🔒 PRΓ‰VIAS 2018 – O Minnesota Vikings vai dar o ΓΊltimo passo necessΓ‘rio na NFC?

[dropcap size=big]F[/dropcap]altou pouquΓ­ssimo para os Vikings se tornarem a primeira equipe da histΓ³ria a participar de um Super Bowl que Γ© realizado em seu prΓ³prio estΓ‘dio. Com um time jΓ‘ bastante forte, alguns reforΓ§os pontuais levam a crer que 2018 pode, sim, ser o ano de Minnesota.

Como foi a ΓΊltima temporada do Minnesota Vikings?

Minnesota Vikings (13-3): 1ΒΊ colocado na NFC North; eliminado no NFC Championship Game pelo Philadelphia Eagles.

O final nΓ£o foi bonito, mas hΓ‘ quase uma dΓ©cada os Vikings nΓ£o tinham um ano tΓ£o intenso e esperanΓ§oso: com o Super Bowl sendo disputado em Minneapolis, o time tinha aspiraΓ§Γ΅es de se tornar a primeira equipe a participar da final da NFL no ano em que a mesma era disputada em seu estΓ‘dio.

Esse objetivo sofreu um baque jΓ‘ na primeira semana da temporada: mesmo vencendo New Orleans, Minnesota perderia Sam Bradford, seu quarterback titular para uma lesΓ£o que, inicialmente pequena, se arrastaria por vΓ‘rias semanas. Quando Bradford retornou ao posto de titular, ficou claro que ele ainda estava longe de estar apto para comandar um ataque; assumiu Case Keenum, que havia sido o titular dentre as semanas 2 e 4. A partir dali, Keenum seria o lΓ­der da equipe atΓ© o fim do ano.

Potencializados por uma excelente defesa, os Vikings venceram oito partidas seguidas entre as semanas 5 e 13, disparando na lideranΓ§a da NFC North e competindo com os Eagles pela home field advantage da conferΓͺncia. Com a derrota para os Panthers na semana 14, entretanto, Minnesota praticamente deu adeus na busca pela primeira colocaΓ§Γ£o na NFC; ainda assim, o time foi capaz de conquistar a folga na semana do wild card.

Estreando nos playoffs em casa contra o New Orleans Saints, o time fez parte do duelo mais emocionante em toda a temporada passada; os donos da casa foram ao intervalo vencendo por 17-0, mas os adversΓ‘rios buscariam a virada no segundo tempo. Perdendo por 24 a 23, Keenum completaria um passe de 61 jardas para Stefon Diggs, que anotaria o touchdown com o cronΓ΄metro zerado e enviaria Minnesota para a final da NFC, no jogo conhecido como Minneapolis Miracle; porΓ©m, o time falhou no objetivo de disputar o Super Bowl em casa, sendo aniquilado pelos Eagles em Philadelphia; depois de anotarem os primeiros pontos do jogo, os Vikings desapareceram de campo quando o time da casa anotou uma pick-six e nunca mais voltaram, com o placar final mostrando 38 a 7.

Como foi a free agency do Minnesota Vikings?

Chegadas:Β Kirk Cousins (QB, Washington); Sheldon Richardson (DT, Seahawks); Kendall Wright (WR, Bears); Tavarres King (WR, Giants); Tom Compton (OT, Bears)

SaΓ­das: Case Keenum (QB, Broncos); Sam Bradford (QB, Cardinals); Teddy Bridgewater (QB, Jets); Jerick McKinnon (RB, 49ers); Tom Johnson (DT, Seahawks); Tramaine Brock (CB, Broncos); Michael Floyd (WR, Saints); Jeremiah Sirles (G, Panthers).

[dropcap size=big]A[/dropcap]ll in na free agency por parte dos Vikings, sim senhor. Muito se discutiu ao longo de 2017 sobre a qual dosΒ quarterbacksΒ do elenco a organizaΓ§Γ£o devia ater o futuro, e a verdade Γ© que nenhum deles foi a resposta. Minnesota deu a Kirk Cousins nΓ£o sΓ³ um valor anual que (Γ  Γ©poca) era o maior da liga como ainda lhe entregou um contrato totalmente garantido, a primeira vez que isso acontece.

Em times com pouquΓ­ssimos buracos, o mΓͺs de marΓ§o tem importΓ’ncia reduzida e as contrataΓ§Γ΅es sΓ£o pontuais. Minnesota jΓ‘ possui uma Γ³tima base e, com exceΓ§Γ£o da contrataΓ§Γ£o de Cousins, o time foi muito pouco ativo no mercado. Sheldon Richardson chega para aumentar ainda mais a qualidade de uma excelente linha defensiva, ao passo que Wright, King e Compton chegam para compor elenco.

Como foi o Draft do Minnesota Vikings?Β 

Rodada 1, escolha 30: Mike Hughes, CB, UCF

Rodada 2, escolha 62: Brian O’Neill, OT, Pittsburgh

Rodada 4, escolha 102: Jalyn Holmes, DE, Ohio State

Rodada 5, escolha 157: Tyler Conklin, TE, Central Michigan

Rodada 5, escolha 167: Daniel Carlson, K, Auburn

Rodada 6, escolha 213: Colby Gossett, G, Appalachian State

Rodada 6, escolha 218: Ade Aruna, DE, Tulane

Rodada 7, escolha 225: Devante Downs, LB, California

Leia tambΓ©m: PROClub: AnΓ‘lise do Draft – Minnesota Vikings

Do que precisa quem jΓ‘ tem tudo? Exageros Γ  parte, nΓ£o hΓ‘ dΓΊvida de que o Minnesota Vikings tem um dos elencos mais completos de toda a NFL. Ainda assim, mesmo com todos esses recursos, o Draft segue sendo fundamental como ferramenta de reforΓ§o da equipe. Isso porque, na realidade das regras trabalhistas atuais da NFL, nenhum time consegue manter todos os seus melhores jogadores em seus segundos contratos na liga. Assim, buscar peΓ§as de reposiΓ§Γ£o continuamente atravΓ©s do Draft segue sendo a melhor forma de manter a qualidade.

Considerando que as duas principais necessidades da equipe antes do Draft eram a linha ofensiva e profundidade para o elenco defensivo, o Minnesota Vikings fez o que precisava fazer. Com dois jogadores de linha e vΓ‘rios reforΓ§os defensivos, incluindo a escolha de primeira rodada, Mike Hughes, os Vikings direcionaram suas seleΓ§Γ΅es para as necessidades.

AnΓ‘lise da tabela do Minnesota Vikings

CASA: Chicago Bears, Detroit Lions, Green Bay Packers, Arizona Cardinals, San Francisco 49ers, Buffalo Bills, Miami Dolphins, New Orleans Saints

FORA: Chicago Bears, Detroit Lions, Green Bay Packers, Los Angeles Rams, Seattle Seahawks, New England Patriots, New York Jets, Philadelphia Eagles

Algum time na liga possui um inΓ­cio de tabela tΓ£o complicado quanto Minnesota? Muito provavelmente nΓ£o. O time recebeu os 49ers na primeira semana e, dentre os prΓ³ximos quatro jogos, estΓ£o previstas visitas aos Packers (empate), aos Rams e aos Eagles. NΓ£o seria nem um pouco surpreendente se o time chegasse a sexta semana com um record negativo.

A partir daΓ­ e atΓ© a semana de folga, o caminho Γ© mais fΓ‘cil: visitas de Cardinals, Saints e Lions e visita aos Jets. Voltando do descanso, a sequΓͺncia volta a ser brutal: em trΓͺs dos quatro jogos seguintes, o time viaja para Chicago, Seattle e New England e recebe Green Bay no meio tempo. Os Vikings podem atΓ© ir longe na temporada, mas terΓ£o de suar muito para isso.

O que esperar do ataque do Minnesota Vikings em 2018?

ProvΓ‘veis titulares: Kirk Cousins, Dalvin Cook, Latavius Murray, Stefon Diggs, Adam Thielen, Kyle Rudolph, Riley Reiff, Tom Compton, Pat Elflein, Mike Remmers, Rashod Hill.

[dropcap size=big]S[/dropcap]e montarmos um ranking de quais times tem os melhores skill players de toda a NFL, Minnesota Γ© um fortΓ­ssimo candidato a liderΓ‘-lo. O running back estava tendo nΓΊmeros maravilhosos atΓ© sofrer uma grave lesΓ£o no meio da temporada; os wide receivers formam discutivelmente a melhor dupla da NFL; e o tight end tem nΓ­vel de Pro Bowl.

No entanto, Γ© claro que os holofotes do ataque dos Vikings estarΓ£o focados no quarterback. A organizaΓ§Γ£o deu um contrato totalmente garantido a Kirk Cousins na free agency, com valores anuais que (na Γ©poca) eram os maiores da histΓ³ria da NFL. A mensagem em Minneapolis Γ© clara: o time estΓ‘ investindo tudo nessa temporada.

Para comandar essa unidade, o time terΓ‘ um novo coordenador ofensivo. John DeFilippo assume o posto vago por Pat Shurmur – que se tornou o treinador principal dos Giants – com um anel no currΓ­culo, por fazer parte da coaching staff dos Eagles. O time tambΓ©m terΓ‘ de lidar com a perda de Tony Sparano, treinador de linha ofensiva que recentemente faleceu aos 56 anos.

As expectativas para o novo treinador sΓ£o as melhores. NΓ£o hΓ‘ muitas tendΓͺncias que se possam extrair de seu outro trabalho como coordenador ofensivo em Cleveland, mas pode se esperar algo parecido com o que vimos em Philadelphia desde 2016. Alinhamentos em que tenham mais de um running back ou tight end em campo serΓ£o comuns, assim como passes saindo dessa situaΓ§Γ£o. TambΓ©m se pode esperar que DeFilippo espalhe seus recebedores em campo em 11 personnel e chame corridas com Dalvin Cook, notoriamente num esquema de zone blocking.

Uma marca importante desse ataque serΓ£o tambΓ©m os passes rΓ‘pidos, realizados com timing definido. Essa Γ© uma das qualidades de Kirk Cousins, a nova estrela da franquia. Ele pode se livrar da bola com rapidez e assim evitar que a pressΓ£o o afete. Γ‰ bem verdade tambΓ©m que ele tem se mostrado um quarterback melhor quando pressionado (ele era horrΓ­vel, entΓ£o literalmente qualquer coisa denotaria uma evoluΓ§Γ£o), o que deve acontecer bastante ao longo de 2018.

Isso porque a linha ofensiva dos Vikings Γ© de longe o ponto mais fraco do ataque – e isso antes mesmo do time perder Nick Easton por toda a temporada. Minnesota estaria satisfeita se Riley Reiff atuasse num nΓ­vel mediano em 2018, considerando que ele teve a horrenda marca de estar apenas em 29ΒΊ no ranking de bloqueios perdidos por snap dentre os left tackles da liga. Reiff nΓ£o se mostrou confiΓ‘vel desde que chegou a NFL em 2012 com o rival Detroit e ele provavelmente parecerΓ‘ um jogador mais consistente – ou menos instΓ‘vel, como preferir – num ataque baseado em passes curtos e rΓ‘pidos. Do outro lado, Rashod Hill parece agora o favorito na corrida pelo posto de titular – a lesΓ£o de Easton causou mudanΓ§as em toda a linha. Ele nΓ£o Γ© um jogador de elite, mas demonstrou bons momentos na ΓΊltima temporada quando no lugar do machucado Mike Remmers, entΓ£o o time nΓ£o precisa se preocupar tanto.

A dupla de guards Γ© formada por Tom Compton (esquerda) e Mike Remmers (direita). HΓ‘ pouco tempo atrΓ‘s, esses seriam respectivamente o guard e tackle do lado direito. Talvez por conta de males que vem para o bem, Remmers pareceu mais competente como right guard do que como right tackle em 2017 – principalmente abrindo espaΓ§os para o jogo terrestre. Do outro lado, Tom Compton foi titular em 11 partidas desde que chegou a liga, ou seja, nΓ£o hΓ‘ motivos para ficar excitado com a prospecΓ§Γ£o de sua titularidade. O ponto positivo do grupo Γ© Pat Elflein, que foi o center titular desde o inΓ­cio em Minnesota e demonstrou Γ³timos flashes – serΓ‘ interessante acompanhar seu desenvolvimento na proteΓ§Γ£o para o passe, atributo aonde ele demonstrou problemas ao longo do ano. No geral, a equipe tem motivos para confiar em Elflein.

No backfield, Dalvin Cook e suas 4.8 jardas por carregada voltam 100% saudΓ‘veis para a segunda temporada do jogador na liga. Cook estava sendo um dos running backs com a maior % de sucesso (54%, sΓ©timo colocado no geral) nas carregadas atΓ© sua grave lesΓ£o no joelho e, sabendo de seu talento, vocΓͺ sΓ³ pode imaginar um ano de elite do corredor se seu corpo nΓ£o se entregar novamente. Seu complemento serΓ‘ Latavius Murray, que tem o estilo oposto do agora segundo anista: se Cook se destaca por sua agilidade, seus cortes e sua capacidade de correr por fora dos tackles, Murray Γ© mais do estilo downhill runner, por dentro da linha ofensiva e nΓ£o querendo fugir do contato.

O time recentemente assinou uma extensΓ£o contratual gigantesca com Stefon Diggs, que fez por merecer cada centavo dela. Maior do que o Minneapolis Miracle no fim da ΓΊltima temporada, o milagre de verdade Γ© como Diggs manteve uma produΓ§Γ£o tΓ£o consistente mesmo com a instabilidade na posiΓ§Γ£o de quarterbackΒ ao longo de sua carreira em Minnesota – e adicione mais uma a lista. Diggs Γ© um dos recebedores que tem as rotas mais consistentes em toda a NFL, alΓ©m de nΓ£o sofrer com drops. NΓ£o se sabe se ele jΓ‘ atingiu totalmente seu potencial, entΓ£o os Vikings estΓ£o mais do que satisfeitos em atrelar seu futuro ao jogador. A grata surpresa de Adam Thielen no slot impulsionou o ataque aΓ©reo como um todo e os 161 targets ao longo de 2017 mostram o quanto os variados passadores de Minnesota confiavam nele – ele superou as 1200 jardas ao longo do ano e deve ser o alvo mais procurado de Cousins ao longo de toda a temporada. O problema do time Γ© a profundidade na posiΓ§Γ£o: Kendall Wright e Laquon Treadwell nΓ£o sΓ£o nomes que, a esse ponto da carreira de ambos, vocΓͺ gostaria de vΓͺ-los como titular.

Por fim, Kyle Rudolph Γ© um tight end bastante confiΓ‘vel e ΓΊtil no jogo aΓ©reo, principalmente na red zone. Γ‰ justo notar, contudo, que ele apresentou deficiΓͺncias serΓ­ssimas com relaΓ§Γ£o a seus bloqueios em 2017. O time precisarΓ‘ de uma melhora nesse aspecto, principalmente quando correr com a bola em alinhamentos de 12 personnel e 13 personnel, marcas do ataque de Philadelphia que DeFilippo provavelmente levou consigo para Minnesota.

O que esperar da defesa do Minnesota Vikings em 2018?

ProvΓ‘veis titulares: Danielle Hunter, Linval Joseph, Sheldon Richardson, Everson Griffen, Anthony Barr, Eric Kendricks, Ben Gedeon, Xavier Rhodes, Trae Waynes, Harrison Smith, Andrew Sendejo

[dropcap size=big]E[/dropcap]xiste tanto talento nessa defesa que Γ© difΓ­cil isolar algum grupo para apontar como fortaleza. Se uma das desculpas para Kirk Cousins fazer parte de um time com sucesso nas horas mais importantes era a falta de uma defesa consistente, essa justificativa certamente nΓ£o serΓ‘ aceita em Minnesota – esse Γ©, muito provavelmente, o melhor grupo de titulares em qualquer defesa da NFL.

Γ‰ importante frisar o fator “grupo de titulares”. No papel, uma unidade assustadora. Na prΓ‘tica, uma lesΓ£o grave em algum desses jogadores poderia ser devastadora para Minnesota, que possui nos reservas desses um grupo nΓ£o tΓ£o desenvolvido, cheio de escolhas de late rounds. Em 2017, os Vikings tiveram a defesa mais saudΓ‘vel da NFL, com um AGL (adjusted games lost, mΓ©trica que aponta o nΓΊmero de jogos perdidos pelos jogadores da unidade) de apenas 4.9. A histΓ³ria mostra que, desde 2002, times com o melhor AGL em uma temporada nΓ£o possuem a mesma sorte nos anos seguintes: apenas o Kansas City Chiefs de 2006 conseguiu manter as lesΓ΅es num nΓ­vel tΓ£o baixo. VocΓͺ nΓ£o pode prever quando, aonde ou com quem uma lesΓ£o acontecerΓ‘. Mas elas acontecem.

Os Vikings foram o time que mais usaram nickel package em toda a NFL em 2017, estando nesse tipo de alinhamento em 77% das vezes (21% em base). O time emprega um sistema defensivo 4-3, e em coberturas, Minnesota tradicionalmente emprega cover 1 ou cover 2, que sΓ£o ideais para os jogadores da equipe.

VocΓͺ se sente mais confortΓ‘vel utilizando cover 1 – com um free safety isolado no meio do campo, o range de cobertura dele deve ser altΓ­ssimo – se Harrison Smith, que Γ© o melhor safety da liga, estiver no seu time. Alguns apontam-no como strong safety, mas o alinhamento dele Γ© constantemente numa cobertura no meio, entΓ£o pensaremos nele como free. Se a sua memΓ³ria de Smith Γ© a final da conferΓͺncia, vocΓͺ provavelmente nΓ£o sabe o quanto ele consegue afetar rotas quando cobrindo o slot, o quanto ele impressiona se aproximando do backfield e defendendo o jogo corrido, ou o quanto ele Γ© praticamente perfeito patrulhando o campo. Sim, ele teve uma pΓ©ssima exibiΓ§Γ£o no momento mais importante do ΓΊltimo ano, o que nΓ£o difere do fato de que Smith Γ© o melhor safety da NFL. Seu parceiro na posiΓ§Γ£o, Andrew Sendejo, deixou em 2017 de ser uma fraqueza da defesa dos Vikings para se tornar um strong safety consistente, com boa capacidade de cobertura e recuperaΓ§Γ£o.

O outro jogador que deixou de ser uma fraqueza para se tornar um membro consistente nessa defesa foi Trae Waynes, antiga escolha de primeira rodada que sofreu nos seus dois primeiros anos de NFL. Waynes Γ© rΓ‘pido, e isso lhe permite alcanΓ§ar os recebedores nas rotas se eles ganharem separaΓ§Γ£o; para a funΓ§Γ£o de cornerback #2 que ele exerce, essas qualidades sΓ£o suficientes. O cornerback #1, Xavier Rhodes, provou que a gigante extensΓ£o contratual assinada antes de 2017 foi mais um movimento acertado da organizaΓ§Γ£o. Rhodes continua a ser um defensor extremamente fΓ­sico, que atua quase sempre em press coverage buscando romper o timing das rotas dos recebedores. Vez ou outra isso resulta em penalidades, que nΓ£o tiram de forma alguma o brilho do cornerback, excelente na cobertura,

A linha defensiva Γ© outro grupo repleto de estrelas. NΓ£o Γ© difΓ­cil para os Vikings conseguirem pressΓ£o na tradicional 4-man rush, e isso se deve ao alto nΓ­vel de seus edge rushers.Β De um lado, os times tem de lidar com Everson Griffen, que possui um primeiro passo (atributo mais importante de um defensive end, inclusive) de dar inveja aos outros da posiΓ§Γ£o – se ele nΓ£o Γ© o mais atlΓ©tico, Γ© um dos mais tΓ©cnicos. Do outro, Danielle Hunter tem mais sacks na carreira do que anos de idade com apenas trΓͺs anos de liga. Se Hunter nΓ£o Γ© o mais rΓ‘pido apΓ³s o snap, ele se destaca por sua tΓ©cnica para vencer a linha, assim como Griffen.

No interior da linha, Linval Joseph tem um corpo massivo, e Γ© um dos melhores defensores contra a corrida da liga – Joseph deixa um pouco a desejar quando o assunto Γ© pass rush. Ao lado dele estarΓ‘ o recΓ©m-chegado Sheldon Richardson, que pode variar de posiΓ§Γ£o ao longo da linha mas serΓ‘ primariamente um 3-tech em Minneapolis. Apesar de ser um bom defensor do jogo terrestre, Richardson nΓ£o possui o corpo de Joseph – se ele deixa de ser elite parando a corrida, ele compensa isso chegando constantemente no quarterback por meio do B-gap.

NΓ£o, nΓ£o terminamos de falar sobre os excelentes defensores que os Vikings tem. Quando os Vikings utilizavam o package nickel, o time se sentia bastante seguro com a ausΓͺncia de um linebacker em campo. O(s) motivo(s)? Anthony Barr e Eric Kendricks. Barr atua como outside linebacker, Kendricks como inside; o primeiro sempre foi uma estrela, e o desenvolvimento de um atributo especΓ­fico de seu jogo – a cobertura em jogadas de passe – foi o que lhe transformou de Γ³timo para elite. O segundo faz quase que perfeitamente a funΓ§Γ£o de middle linebacker, diagnosticando as jogadas e um Γ³timo defensor contra a corrida.

Os Vikings gastaram a escolha de primeira rodada num jogador de defesa, mas nΓ£o hΓ‘ motivos para esperar uma contribuiΓ§Γ£o imediata de Mike Hughes em 2018 – Rhodes e Waynes estΓ£o bem estabelecidos em suas respectivas funΓ§Γ΅es e Terence Newman deve ser o nickel corner.

Nota resumida de cada um dos grupos do timeΒ 

QB: 4/5 – RB: 4,5/5 – WR: 4/5 – TE: 4/5

DE: 5/5 – DT: 4,5 – LB: 4,5/5 – DB: 5/5

As notas sΓ£o bastante altas pela qualidade do time titular, mas a preocupaΓ§Γ£o citada no setor da defesa na verdade podem se estender tambΓ©m para o ataque. Os Vikings sΓ£o um excelente time, mas sofrem com a falta de elenco e terΓ£o de torcer para um ano positivo com relaΓ§Γ£o as lesΓ΅es.

A grande perguntaΒ 

A defesa jΓ‘ provou pertencer a elite da liga. O ataque estΓ‘ no nΓ­vel das outras potΓͺncias da NFC?
NΓ£o. Eagles, Rams e Saints possuem ataques mais provados, de maior qualidade e jΓ‘ estabelecidos – todos possuem linhas ofensivas muito melhores, por exemplo. Por outro lado, vocΓͺ pode argumentar que somente os Eagles possuem uma defesa que tem um nΓ­vel perto do que os Vikings possuem atualmente – sim, os Rams possuem uma gama de estrelas, porΓ©m, nΓ£o hΓ‘ como ter certeza de que darΓ‘ liga em campo.

Cousins nunca teve uma defesa que lhe possibilitasse ir mais longe com alguma equipe e ele nΓ£o poderΓ‘ reclamar da falta disso em Minnesota. AtΓ© mesmo a chegada de Flip Γ© um bom sinal para o jogador. O ataque nΓ£o estΓ‘ na prateleira mais alta, mas isso nΓ£o deve impedir os Vikings de irem longe.

CENÁRIOS PARA 2018

Qual cenΓ‘rio seria o dos sonhos para o time?

Os Vikings recebem o melhor golpe de sorte possΓ­vel na NFL: nΓ£o sofrem com lesΓ΅es ao longo do ano. Kirk Cousins se adapta ao rΓ‘pido e criativo ataque de John DeFilippo, tendo uma temporada dentro das 10 melhores de 2018. Na defesa, Danielle Hunter e Everson Griffen conquistam ambos pelo menos 10 sacks, e o potente pass rush encabeΓ§a a que Γ© novamente a melhor defesa da NFL. Os Vikings finalmente voltam ao Super Bowl, conquistando-o pela primeira vez em sua histΓ³ria.

Qual cenΓ‘rio seria um desastre para o time?

A defesa mais saudΓ‘vel da NFL em 2017 passa longe de manter a mesma sorte, e os fracos reservas nΓ£o conseguem se equiparar ao alto nΓ­vel dos titulares. Com a pΓ©ssima linha ofensiva a sua frente, Kirk Cousins tem nΓΊmeros horrΓ­veis quando sob pressΓ£o, o que impede o ataque dos Vikings de explodir. O time vence apenas nove jogos, perde a divisΓ£o para os Packers e fica de fora do wild card.

Qual cenΓ‘rio Γ© o mais realista para o time?

Cousins se mostra um quarterback bom o suficiente para levar o time longe com essa defesa. Manter o nΓ­vel de saΓΊde de 2017 se mostra impossΓ­vel, mas uma ou duas perdas nΓ£o afetam a qualidade como um todo. A volta de Dalvin Cook transforma o outro lado da bola tambΓ©m numa potΓͺncia, e o time vence a NFC North, a NFC e o Super Bowl.

PrevisΓ£o final do Minnesota Vikings em 2018:

CampeΓ£o do Super Bowl.

Clique aqui e confira o Γ­ndice completo das prΓ©vias de temporada.


β€œproclubl"

β€œodds