Antes de mais nada, é importante uma breve explicação sobre o que é a franchise tag e algumas diferenças para o seu uso em 2020 em comparação a outras temporadas.
Franchise tag é um vínculo emergencial de um ano e valor pré-determinado, um recurso previsto no Acordo Coletivo de Trabalho da liga para as franquias impedirem que atletas em fim de contrato atinjam o mercado e assinem com outros times. A tag é aplicada de maneira unilateral – ou seja, os jogadores não têm o poder de simplesmente recusá-la.
Ao ser taggeado, o atleta fica automaticamente preso à franquia. Em termos de remuneração, ele pode atuar um ano recebendo o tal valor pré-determinado (já vamos explicar como ele é calculado) ou então negociar um acordo de longa duração, o qual substituirá o salário da tag.
A saber, existem três tipos de “etiquetas”: a franchise tag exclusiva, a franchise tag não-exclusiva e a transition tag.
– A Franchise Tag Exclusiva impede totalmente que o jogador ouça propostas de outras franquias – até por isso ela é a mais cara de todas -, sendo calculada a partir da média dos cinco maiores salários da posição desse jogador ou a partir de 120% da sua última remuneração (o que for maior). Importante dizer que o cálculo é feito com base nos valores dos contratos atuais.
– Já a Franchise Tag Não-Exclusiva permite que o atleta receba propostas de outros times, porém garante à franquia taggeadora o direito de igualá-las em até cinco dias e ficar com o seu jogador. Caso isso não seja feito, a equipe que aplicou a tag receberá duas escolhas de primeira rodada como compensação.
A tag não-exclusiva também é definida a partir da média dos cinco maiores salários da posição desse jogador ou a partir de 120% da sua última remuneração, porém há uma pequena diferença em relação à etiqueta exclusiva: o cálculo é feito com base na média dos contratos das últimas cinco temporadas, não com base nos valores dos acordos atuais. Deste modo, a tag não-exclusiva acaba ficando um pouco mais barata.
-Por fim, há a Transition Tag. Ela é a menos rígida e a mais barata de todas, sendo calculada pela média dos 10 maiores salários da posição do jogador taggeado – a alternativa do 120% também se mantém. A etiqueta de transição funciona basicamente como a franchise tag não-exclusiva, permitindo propostas de outros times e a possibilidade da franquia taggeadora igualá-las, contudo, caso isso não seja feito, o atleta vai embora e não haverá compensação alguma.
PS: Confira aqui a projeção de valor para as tags em 2020
Diferença para os outros anos: possibilidade de taggear dois jogadores
Normalmente só é possível que as franquias utilizem um dos três recursos a cada temporada, mas em 2020 isso será um pouco diferente por estarmos no último ano de vigência do Acordo Coletivo de Trabalho firmado em 2011. Dessa vez as equipes poderão usar ao mesmo tempo a franchise tag (uma das duas modalidades) e a transition tag.
Ou seja, excepcionalmente nesta intertemporada haverá a possibilidade de “trancar” dois jogadores ao invés de um só, uma notícia excelente para times como Tennessee Titans, Dallas Cowboys e Tampa Bay Buccaneers, os quais possuem vários jogadores importantes prestes a se tornarem agentes livres.
O prazo para as equipes designarem os jogadores taggeados vai de 25 de fevereiro a 10 de março de 2020.
