Quatro Descidas: O que você precisa saber após a Semana 16

[dropcap size=big]A[/dropcap]inda faltam dois jogos para fecharmos a Semana 16 – Steelers/Texans e Raiders/Eagles – mas são dois jogos entre um time eliminado e outro classificado. Não é como se muita coisa fosse mudar no mundo – sendo assim, mais do que na hora de falarmos o que você precisa saber após a última rodada da NFL.

Tal como para um ataque, são quatro descidas aqui: tenho quatro oportunidades para ser conciso e passar o que de mais importante rolou no domingo. Se você prefere ouvir o recap, abaixo nosso podcast desta semana 16.

1- Vamos falar de Todd Gurley?

Já há algum tempo estamos falando sobre o potencial de Todd Gurley como “Comeback Player of The Year” – mas é importante colocar ele na briga por um outro prêmio também: Jogador Mais Valioso (MVP). Gurley, na prática, teve apenas um jogo realmente ruim na temporada – a primeira partida do ano contra o Seattle Seahawks, com apenas 14 tentativas e beirando as 40 jardas terrestres.

Depois disso, só show – inclusive contra Seattle na semana passada. Ontem, domingo, mais uma atuação fantástica do running back do Los Angeles Rams. Quem tem Gurley no fantasy, inclusive, deve ter vencido a final de sua liga: foram mais de 150 jardas recebidas e 100 corridas. Contexto: ele é apenas o terceiro atleta na história da NFL a fazer isso num só jogo – a última vez que isso aconteceu foi em 1986 com Herschel Walker. E era uma época com bem mais jogo corrido, sendo o running back o ponto focal do ataque. Simplesmente fantástico.

2- Browns seguem rumo ao 0-16

Havia um jogo ganhável na reta final da temporada. Ruim pelo ruim, não é como se o elenco do Chicago Bears fosse aquela maravilha – tampouco é a comissão técnica, a qual muito provavelmente vai pra rua. A oportunidade foi embora de maneira mais Cleveland Browns o possível: interceptação retornada para touchdown que foi anulada por offside – a jogada mudaria o momento da partida. E, para completar, o já clássico turnover (fumble, neste caso) dos Browns na red zone.



Com a derrota por 20 a 3 para os Bears, o navio do Cleveland Browns segue rumo ao precipício nesta temporada: é a segunda vez na história que um time começa 0-15. A outra ocasião? 2008, com o Detroit Lions – que terminou 0-16. Vale lembrar, na Era Super Bowl, o Tampa Bay Buccaneers de 1976 também terminou o ano sem vitórias, mas eram 14 partidas na temporada regular (0-14). Com a derrota, os Browns garantiram a primeira escolha do Draft 2018 – pelo segundo ano consecutivo. A outra franquia que fez isso? O próprio Cleveland Browns, em 1999-2000.

3- NFC South é a divisão mais forte da NFL

Apenas uma divisão da NFL não tem um campeão antes da Semana 17: a NFC South. Infelizmente não há confronto direto entre Carolina Panthers e New Orleans Saints – se houvesse, seria o Sunday Night Football (que não vai rolar nesta semana).

Fato é que existe uma chance bem forte da divisão levar três times para os Playoffs: Carolina. New Orleans e Atlanta – este, pelo Wild Card. Fato é que a divisão inteira é forte e eu não digo isso só em termos de playoff. Pense bem: qual divisão da NFL tem quatro Franchise Quarterbacks? Diga o que quiser de Jameis Winston, mas ele pode receber esse rótulo pelo investimento que recebeu. Drew Brees dispensa apresentações. Cam Newton e Matt Ryan foram os dois últimos MVPs da NFL.

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Mesmo o Tampa Bay Buccaneers, cravado como último lugar da divisão, não é um time fraco se comparado ao resto da liga. Os Bucs têm inúmeros problemas – de comissão técnica à imaturidade de Winston, passando pelo pass rush e linha ofensiva – mas ainda assim deram canseira para o Atlanta Falcons na semana passada e para o Carolina Panthers ontem. Não me surpreenderia se arrancassem uma vitória contra os Saints na Semana 17, embora creio que isso seja bem improvável.

4- OK, os Seahawks estão vivos – mas são zumbis

Nos comentários dos posts que fiz sobre “o que o Seattle Seahawks precisa para se classificar”, vi muitos torcedores do time… Não querendo pós-temporada. Parece meio surreal, mas até faz sentido: quanto mais longe você vai na temporada, mais baixa será sua escolha no Draft. E é inegável que Russell Wilson foi capaz de maquiar vários defeitos e buracos no elenco do Seattle Seahawks.

Conforme falamos no podcast dos sócios, Seattle é um time à beira de, no mínimo, uma mini-reconstrução. Richard Sherman, por exemplo, tem salário muito pesado – mais de 13 milhões de dólares por ano – e vem tendo problemas de lesão. Jimmy Graham é free agent no ano que vem. E, para completar, os Seahawks têm coisa de um milhão disponível no teto salarial de 2018.




Ante tudo isso e uma linha ofensiva, para não dizer outra coisa, porosa, a situação realmente não é das melhores para o futuro. Com a Conferência Nacional tendo várias forças e Seattle cambaleante para chegar à pós-temporada, seria bem difícil imaginar o time chegando longe caso fosse para os Playoffs. Quando um wild card vai longe, geralmente é porque chega embalado. Não é o caso aqui.

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