4 Descidas: Mike McCarthy é o freio de mão na vida de Aaron Rodgers

Quatro Descidas é a coluna semanal de Antony Curti sobre a NFL, publicada todas as segundas. São quatro assuntos e não mais que 3000 palavras (ou quase… Às vezes vai passar). Para ler o índice completo da coluna, clique aqui.

1ª para 10: O Bad Place de Aaron

[dropcap size=big]P[/dropcap]or mais bem-sucedida que uma dada pessoa seja, ela deve estar passando por uma batalha. Num mundo regrado a leis físicas e à competitividade darwiniana, é praticamente impossível que alguém consiga ficar deitado no sofá o dia inteiro e não tenha absolutamente nenhum problema. Mesmo nesse caso, o problema reside na solidão ou na inércia, que inevitavelmente transforma a preguiça em depressão.

No caso de atletas bem-sucedidos, o dinheiro e a fama são maravilhosos na maior parte dos casos. Isso não quer dizer que não tenham que lutar contra a complacência, por exemplo. Ou contra outras dificuldades. Tom Brady diariamente luta contra o oxidação de cada uma de suas células. Luta contra o tempo com as armas que lhe são possíveis – já falo sobre. Aaron Rodgers luta contra chamadas imbecis de Mike McCarthy, Joe Philbin e companhia.

Já há algum tempo batemos nessa tecla. O torcedor dos Packers, que acompanha a franquia de perto, sabe a frustração que tem a cada jogada mal chamada, a cada absurdo que tem visto pela frente. A dura realidade é que Mike McCarthy é um técnico taticamente antiquado cuja carreira vem sendo salva inúmeras vezes por Aaron Rodgers.

Quais são os maiores momentos da carreira de Peyton Manning? Campanhas fantásticas, orquestras ofensivas. O maior de tantos momentos da carreira de Tom Brady reside na histórica virada do Super Bowl LI. Os maiores momentos da carreira de Aaron Rodgers residem na genialidade.

Genialidade essa que só tem a oportunidade de aparecer muitas vezes porque o time esteve em situação delicada na temporada. Já são 4 anos nos quais os Packers estiveram com campanha abaixo de 50% em algum momento da temporada e, mesmo assim, Rodgers tirou coelho da cartola e chegaram em janeiro.

Genialidade que se resume em lances como Hail Maries, jogos com a clavícula quebrada e tantas outras coisas que impactam o público. Genialidade que maquia todo um sistema carcomido, simplório e atrasado. A grande realidade é uma só: Aaron Rodgers carrega o Green Bay Packers nas costas há anos.

2nd and 7: Primeiro, os números

Considerando as últimas quatro temporadas (e meia) – desde 2014, portanto – temos um espaço amostral razoável da vida do Green Bay Packers sem Aaron Rodgers. Afinal, ele perdeu jogos por lesão.

Nesse espaço amostral, temos algumas estatísticas interessantes do ataque sem contar a posição de quarterback. Vamos a elas.

  1. Com Aaron Rodgers: 4.6 jardas por carregada. 43.2% de conversões em 3a descida.
  2. Sem Aaron Rodgers: 3.92 jardas por carregada. 32.9% de conversões em 3a descida

Veja, eu não coloquei nenhuma estatística diretamente ligada à posição de quarterback. São estatísticas do ataque como um todo – que, aliás, perde mais de uma jarda/jogada sem Rodgers.

Se ainda quiser cavar mais fundo, temos o Football Outsiders. Pioneiro em “analytics”/Moneyball na NFL em termos de cobertura da imprensa, o FO importou uma estatística interessante do beisebol. No esporte do taco, temos a WAR (Vitórias sobre a Média). Basicamente, é quantas vitórias um dado jogador contribui se comparado ao um cara “da média” no esporte.

O FO criou a DYAR, que em tradução livre é “jardas sobre a média”. Ou seja, quantas jardas um dado jogador cria a mais em comparação a um cara de sua posição “da média” da liga. Rodgers, na última temporada que jogou inteira (2016) teve 1279 DYAR em 2016. A presença dele no campo importou, portanto, em 80 jardas a mais por jogo. É muita coisa.

O corpo estatístico acima ilustra bem como Rodgers é a melhor maquiagem da NFL. Mas números são frios. Falemos de coisas mais palpáveis aos olhos para seguir na dissertação.

2nd and 3: Não dá para lutar contra o tape.

O grande ás na manga de Mike McCarthy chama-se rota isolada. Como o próprio nome diz, ela gera um isolamento do recebedor – que em dadas jogadas, caso não haja ajuda do safety e apenas marcação homem-a-homem, é ótimo. Principalmente quando Aaron Rodgers consegue tempo no pocket e o recebedor improvisa ao “fim” da rota. O problema é que a vida não é videogame e não dá para fazer isso sempre.

A verdade é que você aprendeu só metade das coisas que deveria. Falamos muito em árvore de rotas e todo o mais, mas a grande realidade é que livros de jogadas modernos – Rams, Chiefs, Patriots e etc – usam e abusam da combinação de rotas. Essas combinações geram triangulações e forçam a defesa, sobretudo o safety, a escolher um recebedor. Um outro acaba sobrando.

Não vou entrar nos meandros da coisa, porque quero falar com calma sobre isso num futuro livro, mas há várias combinações possíveis. McCarthy usa e abusa basicamente de slant + flat, algo que já é um tanto quanto batido em 2018. Um tanto quanto Jon Gruden, para falar a verdade. Outra combinação que ele ama de paixão é a Verticals, que gera um amontoado de rotas verticais no campo.
“greenbay"

Smash, Spot, Mesh, Divide, Mills e tantas outras combinações que trabalham o meio do campo e poderiam usar do excelente timing de Aaron Rodgers… Bom, essas são esquecidas.

Eduardo Miceli escreveu neste site há dois anos sobre o assunto: “Difícil você criar espaços na marcação com todos correndo rotas fundas. Vida fácil pro cornerback, que sabe o que antecipar, pro safety, que sabe onde vai precisar dobrar a marcação, pros linebackers, que podem cobrir rotas médias e curtas com pouca preocupação, e pro coordenador ofensivo, que pode mandar mais blitzes porque sabe que não vai ser queimado no passe curto”.

Ainda, dois anos atrás, escreveu o seguinte, que continua verdadeiro:

O Green Bay Packers, atualmente, ganha mais partidas apesar de Mike McCarthy, e graças ao camisa 12 deste ataque. No final das contas, há um medo de que Aaron Rodgers, pelo seu talento, acabe maquiando as necessidades fundamentais da equipe, impedindo que o general manager consiga identificar o que é crucial para que a equipe conquiste mais Super Bowls sob a batuta do seu brilhante signal caller.

Eu realmente poderia ficar anos e anos dizendo como Aaron Rodgers maquia os problemas dos Packers e como indiretamente ele se ferra por isso. O time tem carência, ele maquia as carências com sua genialidade e, com isso, não há reforços.

Some-se a isso o fato de que a tradição de Green Bay até um ano atrás era de não investir na free agency e, bem, resultado está aí. Necessidade de outro Run The Table.

Em vez de me estender em palavras, farei algo mais objetivo. Tape de jogadas que ilustram todo o que falei acima.

Nesta primeira situação, marcação individual dos Patriots numa terceira descida curta. Faz todo sentido por parte de New England, até por conta das tendências ofensivas (erradas) dos Packers.

Veja: era um momento importante do jogo. Primeiro quarto. Jogando fora de casa. Ganhar uma primeira descida para calar o estádio e não devolver a bola para Tom Brady me soa como uma excelente ideia.

Precisando de duas jardas e tendo Aaron Jones como o running back com mais jardas por carregada da NFL, o jogo terrestre faria todo sentido aqui. Ou, ainda, uma combinação de rotas que resulte num espaçamento necessário para o passe curto contra a marcação individual. Spot, por exemplo. Mesh. Qualquer coisa. Até mesmo slant dos wide receivers com o tight end sendo isca para o linebacker do meio do campo. Qualquer outra coisa.

Mas McCarthy/Philbin, no alto da falta de lógica, chamam Verticals. As rotas demoram a se desenvolver, a marcação é perfeita. Rodgers fica sem tempo no pocket, porque essas rotas verticais precisam de tempo para o quarterback. Fosse um passe rápido, pautado no timing e ideal para a terceira descida curta, isso não aconteceria.

Voltou a acontecer no mesmo jogo, acredite. Mesmo sob uma chuva de críticas, a mesma coisa tornou a ocorrer na partida seguinte, contra o Miami Dolphins.

 

De novo primeiro tempo, de novo uma terceira descida curta. Jogando contra uma defesa que cede mais de 4,5 jardas por carregada e com o running back Aaron Jones voando baixo, McCarthy opta por… É, você adivinhou. Conceitos verticais com rotas isoladas. Miami, que está longe de ser uma defesa de elite, vem com um Cover 3 que anula qualquer possibilidade dessas rotas verticais darem em alguma coisa. Rodgers trava no pocket e, como geralmente faz, estende a jogada para maquiar a besteira de McCarthy.

A jogada seguinte a essa, acima, é inacreditável por conta da total falta de noção da comissão técnica do Green Bay Packers. 4ª descida para duas jardas, a mesma distância da jogada anterior. Cameron Wake se posiciona bem aberto, em clara situação de pass rush. O jogador designado por Green Bay para bloquear o melhor apressador de passe de Miami?

Um tight end. Normalmente, não soa como uma boa ideia. Mas tudo bem, tight ends às vezes são bons bloqueadores. Às vezes sua principal função, aliás, é essa. O problema é maior quando, bem, o tight end designado para bloquear o melhor apressador de passe do adversário se chama Jimmy Graham, um dos piores da posição quando o assunto é bloquear. Qualquer torcedor dos Saints e dos Seahawks sabe disso. McCarthy deveria saber que Jimmy não bloqueia nem ex-namorada no Whatsapp.

O resultado, como você deve imaginar, é Wake passando o trator, o sack e o turnover on downs.

Antes tivesse sido apenas esse o problema. Citei o nome de Aaron Jones diversas vezes nesta coluna. Suspenso no início da temporada, Jones só realmente foi utilizado nas duas últimas partidas.

Até então, sabe-se deus o por quê, ele participava de um rodízio de running backs com pares menos talentosos do que ele. Mesmo liderando a NFL em jardas por carregada e contra uma defesa frágil contra o jogo terrestre, Jones teve menos oportunidades do que deveria contra Miami.

Rodgers teve seis passes a mais do que houve corridas de Jones. Não havia a necessidade disso. O jogo estava nas mãos dos Packers. Felizmente, McCarthy remediou isso no segundo tempo, quando houve mais tentativas de corridas. Adivinhe? Foi o suficiente para controlar a partida.

Até quando isso vai continuar? Até quando Aaron Rodgers passará por apertos desnecessários? Até quando Green Bay continuará insistindo num piloto sem credenciais para dirigir uma Ferrari? Há inúmeros dados e tape acima, das duas últimas semanas (e eu poderia buscar coisas de dois anos atrás) que corroboram o título desta coluna.

Não dá mais. Passou da hora de Green Bay tomar uma atitude e liberar Aaron Rodgers de seu purgatório. É o que o torcedor dos Packers e, em realidade, qualquer pessoa que ama futebol americano quer. Mesmo torcendo para o Chicago Bears.

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Nosso podcast desta semana

[dropcap size=big]O[/dropcap] New England Patriots foi completamente amassado pelo Tennessee Titans na tarde de ontem. Como isso aconteceu? Quanto é culpa dos recebedores e quanto colocamos na conta de Tom Brady? Acabou a Di…? Você entendeu.

Além disso, falamos sobre a ascensão do Chicago Bears como terceira força da Conferência Nacional – atrás do Los Angeles Rams e do New Orleans Saints – e sobre a AFC South, cujas equipes podem chegar ao playoff também pelo wild card. Só? Não, tem a análise da NFC East também.

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4th and 3: Panela velha também precisa de bye week

Lá vamos nós para o Não Acabou a Dinastia semanal deste site. Já repararam que muitos times têm panes durante dadas temporadas mas apenas o New England Patriots vê isso potencializado por todo mundo?

Rapidamente, algumas panes de candidatos aos playoffs 2018:

  • Carolina apanhou (muito feio) de Pittsburgh na semana passada
  • Chicago apanhou de Miami com Brock Osweiler de quarterback titular
  • Minnesota apanhou de Buffalo com Josh Allen não passando para mais de 10 yds
  • New Orleans perdeu de Ryan Fitzpatrick/Buccaneers na Semana 1

Em quantas dessas ocasiões o mundo caiu? Em quantas dessas ocasiões você viu “Brees está acabado”, “a defesa de Chicago é fogo de palha” ou “essa era a defesa top de Minnesota?”. Nenhuma. Em todos os casos, tivemos paciência. Por que com New England é diferente?

Bom, porque a barra é muito alta. A verdade é que, sim, o New England Patriots não tem um elenco de elite como em outros anos. E não, o New England Patriots não é a melhor equipe da NFL nesta temporada.

É sim, verdade que Tom Brady não está jogando tão bem como em outras temporadas. O problema é que o resto do elenco não ajudou em algumas partidas e, principalmente, porque a barra é alta demais. Qualquer coisa abaixo de elite assusta as pessoas. Vou recorrer novamente ao Football Outsiders e a outras estatísticas avançadas para determinar isso. Talvez, para mostrar que o declínio veio.

Não é um gigante Acabou a Dinastia, veja bem. Primeiro porque, como já falarei, há margem para recuperação. Segundo porque não é uma queda de penhasco como aconteceu com Peyton Manning e Brett Favre depois dos 40.

O FO tem uma estatística que chamam de ALEX (em homenagem a Alex Smith). Representa “quantas jardas faltaram para a primeira descida, em média, num passe lançado em 3rd down”. O famoso braço de dinossauro de Alex Smith que estávamos acostumados de 2005 a 2016. Neste ano, Tom Brady é o pior na estatística (4.3). Contra a blitz, tem 59.6 de rating. O pior da NFL.

É de se assustar. Embora tenha havido jogos nos quais Brady jogou bem – Packers/Chiefs – houve partidas fora de casa que tiveram números bizarros. Lions/Titans, notoriamente.

Ainda há estatísticas boas. Ainda há campanhas boas. Não é sinal vermelho. Não é Acabou a Dinastia. É apenas um sinal de que há um declínio, sim. Por mais que doa dizer isso, há. Por mais que acreditemos nas palavras dele, de que jogará até os 45, não há como lutar contra a biologia. Não é definitivo, porque há um remédio que foi usado em anos anteriores.

Há explicação? Sim, várias. A idade, como disse, uma hora pesa. Quantas e quantas vezes disse que deveríamos  “ajustar” a idade dele? Tal como pessoas que têm 54 anos e parece que têm 45, ele é um quarterback de 41 que parece que tem 38. O problema é que os normais, quando batem 38, entram em declínio.

Sejamos realistas: uma hora isso iria acontecer. Mas não quer dizer que o apocalipse de fato acontecerá. Até porque os deuses sorriram para Brady. Justamente depois desse péssimo jogo contra Tennessee, uma semana de folga para se recuperar, arrumar a linha ofensiva e, então, um jogo contra o New York Jets – equipe que acabou de perder para um Buffalo Bills sem recebedores e com Matt Barkley de quarterback. É meio o que o médico receitou.

A semana de folga tardia para os Patriots é ótima. É a melhor coisa que poderia acontecer. Nas últimas temporadas, percebi que de fato as estatísticas de Tom Brady dão uma caída no final do ano. Em 2016, a suspensão de 4 jogos para começar o ano mitigou isso. Não foi o caso em 2015 e nem em 2017, quando ele jogou o calendário todo.

Olha que interessante o que eu descobri: o braço ficou cansado mesmo. Isso ficou menos aparente porque:

a) Os Patriots já estão classificados em dezembro, normalmente. Ninguém presta atenção.
b) Nos playoffs, os Patriots têm semana de folga e Brady acaba tendo duas semanas de descanso para se recuperar. Então ninguém presta atenção.

Em setembro de 2015 e 2017, Tom Brady teve 9,93 jardas por passe, 8 touchdowns e 0 interceptações. Em dezembro de 2015 e 2017, 7,22 jardas por passe, 13 touchdowns e 6 interceptações.

A teoria está mais do que provada.

O braço cansa e cansa mais se você passou dos 40 anos. Daí a importância da semana de folga tardia em 2018, a importância de enfrentar os Jets e o porquê dos Patriots PRECISAREM vencer os Steelers para não correrem o risco de enfrentar um Wild Card Round. Porque sem a folga na primeira rodada dos playoffs, não tem como Brady descansar e “voltar” ao ritmo de setembro de cada ano.

Como disse, o apocalipse não é definitivo e há remédio. Tal como o único remédio para gripe é o descanso, Tom Brady precisa descansar para recuperar-se. Ele parece um robô, mas não é. Caso haja esse descanso – agora e antes do Divisional Round – vai ficar tudo bem e não, ainda não acabou a dinastia.


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