A escolha de Micah Parsons pelo Dallas Cowboys no último Draft teve um impacto direto nos demais jogadores da posição. Leighton Vander Esch e Jaylon Smith agora terão que brigar em 2021, pois somente um deles vai restar no elenco no ano que vem. Foi um recado da comissão técnica, que espera ver pelo menos um jogador da dupla promissora fazendo jus ao hype em torno de seus nomes. Dan Quinn, novo coordenador defensivo, está empolgado com Parsons, tendo dito que pode usá-lo em vários lugares do campo.
Para piorar a situação dos dois, a equipe adicionou Keanu Neal nesta intertemporada, homem de confiança de Quinn desde os tempos de Atlanta Falcons. Neal fez a transição definitiva de safety para linebacker, trazendo para a equipe uma melhor capacidade de defender o passe em zonas curtas, além da versatilidade. Desta forma, os Cowboys não precisarão mudar a formação defensiva tantas vezes, mas mesmo assim estarão fortes contra o jogo aéreo.
Smith e Vander Esch foram terríveis em 2020
Sim, eu sei que o esquema defensivo dos Cowboys foi terrível na temporada passada – o coordenador Mike Nolan não conseguiu passar o que queria para seus jogadores, o que culminou em sua demissão. Mesmo assim, isso não justifica um desempenho abaixo da crítica. Nenhuma mudança tática justifica os inúmeros erros de leitura de Smith: um linebacker que chegou na NFL em 2016 não pode ignorar sua chave e deixar uma raia limpa para o running back.
Já Vander Esch parece um fantasma daquele jogador que brigou pelo posto de calouro defensivo de 2018. Com mais de 13% de tackles perdidos e 91% de recepções cedidas em sua direção[foot] Pro Football Focus[/foot], dá para dizer com segurança que ele, quando em campo, tornou a defesa pior do que sem ele. Detalhe para o “quando em campo”: com sucessivas lesões, ele perdeu quase metade das partidas nos últimos dois anos. Uma das lesões atingiu seu pescoço e sua coluna cervical, o que traz uma preocupação extra.
