Correr 40 jardas em 4,33 segundos é uma coisa assombrosa para qualquer ser humano vivo neste planeta. Quando se tem 1,93m de altura e se pesa 104kgs, isso passa a ser uma coisa quase sobrenatural. Foi isso que DK Metcalf fez no Combine da NFL. Fora isso, ele foi o líder da posição em repetições no supino (27) e esteve entre os cinco melhores nos saltos. Se DK já era considerado o melhor prospecto da posição, essa performance cimentou seu lugar como número um da posição.
O início
Nascido em Oxford, no estado do Mississippi, DeKaylin Metcalf conviveu desde cedo com o futebol americano. Seu pai, Terrence, foi guard na NFL no período de 2002 a 2010, jogando por Bears, Lions e Saints. Acostumado com o ambiente do esporte, não demorou a se destacar.
Jogando pela Oxford Ford High School, DK teve um desempenho fabuloso com 49 touchdowns e mais de 3000 jardas recebidas. Tamanha performance somada a sua capacidade física obviamente chamaram a atenção dos recrutadores. Considerado um prospecto quatro estrelas, ele acabou recebendo oferta de nove universidades. Entre elas estavam Ole Miss, Auburn, Miami, Mississippi State e Oregon. No fim, ele optou pela alma mater de seu pai e foi jogar nos Rebels de Ole Miss.
O surgimento promissor e as lesões
O início no futebol americano universitário foi promissor: dois jogos, duas recepções, dois touchdowns. Mas o segundo jogo, contra Wofford, também ficou marcado por uma fratura no pé. A lesão tiraria Metcalf do restante da temporada e faria com que Ole Miss lhe aplicasse a redshirt, medida que preserva um ano de elegibilidade ao jogador.
Em 2017, já sob o comando do novo treinador Matt Luke, DK se tornou peça fundamental do ataque de Ole Miss. Com 650 jardas e sete touchdowns, ele teve grandes momentos no ano. No jogo contra Kentucky, anotou dois touchdowns, inclusive o da vitória com o relógio apontando pouco mais de 10 segundos para o final da partida.
O ano seguinte deveria ser o da afirmação e assim que ele começou. Nos seis primeiros jogos, DK conseguiu 6 touchowns e mais de 500 jardas. Seu protagonismo era cada vez maior e o touchdown de 75 jardas no primeiro snap contra Alabama num jogo transmitido em rede nacional o catapultaram ao estrelismo no college football. Mas como nem tudo são flores, uma lesão no pescoço no jogo contra Arkansas o tirou do restante da temporada e dúvidas sobre ele foram levantadas.
Por isso, o Combine era de vital importância para ele. Provar estar em boas condições físicas era essencial para tirar a pecha de jogador de porcelana. Ninguém quer gastar uma escolha de primeira rodada num jogador que não tem condições de atuar durante a temporada toda. DK não só provou que está com sua performance como mostrou um shape fenomenal. Muito forte, especula-se que sua taxa de gordura corporal seja de apenas 1,6%, um índice excepcional.




