Na XFL original, os jogadores podiam colocar qualquer nome na camisa

XFL pode estar de volta: Dono da WWE pode voltar com última liga rival da NFL

[dropcap size=big]N[/dropcap]a última intertemporada, a ESPN americana produziu um dos mais interessantes documentários: Esta era a XFL. Para você que não assistiu, a sinopse sem spoilers é a seguinte: tendo perdido o contrato de televisão com a NFL ao final da década de 1990, a NBC firmou uma parceria com Vince McMahon e a WWE, maior organização de pro-wrestling (luta-livre profissional). O objetivo era simples: promover uma liga de futebol americano profissional com bastante foco no entretenimento e, ao mesmo tempo, saciar a grade de programação da NBC.

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A gênese da liga teve alguns problemas em termos de organização e as coisas foram apressadas mais do que deveriam. Os técnicos, que não tinham mais espaço na NFL, nada mais eram do que dinossauros táticos. Num futebol americano profissional cada vez mais voltado para o jogo aéreo, em 2001 a XFL levou ao mundo um jogo arcaico, com toneladas de corridas e hits que geravam partidas apáticas. Era justamente o oposto do que McMahon, ás do entretenimento queria. A essência da liga era ser o que a No Fun League (NFL, a “Liga sem Diversão) não era: pancada pra todo lado, cheerleaders com roupas mínimas e encorajadas a terem relacionamentos com atletas (…), câmeras dentro de campo e todo o mais que fizesse sentido nessa mistura de WWE com futebol americano.

Mal fadada, a experiência durou apenas um ano e deixou poucos legados. O quarterback Tommy Maddox foi um deles – campeão e MVP da temporada-única 2001 da XFL, foi o último quarterback do Pittsburgh Steelers antes de Ben Roethlisberger. A famigerada “câmera do Madden” é outro legado – usada em duas oportunidades desta temporada de 2017 como a principal em transmissões da NBC, desde 2006 de volta à NFL.


16 anos depois da temporada-única, Vince McMahon vê uma oportunidade de renascer com sua liga. A NFL enfrenta em 2017 algumas objeções parecidas com aquelas de 2001. Claro: as comemorações pós-touchdown foram “liberadas” nesta temporada, mas não é como se McMahon não tivesse território a ser explorado. E, como em toda segunda oportunidade, a WWE pode corrigir erros da experiência anterior.




Na noite de quinta, a WWE revelou ao público que vendeu 100 milhões de dólares em ações da companhia. Ainda, foi revelado que isso foi feito com o intuito de “financiar uma entidade separada, com o foco em esporte e entretenimento, incluindo o futebol americano profissional”. Considerando que McMahon reativou algumas marcas registradas ligadas à XFL… Você tem a fome com a vontade de comer. Não precisa ser nenhum gênio da lógica e da interpretação de texto para perceber nas entrelinhas que a liga pode voltar.

Ao melhor estilo showman de McMahon, nada foi dito oficialmente ainda – claro, quando e se o for, será com pompa e espetáculo. Isso, sem dúvidas, ele sabe fazer. Agora… E quanto ao futebol americano? Fácil não será. Para começar, todas as emissoras de TV aberta têm contratos de TV com a NFL – a ABC não tem, mas a emissora irmã, ESPN, também pertencente à Disney, faz as honras. A WWE teria que investir seu próprio dinheiro e não haveria muita garantia de exibição na televisão aberta ou mesmo na TV a cabo.

Quando saberemos o que vai acontecer? Só Deus sabe. Mas se pensarmos em precedente, McMahon anunciou a XFL original no início de 2000 – e a liga começou as atividades em fevereiro de 2001, uma semana após o Super Bowl. Então, se McMahon anunciar os planos no início do ano que vem, tudo indica uma chance de que a intertemporada de 2019 seja um pouco mais agitada. Veremos as cenas dos próximos capítulos.

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