The Notebook – Florida State e a vergonhosa mochila do turnover

Rodney Anderson fora da temporada

Rodney Anderson, para muitos o melhor running back da próxima classe, machucou o joelho direito e após exames médicos foi constatado o rompimento do ligamento cruzado anterior e, com isso, ele está oficialmente fora da temporada. Não é a primeira vez que lesões sérias aconteceram com Anderson: em 2015, ele quebrou a sua perna esquerda em sua segunda partida e não jogou mais nenhuma partida no ano; em 2016, outra lesão, dessa vez no pescoço, ainda no training camp em agosto e novamente perdeu a temporada completa. Apenas em 2017 ficou saudável e mostrou todo o seu talento, marcando 18 touchdowns e mais de 1,400 jardas de scrimmage.

O seu talento dentro de campo mostra um potencial de ser um jogador escolhido na primeira rodada, porém, nenhum time na NFL arriscará uma escolha alta no Draft com um histórico tão ruim de lesões e que perdeu três das quatro temporadas jogadas. É até mesmo provável que Anderson fique em Oklahoma para mais um ano para tentar terminar uma temporada completa no seu ano de Draft, contudo, caso ele decida se declarar para o Draft de 2019, é improvável que seja escolhido antes da quinta rodada.

Duke com problemas para o decorrer da temporada

A atual classe de quarterbacks não tem empolgado os analistas. Daniel Jones, quarterback de Duke, não é um jogador que brigaria para ser escolhido no topo da classe de quarterbacks, embora um bom nome para o meio de Draft; porém, Jones sofreu uma fratura na clavícula e ficará fora por tempo indeterminado. A boa notícia é que a lesão não é considerada grave o suficiente para encerrar a sua temporada.

Além do quarterback, Duke perdeu também perdeu a sua referência na secundária: o cornerback Mark Gilbert sofreu uma lesão até mais séria do que a de Jones e perderá o restante da temporada. Gilbert se machucou de forma estranha e descrita como uma lesão grotesca; por enquanto, ainda está incerto se Gilbert terá condições de participar dos exercícios do Combine do Draft caso ele se declare. Ele liderou a ACC na temporada passada com seis interceptações e ainda possui mais um ano de elegibilidade para jogar em Duke.

Florida State destinada a mais uma temporada decepcionante

Eu me declaro culpado! Sou culpado de acreditar que o time de Florida State mostraria uma clara evolução em relação à temporada passada. Na verdade, nem era um trabalho muito complicado de ser feito, visto que tiveram apenas 7 vitórias e uma ida para um Bowl pouco relevante no cenário nacional.

Porém, FSU inaugurou a temporada sendo atropelado por Virginia Tech em um jogo de primetime transmitido para todo o país e na segunda partida, sofreu para vencer o fraco time de Samford, da FCS, pelo placar de 33 a 23. Ao acabar o primeiro tempo, o placar mostrava-se favorável a Samford por 23 a 21. A linha ofensiva dos Seminoles continua uma bagunça e piorou depois de perder mais jogadores titulares após o jogo contra Virginia Tech e o quarterback Deondre Francois que correu pela sua vida na temporada passada até sofrer uma lesão que o tirou da temporada, terá novamente que fazer o mesmo. Mas o mais grave do jogo foi quando coisas boas aconteceram para os Seminoles.

Eu explico. Miami foi pioneiro e inaugurou a “turnover chain“, uma corrente que os treinadores colocam no pescoço do jogador que causou o turnover. Em Boise State eles tiveram a ideia de fazer um trono do turnover que é bem impactante e imponente. Treinadores replicaram essa ideia em vários times e em Florida State os treinadores acharam uma boa ideia fazerem a “mochila do turnover“. E é tão ruim quanto parece.

O quão vergonhoso deve ser para o jogador usar essa mochila de Dora, a Aventureira após fazer uma boa jogada? É provável que o jogador drope uma interceptação de propósito para não passar por essa vergonha.

O lado positivo dos Seminoles fica por conta do cornerback Levonta Taylor, que é um grande jogador marcando em cobertura por zona e mostrou isso na jogada que conseguiu a pick six em um momento que FSU precisava bastante. Falei sobre o Levonta Taylor lá no On The Clock.

Boise State confirmando ser um dos melhores do Group of Five

Boise State é um time que está há tanto tempo no topo do Group of Five que torcedores mais casuais acreditam que é um time do Power Five. No fim de semana, jogou contra uma universidade de tradição e não tomou conhecimento, atropelando UConn por 62 a 7. Com muitas jogadas verticais, o quarterback Brett Rypien matou o jogo antes do intervalo ao abrir 42 pontos de vantagem e quebraram o recorde de jardas totais (812) em apenas um jogo da universidade. Apesar de tudo isso, Rypien não é um quarterback que me empolga para o próximo Draft caso ele se declare: sua inconsistência é muito alta para considerá-lo antes da quinta rodada.

A era Jimbo Fisher começou em Texas A&M

O jogo exibido pela ESPN Brasil foi Clemson e Texas A&M, e foi um jogo muito mais competitivo do que imaginei que seria. O quarterback dos Aggies Kellen Mond mostrou uma boa presença de pocket junto com uma liderança do time que ainda não havia mostrado na temporada passada. Mesmo contra a melhor linha defensiva do país, Mond fez boas jogadas estendendo o tempo fora do pocket e, quando esteve nele, fez lançamentos em janelas apertadas que mantiveram o time no jogo.

Mesmo não vencendo a partida, Texas A&M já mostrou que a temporada tem mais potencial de ser uma melhor do que foi no ano passado, quando jogou o Belk Bowl e perdeu para Wake Forest em uma partida apertada. Pelo lado de Clemson, eu apostaria que até o final da temporada o quarterback Trevor Lawrence assumirá a condição de titular e com isso ficarão ainda mais fortes para disputar uma vaga nos playoffs.

O jogo da semana: LSU @ Auburn

Sejamos sinceros, essa semana 3 do College não possui muitos jogos que ao olhar para o papel notamos uma grande competitividade entre as equipes. LSU e Auburn compensam a semana fraca e fazem um jogaço, já que ambos os times possuem armas ofensivas que serão prospectos quentes para o próximo recrutamento. Do lado de Auburn, Jarrett Stidham é tido como um dos principais quarterbacks da classe. Inclusive, sobre ele, assista o vídeo que Deivis Chiodini e eu gravamos sobre suas qualidades e defeitos como prospecto:

Do lado de LSU, Nick Brossette parece manter a tradição recente de grandes running backs na universidade. Por ter ficado atrás no depth chart atrás de Leonard Fournette e Derrius Guice, Brossette ficou escondido e está conseguindo demonstrar seu talento agora. Ele não será tão requisitado quanto os dois anteriores, mas pela forma como começou a temporada, pode se tornar um running back para ser olhado com carinho no dia 2.

Jogada da semana na NFL

Toda semana trarei uma jogada da NFL analisada. A primeira escolhida é da jogada-sensação da NFL: RPO (Run-Pass Option).

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