10 Opiniões: Como eu vejo os times antes do início dos playoffs

A coluna 10 opiniões é a forma de você rapidamente se inteirar sobre os principais assuntos da semana na NFL.

Postada toda quarta-feira com Henrique Bulio, inclusive durante a temporada regular da NFL e uma forma de você rapidamente ficar informado! Confira aqui o índice completo da coluna.

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A coluna vai ser diferente essa semana: ao invés das tradicionais 10 opiniões, farei uma espécie de Power Ranking, elencando como eu vejo os 12 times que estarão disputando a pós-temporada a partir de sábado. Vai ser um texto mais curto que o normal, mas em compensação, teremos prévias extensas de todas as partidas da pós-temporada e um janeiro bem cheio chegando.

12. Indianapolis Colts (10-6)

Eu tenho um problema sério com relação ao Indianapolis Colts e ele diz respeito a defesa contra o passe da equipe, que cedeu 70.8% de passes completos ao longo da temporada – apenas o Tampa Bay Buccaneers com 72% permitiu mais conexões. Ainda que essa estatística não signifique muito se olhando de forma crua, outro fator que há de se levar em consideração é o fato de que os Colts não enfrentaram lá muitos ataques de alto nível, ou seja: é difícil de saber com certeza se a unidade aguentará ataques mais potentes na AFC.

Em diversas colunas ao longo da temporada elogiei a equipe, até mesmo escrevendo um texto sobre como o futuro era otimista apesar de um início ruim. Ao mesmo tempo, o nível de competição é muito mais alto do que aquele visto ao longo da ótima segunda metade da temporada, aonde o time conseguiu arrancar de um início 1-5 para a última vaga de wild card. Frank Reich merece créditos por reviver a carreira de Andrew Luck e por toda a reviravolta que aconteceu com o time, e os Colts são um bom time – mas eu acho que ainda precisam melhorar para serem uma grande ameaça a esse nível.

11. Houston Texans (11-5)

Assistir os Texans jogando futebol americano no ataque tem sido bastante divertido, com as exibições mágicas de Deshaun Watson e DeAndre Hopkins e um jogo terrestre que teve lá sua efetividade; a defesa é outra unidade que tem jogado em bom nível, especialmente na secundária. O calcanhar de aquiles do time é a linha ofensiva, que se mostrou bastante vulnerável nas últimas semanas e pode ser o principal fator na derrocada do time nos playoffs.

Com 11-5, um jogo de playoff em casa e um quarterback no nível de Watson, não há razão para Houston parar de sonhar nesse momento da temporada – especialmente se levarmos em consideração que eles conhecem bem o oponente da rodada de wild card. Indianapolis já se provou ameaça ao longo do ano, porém, em casa, ainda vejo os Texans como favoritos.

10. Philadelphia Eagles (9-7)

Esse é um time que, se não por um par de chamadas questionáveis na semana 14, estaria numa sequência de seis vitórias consecutivas. Os Eagles solidificaram a secundária, que era o ponto mais fraco da equipe depois de uma grande sequência de lesões, e as linhas voltaram a jogar no ótimo nível que catapultou a organização ao primeiro título de Super Bowl de sua história.

Mesmo com seu quarterback reserva, Philadelphia é uma boa ameaça na NFC, especialmente pelo supracitado ótimo nível de suas linhas defensivas. Ainda assim, o jogo terrestre não é dos mais ameaçadores, e Nick Foles costuma lançar um par de passes que são passíveis de turnover em quase todas suas partidas. Os Eagles conseguiram chegar aos playoffs apesar da inconsistência ao longo do ano, mas ainda estão um degrau atrás das fortalezas da NFC.

9. Dallas Cowboys (10-6)

Dadas as últimas exibições de ambos os times, eu realmente pensei que pudesse colocar Philadelphia à frente de Dallas, mas seria uma tremenda injustiça colocar na frente dos Cowboys um time que foi derrotado duas vezes por eles. Além disso, se os Eagles são um time equilibrado em ambos os lados, os Cowboys podem não ter um ataque tão producente, mas compensam isso com uma defesa de elite; por outro lado, mesmo com quase todos seus titulares, o time cedeu 35 pontos para os fracos Giants. Se isso acontecer no sábado, será uma vitória fácil dos Seahawks.

No primeiro encontro entre Cowboys e Seahawks na temporada, na longínqua semana 3, Seattle dominou o confronto com relativa facilidade, entretanto, a situação é diferente para ambos os times – especialmente para os donos da casa, que viram sua unidade defensiva emergir muito bem na segunda parte da temporada. Dallas precisa que seu ataque tenha boas exibições, ou o time será presa fácil em janeiro.

8. Baltimore Ravens (10-6)

Mesmo que estejam ganhando jogos, o ataque aéreo dos Ravens é pífio, e isso é o principal limitante do time adentrando a pós-temporada. Sim, a base da unidade ofensiva desde que Lamar Jackson assumiu a titularidade é o jogo terrestre com formações pistol, contudo, é impossível vencer nos playoffs se você não consegue passar a bola – e Jackson ainda não se mostrou capaz de fazer isso.

Por outro lado, a defesa do time é discutivelmente uma das duas melhores da liga, e por mais que o número de turnovers não seja tão grande, os ataques adversários estão sofrendo nas mãos da defesa dos Ravens, especialmente com as blitzes e chamadas agressivas e diversificadas do coordenador Don Martindale. O time precisa de Jackson também pelo ar, e se ele aparecer, Baltimore vai se tornar um time bem difícil de ser parado.

7. Seattle Seahawks (10-6)

Foi divertido acompanhar como os Seahawks superaram as baixas expectativas num ano que se projetava ser de reconstrução e voaram na segunda metade da temporada, conquistando a primeira vaga de wild card da NFC. Por mais que a defesa esteja apresentando algumas dificuldades nas últimas semanas, o time tem uma fórmula um pouco incomum, porém produtiva, no ataque, que tem no jogo corrido uma surpreendente arma poderosa e em Russell Wilson um quarterback capaz de executar os difíceis passes que o sistema ofensivo aplicado necessita.

A caminhada na pós-temporada começa contra um adversário que o time já venceu esse ano, mas que evoluiu muito seu lado defensivo ao longo da temporada e que teve um excelente ano jogando dentro de casa. A vitória não é impossível, mas Seattle não é favorito.

6. Chicago Bears (12-4)

A defesa é incrível, recheada de playmakers e capaz de parar qualquer ataque, não importa o quão potente ele seja – o Los Angeles Rams sabe bem disso. Ainda assim, Mitchell Trubisky é um motivo de preocupação, já que um número considerável de seus lançamentos são passíveis de turnover –  e a defesa dos Eagles cresceu muito de produção recentemente.

Para os Bears, a conquista da NFC North foi de certa forma surpreendente – mas o time pode sim alçar vôos mais altos, especialmente sabendo que tem a melhor defesa da conferência e, quiçá, da liga. Eles só precisam de Trubisky atuando em bom nível, o que já aconteceu várias vezes em 2018.

5. New England Patriots (11-5)

Apesar da sequência de duas derrotas ter acendido brevemente o sinal amarelo em Foxborough, os Patriots asseguraram a semana de folga no fim das contas e se colocam mais uma vez como um dos favoritos na AFC. O filme dessa temporada teve inconsistências na defesa e a queda de produção de Tom Brady e Rob Gronkowski, todavia, o descanso extra na semana do wild card servirá para ao menos amenizar os problemas de New England. Mesmo que não pareçam tão ameaçadores na temporada regular, o script é o mesmo: os Patriots são super bem treinados e isso faz toda a diferença em janeiro.

4. Los Angeles Chargers (12-4)

Extremamente eficientes nos dois lados da bola, os Chargers ficaram a poucas jogadas de conquistar não só a semana de folga na pós-temporada, mas também a vantagem de jogar em casa ao longo dos playoffs da AFC. No entanto, o ataque do time teve uma noite ruim contra os Ravens, e agora eles terão de viajar até Baltimore para enfrentar o mesmo rival que lhes tirou a chance de descansar na semana do wild card.

Por muito tempo, Philip Rivers jogou num nível condizente ao prêmio de MVP, mas também é bem verdade que seu desempenho caiu ao longo das últimas semanas e que os turnovers estão machucando os Chargers. Enfrentando a melhor defesa da conferência fora de casa, Los Angeles precisa urgentemente que seu líder volte à boa forma se quiserem devolver o revés que sofreram na semana 16 ante a Baltimore: caso contrário, um ano promissor vai se encerrar prematuramente.

3. Kansas City Chiefs (12-4)

Patrick Mahomes alcançou as 5000 jardas e os 50 touchdowns em seu primeiro ano como titular e o ataque dos Chiefs foi o que mais anotou pontos ao longo da temporada regular, e tudo isso junto da vantagem de jogar no Arrowhead Stadium ao longo de todo o mês de janeiro colocam Kansas City como o principal favorito a representar a conferência americana no Super Bowl.

Para conseguir alcançar esse objetivo, é primordial que a defesa contra o passe dê sinais de vida e apresente melhor desempenho em relação ao que se viu nos últimos meses; caso contrário, não aposte nos Chiefs indo longe. O pass rush do time funciona, mas isso de nada adianta se a unidade não consegue parar ninguém por terra.

2. Los Angeles Rams (13-3)

O time falhou em conquistar a home field advantage nos playoffs da conferência nacional e isso pode custar caro numa possível final de conferência, já que os Saints já venceram os Rams dentro de casa nesse ano. Não faltam jogadores de qualidade nos dois lados da bola, embora os times pareçam ter encontrado maneiras de limitar a produção de Jared Goff por meio do play-action. A semana de folga fará bem aos Rams, que precisam de um Todd Gurley o mais saudável possível para arrancarem rumo ao Super Bowl.

1. New Orleans Saints (13-3)

Dono da melhor campanha da liga, com a vantagem de jogar em casa ao longo dos playoffs da NFC e sem maiores problemas de lesões, tudo corre muito bem em New Orleans atualmente. O time não precisou nem mesmo de levar a sério o confronto da semana 17 e pode poupar Drew Brees e Alvin Kamara, peças essenciais no funcionamento da engrenagem que é o sistema ofensivo orquestrado por Sean Payton.

Mesmo que o ataque tenha dado alguns sinais de falha contra Cowboys e Buccaneers, o time apresentou uma média de 37 pontos anotados nos jogos em casa em que os titulares estiveram em campo; melhor ainda, a defesa subiu de produção na segunda metade da temporada, e ainda que longe do nível de unidades de elite como Bears e Ravens, a produção é suficiente para, junto do ataque, dar aos Saints a condição de melhor time da NFL adentrando os playoffs.

 

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