A primeira temporada de Tua Tagovailoa na NFL certamente não correu como as expectativas. Após assumir a titularidade de maneira surpreendente durante a semana de folga e participar de 9 dos 10 jogos restantes, Tagovailoa raramente evidenciou as qualidades que fizeram Miami escolherem-no dentro do top 5 do Draft de 2020, jogando em nível bem abaixo do veterano Ryan Fitzpatrick.
Enquanto Tua passou por dificuldades, a explosão de Justin Herbert com o Los Angeles Chargers, escolhido logo depois de Tagovailoa, suscitou dúvidas nos torcedores de Miami se a organização tinha feito a escolha certa. Mesmo com um primeiro ano abaixo das expectativas, existem várias razões para acreditar que o agora segundanista se projeta para um grande ano nos Dolphins.
Alvos melhores, sistema também
De todos os 34 quarterbacks que participaram de ao menos 8 jogos em 2020, Tua foi apenas o 30º em jardas por tentativa com 6.3. É um número baixíssimo que pode ser explicado por alguns fatores: Miami não contava com um grupo satisfatório de recebedores, especialmente os que representavam uma ameaça vertical para as defesas, e o coordenador ofensivo Chan Gailey pouco fez para que Tagovailoa tivesse muitas oportunidades para atacar com passes longos.
Não dá pra tirar muita informação dos novos coordenadores ofensivos (Eric Studesville e George Godsey formarão uma dupla) considerando trabalhos antigos dos mesmos, porém, seria um desperdício não tentar tornar o ataque dos Dolphins mais explosivos com as novas peças que estarão disponíveis. Will Fuller é uma arma vertical de alta qualidade e a sexta escolha geral do Draft foi usada em Jaylen Waddle, que não só se destaca em profundidade como também é excelente ganhando jardas após a recepção – e DeVante Parker tem qualidade para ultrapassar as 1000 jardas recebidas.
Tagovailoa tem um braço de elite? Não. Só que ele também não é uma negação nesse sentido – mediano seria a palavra correta aqui. Incorporar elementos e chamadas que possam tornar esse ataque mais explosivo é essencial para o quarterback dar um salto de qualidade no seu segundo ano. Ademais, quando uma defesa precisa se preocupar com o fundo do campo, isso naturalmente abre mais espaços nas zonas curtas e intermediárias, onde Tua costuma ser excelente. Miami só tem a ganhar aqui.





