Após outra temporada na qual o New York Giants terminou com bem mais derrotas do que vitórias, Dave Gettleman chegou ao Draft pressionado. Todavia, ao contrário de 2019, quando o mundo caiu em sua cabeça por causa da escolha de Daniel Jones, Gettleman deixou o recrutamento de 2020 como um dos general managers mais elogiados – quem poderia imaginar isso, não é mesmo?
De fato, suas decisões foram excelentes, sobretudo ao longo dos dois primeiros dias. Salvo um único aspecto, a ausência de um EDGE, foi um Draft quase irrepreensível por parte dos Giants, combinando picks de alto valor com reforços para setores carentes do time – o que nesse último caso não era muito difícil, dado o tanto de buracos que o elenco tinha.
Escolhas no Draft 2020 pelo New York Giants
1/04: Andrew Thomas, OT, Georgia
2/36: Xavier McKinney, S, Alabama
3/99: Matt Peart, OT, UConn
4/110: Darnay Holmes, CB, UCLA
5/150: Shane Lemieux, OG, Oregon
6/183: Cam Brown, iLB, Penn State
7/218: Carter Coughlin, EDGE, Minnesota
7/238: T.J. Brunson, iLB, South Carolina
7/247: Chris Williamson, CB, Minnesota
7/255: Tae Crowder, iLB, Georgia
New York investiu pesado em linha ofensiva, selecionando offensive tackles com suas escolhas de 1ª e 3ª rodada. Andrew Thomas é excepcional e chega para imediatamente ocupar o posto de right tackle, no futuro podendo ser movido para o lado esquerdo da linha quando Nate Solder não estiver mais na equipe. Matt Peart, por sua vez, deve começar apenas como jogador de rotação enquanto é melhor polido para o jogo na NFL. Ambos, contudo, prometem ser o futuro da franquia nas posições de tackle. Já Shane Lemieux é um interior offensive lineman que traz profundidade à unidade, podendo atuar como guard ou center. Ele é um ótimo valor na 5ª rodada.
Considerando que Daniel Jones foi uma máquina de fumbles em seu ano de calouro (18), é fácil entender por que os Giants focaram em linha ofensiva: protegê-lo bem, impedindo que o pocket desabe em sua cabeça, é fundamental. Ademais, a equipe segue querendo ter um DNA terrestre e de força nas trincheiras, centrando o ataque no talento de Saquon Barkley. Ou seja, foram dois coelhos com uma cajadada só.




