O nome completo é Tuanigamanuolepola Tagovailoa, então, sim, Tua serve bem. Ele é religioso – uma das razões pela qual ele escolheu Alabama, inclusive -, mas uma tradição havaiana é que, quando alguém da região brilha, especialmente em rede nacional, os locais se sentem representados e orgulhosos. Curiosamente, Tua é destro, entretanto, seu pai ensinou-lhe a lançar a bola com a mão esquerda quando criança.
Pouquíssimas pessoas além dos residentes do Hawaii conheciam-no antes daquele 8 de janeiro de 2018. O cenário, no Mercedes-Benz Stadium, colocava duas rivais da SEC frente à frente na final do Playoff do College Football. Tanto Alabama quanto Georgia tinham apenas uma derrota (para Auburn, em ambos os casos), com os Crimson Tide favoritos por 4 pontos; no intervalo, o upset era iminente, com os Bulldogs liderando por 13 pontos e o ataque dos comandados de Nick Saban não produzindo absolutamente nada.
O que se viu a partir dali foi a apresentação do nativo de Ewa Beach para todo o país. Saban tomou a decisão de tirar o titular Jalen Hurts no intervalo e colocar o calouro Tagovailoa no segundo tempo, buscando ao menos acender uma faísca no ataque. Daquele ponto em diante, o ataque de Alabama acordou, mesmo com uma fortíssima defesa de Georgia como obstáculo. Na prorrogação, Tua colocou seu nome na história da universidade lançando o touchdown de 41 jardas que deu o título ao Crimson Tide – lembrando, um calouro.
A partir dali, é uma vida universitária digna de uma carreira no Rumo ao Estrelato. Houve uma batalha pela condição de titular de Alabama em 2018 entre Tagovailoa e Hurts, vencida com tranquilidade pelo primeiro. O time chegou a final nacional novamente, sendo derrotado por Clemson. Na final do Heisman, Tua perdeu por pouco para Kyler Murray, acumulando o maior número de votos de um segundo colocado na história do prêmio. 2019 foi o ano em que as lesões atrapalharam totalmente seu progresso, com sua temporada encerrada prematuramente por conta de uma grave lesão no quadril.
