🏈 PRO | Perder agora para ganhar depois: por trás do tanking dos Dolphins

Em busca de melhores resultados no futuro próximo, a equipe da Florida parece disposta a abdicar de 2019. Será que pode dar certo?

A julgar pelas quatro primeiras semanas da temporada 2019 da NFL, o Miami Dolphins parece destinado a um ano histórico. Não estamos falando, no entanto, de nada equiparável à equipe invicta de 1972, ou ainda dos timaços de Dan Marino nos anos 80. Em 2019, os Dolphins parecem prontos para escrever uma história negativa. Com um placar agregado das quatro partidas já disputadas de 163 a 26 para os adversários, a equipe do técnico Brian Flores, extrapolando-se a performance atual para toda a temporada, pode se tornar o pior time da história da liga.

Apesar disso, quando olhamos para este desempenho sob a ótica que parece dominar o raciocínio e as decisões em Miami, talvez haja algum sentido. A equipe, através de sua direção, parece estar se enfraquecendo propositalmente, como foco apenas em adquirir mais escolhas nos próximos drafts. Esta atitude (chamada no meio dos esportes americanos de “tanking”) não é tão incomum assim. Recentemente o Cleveland Browns engatilhou uma sequência de trocas para acumular escolhas no draft. Os resultados desse processo ainda são algo questionáveis.

Ainda assim, o fato é que os Dolphins parecem ter optado por trocar 2019 pelos anos vindouros. Hoje trazemos uma análise sobre a estratégia da equipe, que contém medidas bem razoáveis, mas também algumas idiossincrasias.

Por trás do “tanking

Matematicamente falando, o “tanking” faz sentido.

O acordo trabalhista coletivo em vigor atualmente na NFL, estabelecido em 2011, ao limitar os valores salariais de jogadores em seu primeiro contrato na liga (valores definidos a partir da posição em que o jogador foi escolhido no draft), alterou a fórmula do sucesso para as equipes. A maior janela de oportunidade para uma equipe é ter seu quarterback titular ainda com o contrato de calouro (desde que o quarterback em questão seja bom…). Isto porque, com o quarterback tendo valores contratuais limitados, sobra espaço no teto salarial para investir em mais armas.

Quando chega a hora de renovar o contrato com o quarterback, este, inevitavelmente, passa a ocupar uma proporção muito maior dentro do teto salarial. A capacidade de reforçar a equipe diminui consideravelmente.

Desta forma, em teoria, uma equipe com muitas escolhas elevadas no draft consegue adquirir um grande número de jogadores (incluindo, claro, seu quarterback) por valores abaixo do mercado, podendo usar o resto dos seus recursos para investir na free agency, ou ainda renovando os contratos de seus principais jogadores. Pra isso de fato dar certo, no entanto, é preciso acertar nas escolhas no dia do draft. E, como pode ser comprovado por exemplos recentes como Blake Bortles, Jameis Winston e (por mais que me entristeça) Marcus Mariota, a tarefa de escolher um quarterback não é necessariamente fácil.

Assim, podemos dizer que o tanking pode até fazer sentido, mas requer grande competência na avaliação de prospectos(e, convenhamos, alguma sorte também).

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