinha retirado a proposta anteriormente feita a Suh. Depois de algumas movimentações na linha defensiva – como as saídas de Sheldon Richardson e Mo Wilkerson – e mais o rio de dinheiro que os Jets têm no teto salarial, faria sentido.
A única contratação “pesada” que o time fez nesta free agency foi a do ótimo conerback Trumaine Johnson. Então, quer dizer, até faria sentido que Suh viesse. “Mudamos um pouco de ideia”, disse Christopher Johnson, CEO do time. Ele não deu muitas explicações sobre os porquês dessa mudança súbita de ideia. Não se sabe se os Jets pularam fora porque acharam que Ndamukong não queria jogar lá ou simplesmente porque não acham que a grana oferecida ajudaria o time de alguma forma nesta temporada.
De toda sorte, acredito que tenha sido a saída adequada. Não é como se gastar rios de dinheiro em Ndamukong Suh fosse ajudar tanto assim – os Jets ainda têm muitos problemas para resolver. É melhor ir acertando aos poucos e usar o dinheiro não gasto como rollover (bônus) em temporadas seguintes no teto salarial – para, aí sim, fazer uma contratação de impacto.
Com a saída dos Jets, restam…
Três times que Ndamukong visitou – a menos, claro, que ele tenha feito turismo nos Estados Unidos e jantado de graça em algumas dessas cidades. São eles: New Orleans Saints, Tennessee Titans e Los Angeles Rams. Os dois primeiros teriam uma grata ajuda na linha. O terceiro já conta com o melhor interior defensive lineman (e possivelmente o melhor defensor) em Aaron Donald. Um interior de linha com Donald e Suh faria Russell Wilson ter pesadelos constantes.
E, com a saída dos Jets, os Rams já começam a lamber os dedos. “Isso pode ser ótimo para nós”, disse o técnico do time, Sean McVay, ao Los Angeles Times. “Bom, o tempo dirá, né? Acho que nessas situações há muitos times envolvidos e você nunca sabe quando algum vai pular fora… Vamos ver no que vira”, disse o general manager da equipe, Les Snead.
Além dos três times “confirmados” acima, houve interesse de mais dois. Houve conversas iniciais com o Seattle Seahawks, mas elas não foram para frente. Ainda, os Raiders chegaram a marcar uma visita mas Suh não chegou a ir para Oakland. Assim, “oficialmente”, restam Saints, Titans e Rams na briga.
O cenário de Los Angeles pode unir o útil ao agradável – considerando que os Rams foram um dos primeiros a mandarem uma proposta para Suh, presume-se que financeiramente ela tenha lhe apetecido. Com Donald ao seu lado, os números de Ndamukong certamente melhorariam: a menos que as equipes possam entrar em campo com bazucas na linha ofensiva, é impossível colocar dois bloqueadores em Suh e em Donald, dado que sobraria apenas um para o restante dos pass rushers.
Tendo “sofrido” com esses double teams em Detroit e Miami, Suh poderia assinar um contrato curto com os Rams, capitalizar em números com a “ajuda” de Donald e ganhar ainda mais dinheiro numa free agency futura por conta da valorização (que costuma estar atrelada aos números produzidos). É uma opção que faz sentido e há precedente: Sheldon Richardson assinou por apenas um ano em Minnesota e tem tudo para ter seus números melhorados por conta da defesa ao seu redor.
Vejamos como a novela “Quem vai ficar com Ndakukong” se desenvolve nesse quadrado amoroso. Os outros fãs da NFC West, porém, esperam que ela não tenha casamento entre Suh e os Rams – Sam Bradford, Jimmy Garoppolo e Russell Wilson agradecem.
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