Analisando friamente a AFC South, após o Draft, me deparei com uma situação inusitada: os movimentos do Indianapolis Colts o colocam como favorito na divisão para 2020. Soa estranho, sem pensarmos que o time não fez muito alvoroço na free agency e mesmo no Draft. Mas considerando a soma de todos que fez, sanou justamente os problemas que os deixaram fora da briga em 2019.
Com as trapalhadas de Bill O’Brien no Houston Texans e o Tennessee Titans emulando a mesma fórmula terrestre da temporada passada (que no meu entendimento não é sustentável) e tendo um Draft mediano, os Colts aparecem como principais candidatos a vencer a divisão. Separei 5 movimentos que me fazem crer nisso.
1 – CONTRATAÇÃO DE PHILIP RIVERS
Não é segredo nenhum que Jacoby Brissett foi um grande limitador do ataque dos Colts em 2019. Tecnicamente lhe faltam recursos para dar o passo seguinte. Isso obrigou o treinador Frank Reich a montar planos de jogos conservadores e apostar num ataque voltado ao jogo corrido, sendo o quinto time que mais correu com a bola. Para comprovar isso, Brissett foi apenas o 26° em tentativas de passes para mais de 20 jardas. A média de jardas que seus passes viajaram no ar foi de pouco mais de 3, 4° pior número entre quarterbacks titulares em 2019.
Por mais que Philip Rivers esteja longe do seu auge, ele ainda é um quarterback muito melhor que Brissett. Com um treinador com quem já trabalhou no passado e uma linha ofensiva boa, ele tem capacidade de vencer jogos para os Colts que Brissett não teria e não hesita em atacar em profundidade. Isso dará dinamismo ao ataque e flexibilizará os ajustes feitos por Reich.
2 – RENOVAÇÃO DE ANTHONY CASTONZO
De nada adiantaria buscar Rivers e deixar um buraco no seu lado esquerdo. Além de veterano, sua mobilidade é fraca e sua tomada de decisão sob pressão lhe fez cometer alguns erros na temporada passada. Anthony Castonzo já terá 32 anos quando a temporada começar e chegou a cogitar se aposentar. Seria um desperdício, afinal seu jogo ainda é de elite.
Com apenas 4 sacks cedidos nas duas últimas temporadas, os Colts nem sequer o deixaram chegar ao mercado, renovando por dois anos e US$ 33 milhões de dólares.





