Dificilmente alguém imaginava que a temporada do New York Jets poderia piorar depois do humilhante 33 a 0 sofrido contra o New England Patriots, o famoso jogo em que Sam Darnold viu fantasmas dentro de campo. O fundo do poço, porém, ainda demoraria mais duas semanas para ser atingido: aconteceu no último domingo, após o revés diante do Miami Dolphins, equipe que decidiu ser uma das piores da história da NFL por conta própria, objetivando perder o máximo possível para ter a 1ª escolha geral no próximo Draft.
Hoje tanto Jets quanto Dolphins ostentam um record 1-7, mas a franquia de Nova York tem campanha considerada pior do que o rival por conta da derrota no confronto direto – uma baita derrota, por sinal, haja vista Miami ter dominado e ganhado com justiça. Este é o tamanho do absurdo da situação em que se encontra New York: perder para um time tankando que não fazia questão de ganhar de ninguém. Não bastasse isso, fica também o vexame de ser ultrapassado na classificação geral e, pelo menos por ora, ter uma escolha de Draft mais alta que os Dolphins.
Obviamente os Jets não queriam nada disso. O ano do tank foi 2017, quando a missão era garantir uma pick alta em 2018 e selecionar um possível franchise quarterback. Deu certo, tanto que terminaram com Sam Darnold. A temporada de 2019, por sua vez, deveria ser a afirmação do jovem signal caller e da franquia. A meta sem dúvida era no mínimo brigar por playoffs, a julgar pela agressividade com que New York avançou sobre os principais free agents disponíveis na abertura do mercado em março.
Como tudo deu errado tão rápido? Bem, existem algumas explicações que ajudam a entender a catastrófica jornada do New York Jets até aqui, razões que vão desde as deficiências do elenco até sérios problemas de gerência, incluindo a controversa escolha de Adam Gase para o cargo de head coach.
