10 opiniões: Rams precisam renovar com Donald; As chances de Matt Ryan como MVP

A coluna 10 opiniões é a forma de você rapidamente se inteirar sobre os principais assuntos da semana na NFL. Postada toda quarta-feira com Henrique Bulio, inclusive durante a temporada regular da NFL e uma forma de você rapidamente ficar informado!




1- Fiz um mini-Power Ranking de como eu via os times pré-temporada 2018 no domingo e encontrei um denominador comum em 80% do top 5: a fortaleza na linha defensiva

O número 1 ficou com o Minnesota Vikings. A linha defensiva já era bastante assustadora em 2017 e a adição de Sheldon Richardson ao grupo transformou-a em uma unidade ainda mais potente. Logo abaixo veio o Philadelphia Eagles, que possui onze (sim, você leu certo: ONZE) jogadores de médio/bom/ótimo nível que atuam no primeiro nível da defesa. Em terceiro, o Jacksonville Jaguars é outro time recheadíssimo, o que foi de grande utilidade principalmente contra as péssimas linhas ofensivas dentro da própria divisão em 2017. Por fim, em quinto ficou o Los Angeles Rams – a profundidade não é das mais impressionantes, mas o trio inicial consiste em Michael Brockers, Aaron Donald e Ndamukong Suh. Nada mal.

Percebem a tendência? Dos quatro times citados, três deles disputaram as finais de conferência. Um deles foi o campeão do Super Bowl. Vários times na liga possuem uma boa linha defensiva, mas faltam-lhes a profundidade no elenco para que possam manter os melhores jogadores descansados sem que a queda na produção seja brusca. Essa tendência levou ao título de Philadelphia em 2017 e as outras organizações tentarão repetir o método nos próximos anos. Para Vikings, Eagles, Jaguars e Rams, o denominador comum é esse.

Ah, curioso pra saber o time que ficou de fora? É o New England Patriots, quarto colocado no Power Ranking. Embora a linha defensiva não seja tão potente quanto as outras supracitadas, o time tem o melhor treinador defensivo da história no comando. Vai ficar tudo bem.

2. Falando sobre os Rams, eu não faço a menor ideia de como eles lidarão com a imensa quantidade de estrelas no time nos próximos anos – implicações com a folha salarial, etc. Mas algo precisa ser feito e rápido: estender o contrato de Aaron Donald. Ele é simplesmente o melhor jogador defensivo em toda a NFL, lidando quase sempre com bloqueios duplos das linhas defensivas e destruindo-os com uma facilidade quase nunca vista. O jogador já não reportou para o training camp em 2017 e chegou a perder a partida inicial da temporada – contra um Colts comandado por Scott Tolzien, o que ajudou – depois de ficar longe do time por toda a intertemporada. É óbvio que o valor de mercado dele quebrará a banca e será o maior da história de um jogador defensivo; ainda assim, Los Angeles precisa dar um jeito de resolver essa situação. E logo.

3. Os Browns acharam que copiar a ideia das universidades de “conquistar” os adereços do capacete serviria de motivação extra para os jogadores nessa fase de preparação para a temporada e só utilizarão as listras no capacete os jogadores que estiverem dentre os 53 do elenco final.

O objetivo em si é entendível – motivação extra sempre faz bem, claro. Mas é realmente útil isso? Os jogadores que certamente estarão no elenco após os cortes finais não se preocuparão com isso nem um pouco, e os que estão brigando por vaga não o farão pensando nas listras. Por fim, muito provavelmente Cleveland não poderá usar os capacetes sem as listras na pré-temporada. Não faz muito sentido.




4. Cleveland tinha um ótimo grupo de linebackers. É ainda melhor agora com a chegada de Mychal Kendricks. Aproveitando a recente dispensa do jogador por parte dos Eagles, os Browns adicionaram um jogador bastante talentoso, atlético e que pode realizar as três funções de um linebacker num sistema 4-3. Hue Jackson já declarou que o plano inicial da equipe é utilizá-lo como MLB, onde Joe Schobert atuou por todo o 2017 alcançando até mesmo o Pro Bowl. Seja lá como o time realizar a rotação na posição – e sabemos que as táticas de Gregg Williams são, digamos, não ortodoxas -, talento não faltará.

5. Estamos em junho e eu já estou animado para ver o ataque dos Titans. Matt LaFleur é uma mente ofensiva recém-saída do Los Angeles Rams – embora o ataque seja desenhado por Sean McVay, LaFleur recebeu apreço constantemente por sua participação nele, principalmente com relação ao desenvolvimento de Jared Goff. Agora sendo o principal líder de uma unidade ofensiva e com peças bastante dinâmicas (Mariota, Lewis, Henry, Davis, Walker e uma ótima linha ofensiva chamam a atenção), Tennessee larga muito na frente na disputa pelo melhor ataque da AFC South.

6. Isso não é uma bold prediction: Matt Ryan será um candidato a MVP em 2018. O quarterback do Atlanta Falcons não caiu de produção em 2017: seus números caíram porque o ataque em sua volta era bastante mal-desenhado. Estou começando a ficar cada vez mais seguro com relação a uma melhora de Steve Sarkisian na segunda temporada; isso não é uma garantia de que os números da Era Shanahan voltarão, mas uma aposta de que Ryan chamará a atenção da mídia por conta deles. Ele tem melhorado cada vez mais ao longo dos últimos anos, especialmente quando sob pressão.

7. Johnathan Hankins continua como um free agent e já estamos em junho. Isso é errado. Em 2017, Hankins era um dos free agents mais produtivos do mercado e, mesmo que a situação para defensive tackles naquela intertemporada tenha sido muito menos animadora, ele ainda conseguiu um contrato na média de 10 milhões por ano com o Indianapolis Colts. Pois bem, os Colts fizeram alterações no esquema defensivo e Hankins não era mais um jogador útil, então ele foi dispensado. Entretanto, o defensor ainda é bastante jovem (26 anos), é excelente defendendo a corrida e não teve um 2017 ruim.

8. A NFL perdeu uma lenda em Dwight Clark, wide receiver do San Francisco 49ers na década de 1980 e que faleceu na semana passada aos 61 anos em decorrência de uma batalha contra a esclerose lateral amiotrófica. Clark, você deve se lembrar, foi o responsável pelo famoso The Catch na final de 1981 da NFC – uma das jogadas mais lendárias em toda a história da NFL e a mais essencial na caminhada para a primeira conquista de Super Bowl da organização.




9. Kyler Murray, quarterback de Oklahoma e potencial sucessor de Baker Mayfield por lá, muito provavelmente não teria futuro na NFL; se o melhor para ele é ganhar dinheiro no baseball, que seja feliz. Já tivemos essa discussão milhares de vezes, certo? O futebol americano é um esporte perigosíssimo, não paga de forma tão justa quanto as outras grandes ligas… etc. Murray não seria tão valorizado na NFL por conta de sua altura e, após ser selecionado na nona escolha geral pelo Oakland Athletics no Draft da MLB, os relatos iniciais são de que ele jogará futebol americano universitário na temporada que se aproxima e depois focará numa carreira profissional no baseball.

10. Donald Trump é ridículo e o modo como lidou com a visita dos Eagles à Casa Branca prova isso pela 9563ª vez. A organização planejava enviar um contingente baixíssimo de membros para a visita em Washington e, quando soube disso, o presidente americano cancelou a visita dos Eagles com os mesmos argumentos batidos utilizados: “respeito ao hino”, “jogadores que se ajoelham”, “é sobre respeito aos militares”, etc.

Nenhum jogador do Philadelphia Eagles se ajoelhou durante a execução do hino americano ao longo da temporada de 2017.

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