Na nossa audiência existem menores de idade, então como sou uma pessoa responsável, não vou colocar o palavrão na manchete. Mas acho que você sacou o que Bruce Arians quis dizer. Se concorda com isso, bom, aí já são outros quinhentos.
O terceiro quarterback do elenco do Arizona Cardinals entrará em campo – ao que tudo indica – nesta Semana 11 após os dois acima no plantel se machucarem – Carson Palmer e Drew Stanton, para quem não está acompanhando a enfermaria da NFL. Arians, por sua vez, fez questão de (tentar) mostrar que está tudo bem. Para o técnico dos Cardinals, Gabbert não é ruim: só esteve em times horríveis, por assim dizer. “Ele esteve em uns times bem ****”, disse para a ESPN americana.
Gabbert esteve em campo como titular pela primeira vez em 2011, quando polarizava discussões com Jake Locker e Cam Newton na pergunta “quem é o melhor quarterback desta classe?”. Por mais que Newton não seja o melhor da história, é até piada comparar sua carreira com a dos outros dois. Gabbert foi escolhido pelo Jacksonville Jaguars para salvar a franquia e fazê-la voltar ao patamar que estava na década anterior, quando era presença cativa na pós-temporada – ou ao menos era bem mais respeitada do que na primeira metade desta década.
Nos Jaguars, não fez muita coisa. Foram três anos lá e apenas cinco vitórias no período. No norte da Flórida, teve 53% de passes completos, 22 touchdowns e 24 interceptações. Por mais que o time seja ruim, esse número elevado de interceptações – mais de uma por touchdown lançado – pode ser colocado na conta dele.
Jacksonville foi atrás de Blake Bortles no Draft de 2014 e, com isso, Gabbert foi trocado para o San Francisco 49ers. Digamos que também não era um time muito bom. Lá, Blaine teve uma vitória, quatro derrotas, 60% de passes completos, 16 touchdowns e 13 interceptações. Ora, melhorou ao menos, não?
Mas se compararmos esses números com os demais quarterbacks da NFL… Bom, deixa pra lá. Fato é que os times eram ruins, mas não é como se Gabbert fosse um Andrew Luck da vida – injustiçado com a incompetência da Diretoria Jim Carrey™ que lhe cerca. Se ele ao menos for funcional, os Cardinals poderão ao menos seguir na temporada de maneira digna. Se a pré-temporada – não costuma ser – é parâmetro para alguma coisa, certo otimismo pode até vir. Gabbert não fez feio em agosto deste ano.
Os Cardinals pegam o Houston Texans às 16h deste domingo, horário de Brasília – adversário “conhecido” de Gabbert e que nos propiciou a maravilhosa foto que ilustra este texto. A partida não terá transmissão para o Brasil – mas você pode gastar um dindin e comprar o GamePass para ver se Arians estava certo ou não. Eu suspeito que não.
Maxwell de volta: Ante lesão de Sherman, Seahawks assinam com velho conhecido
Tyrod Taylor vai para o banco: mudança pode indicar corte na próxima intertemporada
Algo que separa Rodgers e Hundley? O passe em profundidade e a terceira descida longa
Comentários? Feedback? Siga-me no twitter em @CurtiAntony ou no facebook – e ainda, nosso site em @profootballbr e curta-nos no Facebook.
