Prévias 2021: Titans dominam a divisão, mas AFC é sonho distante

A força do restante da AFC South faz com que Tennessee seja o grande favorito dentro da divisão, mas incertezas defensivas colocam os Titans atrás dos grandes favoritos da conferência - brigar no topo seria surpresa.

O 2020 do Tennessee Titans pareceu uma cópia de 2019. Ryan Tannehill foi um dos quarterbacks mais eficientes da liga, Derrick Henry voou, mas os Titans ficaram no quase nos playoffs. Neste ano, a franquia foi atrás de reforços de peso na free agency, e mesmo em uma AFC extremamente qualificada, o time pode fazer barulho.

DRAFT E FREE AGENCY 2021: Depois de cair cedo nos playoffs, Tennessee entrou com tudo na free agency para suprir as saídas de antigos titulares. As contratações de Julio Jones e Bud Dupree são os óbvios destaques; a chegada de Denico Autry também foi muito interessante, apesar de pouco falada.

O processo de recrutamento foi mediano, mas os Titans conseguiram uma valiosa peça em Caleb Farley, que elimina a carência da equipe na posição de cornerback. No restante, a franquia fez apostas decentes para futuros titulares em Dillon Radunz (OT) e Elijah Molden (CB).

Principal reforço: Julio Jones, WR. Para além de seu talento inquestionável, Jones chega para formar uma das duplas de wide receivers mais perigosas da liga ao lado de A. J. Brown. Arma fantástica em todas as faixas do campo, sua conexão com Tannehill dará frutos logo de cara.

Principal perda: Jonnu Smith, TE. Apesar do número baixo de jardas recebidas (448) em 2020, Smith era uma arma crucial no ataque da equipe na red zone – foram 8 touchdowns no último ano – e um alvo importante no meio do campo. Sem reposição na free agency ou no Draft, sua saída deixará uma grande carência na posição.

“Quadrado mágico” pode superar as saídas da unidade 

Os Titans possuem um quadrado mágico no ataque composto por Tannehill, Henry, Brown e Jones. É quase a seleção brasileira da Copa de 2006. Atletas de peso que, só pelo nome, já estampam 30 pontos de média na temporada regular.

O problema é a saída de Arthur Smith, o grande arquiteto por detrás do sucesso de Tannehill nos últimos dois anos. O novo coordenador, Todd Downing, esteve envolvido no ataque da equipe nos últimos dois anos como técnico de tight ends, então a expectativa é de continuidade – time que está ganhando, não se mexe. Sua única experiência como coordenador ofensivo foi mediana: com os Raiders, em 2017, fora o 13º ataque mais efetivo da liga[foot]Fonte: Football Outsiders[/foot] – na época, Derek Carr não retornou bem da lesão. Com mais experiência e um elenco melhor, a expectativa é boa.

O carregador de piano do ataque continuará sendo Derrick Henry. Pelo segundo ano, ele liderou todas as estatísticas terrestres mais importantes da liga – jardas totais, jardas por carregada e touchdowns – e ainda não demonstra sinais de estar na descendência da curva. Mesmo sabendo que running backs costumam ter problemas de uma hora para outra, Henry tem os atributos físicos e técnicos para seguir como o melhor corredor da NFL em 2021, sendo o eixo-motor do ataque de Tennessee.

Para dividir o fardo, a equipe conta com uma dupla quase perfeita em Julio Jones e A. J. Brown. Ambos são prolíficos em todas as faixas do campo, são ótimos tecnicamente e sabem usar de sua força física para vencer bolas contestadas. Juntos, geram uma difícil decisão para as defesas adversárias: se dobrar um deles, o outro estará no mano-a-mano, e a vantagem física prevalecerá. A menos que uma lesão aconteça, facilmente devem romper a barreira das 1000 jardas cada, com alto número de touchdowns combinados – Brown no ano passado, sozinho, teve 11.

É claro que, para tudo funcionar, Tannehill precisa repetir o nível visto desde que assumiu a franquia. Não há motivo para imaginar uma regressão a média – ele já provou que é um dos passadores mais eficientes da NFL. Esqueça também a conversa de que ele só funciona sob play-action, pois ele foi bem mesmo fora dessa situação. Com play-action, em 2020, foram 60,4% de passes completos, 9,7 jardas por tentativa, 12 touchdowns e 3 interceptações. Sem ele, 68,3% de passes completos, 7 jardas por tentativa, 21 touchdowns e 4 interceptações[foot]Fonte: PFF[/foot].

Por fim, a linha ofensiva também é destaque. Tannehill foi pouco sackado no último ano – 25, 6ª menor marca da liga – e o grupo também foi prolífica abrindo caminho para Henry – 4,97 em adjusted line yards, segunda melhor da NFL[foot]Football Outsiders[/foot]. A manutenção do grupo é essencial para manter essa eficácia e para o desenvolvimento do calouro Dillon Radunz, que possui os atributos físicos para ter sucesso.

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