Sem fugir do estilo montanha russa que lhe é tão tradicional nos últimos anos, o Tennessee Titans conseguiu chegar aos playoffs, ficando com a última vaga do wild card da AFC. Claro que o relativo sucesso da equipe deriva também de outras coisas, mas é impossível passar pelo 2019 do time de Nashville sem citar a troca de quarterback: saiu o improdutivo Marcus Mariota e entrou o até então fadado como fracassado Ryan Tannehill.
O desenho disso tudo começa na pré-temporada. Ainda em março, os Titans trocaram com o Miami Dolphins uma escolha de 4ª e uma de 7ª rodada do Draft por Tannehill. Era um claro recado do general manager Jon Robinson e do head coach Mike Vrabel que a confiança em Marcus Mariota não era a mesma e eles não tinham certeza que ele era o quarterback da franquia. São poucos front offices que tem atitudes como essa, evitando sob o pretexto de “temos confiança no que fizemos e ele é o nosso cara”. Covardia pura.
Mariota começou a temporada como titular e uma boa vitória fora de casa contra o Cleveland Browns deu a falsa impressão de que a presença de Tannehill tinha servido como motivação para uma melhoria, no entanto, nas quatro próximas partidas, tudo voltou ao normal: pouco mais de 13 pontos de média do ataque e um Mariota inconsistente, não entregando nada. Na semana seguinte, contra o Denver Broncos, o ato derradeiro: ao fim do terceiro quarto, sua performance consistia em 63 jardas lançadas e duas interceptações. Tannehill assumiu o time ainda nesse jogo, mas não teve como reverter, se tornando titular com os Titans 2-4 na temporada.
