10 Opiniões: Os Packers deveriam ligar para Oakland e trocar por Khalil Mack

1 No item 6 da coluna da semana passada, eu citei o quão arriscada – com um termo um pouco menos sutil – era a linha de que estava tomando o Oakland Raiders com relação a Khalil Mack. Pra quem não se lembra, os representantes de Mack não conversam diretamente com a organização desde fevereiro, o jogador está ausente dos training camps e não parece que a situação se resolverá num futuro próximo. O Gabriel escreveu um texto dissecando a situação e analisando o provável caminho que a mesma tomará daqui pra frente.

Pois bem, Mack tem se tornado um assunto cada vez mais discutido numa lista de possíveis jogadores para troca. Sim, seria uma decisão bastante questionável de Oakland trocar seu melhor jogador defensivo – e, em 2016, o melhor de toda a NFL -, mas não ficaríamos exatamente surpresos consideração o jeito que a franquia tem operado desde a chegada de Jon Gruden, certo? Pois bem, os outros 31 times certamente adorariam ter o jogador no elenco; porém, a situação de um deles faz muito mais sentido do que a de todos os outros.

Eu acho que os Packers deveriam (ir atrás de) trocar por Khalil Mack.

Green Bay poderia se utilizar de um pouco (muito) de ajuda com seus linebackers. Não precisamos dizer que um reforço do calibre de Khalil Mack seria praticamente perfeito, certo? E, além disso, o efeito dominó da troca permitiria que os Packers passassem Clay Matthews para a função de de off-ball linebacker. O grupo como um todo melhoraria.

Leia mais: Não há explicação para o modo como os Raiders estão lidando com a renovação de Khalil Mack

Seria essa troca algo possível? Se o burburinho de que Mack poderia ser trocado tiver fundamento, sim. É importante lembrar que os Packers possuem duas escolhas de primeira rodada em 2019 e isso seria um valor justo, talvez. Talvez o ótimo desempenho de Arden Key (e da linha defensiva como um todo) pese na decisão dos Raiders com relação a seu melhor pass rusher? É possível. Seja lá como for, é um movimento que faz muito sentido para um lado e pode interessar o outro.

2. No departamento de times que não renovaram o vínculo de suas mega-estrelas ainda no contrato de calouro, os Giants estão em situação muito menos pior com Odell Beckham Jr., todavia, o time deveria atender as exigências do jogador e não deixar esse problema ganhar corpo. Com 30 milhões de dólares disponíveis atualmente na projeção da folha salarial para 2019, o time pode abrir ainda mais espaço com o corte de jogadores que ocupam muito espaço na mesma e possuem pouco dead money – os principais, Olivier Vernon e Alec Ogletree.

Beckham Jr. é uma figura bastante midiática, tanto por seu inegável talento, tanto por sua imaturidade; ser o primeiro não-quarterback a quebrar a barreira dos 20 milhões anuais é um pedido justo, considerando que ele é a principal peça do ataque da franquia e é ainda bastante jovem. Ademais, se o time quer mesmo estender a janela de título com Eli Manning por mais um par de temporadas, perder qualquer fresta de tempo dificultaria esse objetivo.

3. Trocar escolhas de rodadas finais por jogadores é um movimento que eu aprovo, então gosto dos Bills dando uma escolha de sétima rodada por Corey Coleman. Coleman nem de perto justificou ser escolhido na primeira rodada no Draft de 2016 e claramente não fez o suficiente para agradar o novo regime em Cleveland; por outro lado, o corpo de recebedores de Buffalo era bastante deficiente, e adicionar um jogador com tanto potencial por uma compensação tão baixa não machuca. Lembremos: as lesões de Coleman não lhe afetam a longo prazo, ele teve quarterbacks horríveis em Ohio e seu treinador era Hue Jackson.

4. De 2009 a 2016, os Browns tiveram 11 escolhas de primeira rodada no Draft. Nenhuma delas ainda está no time. O fracasso da organização tem uma consistência admirável, mas em tempos pós-primeiro episódio dos Hard Knocks, é notório que a principal mudança que Hue Jackson quer implantar em 2018 é na cultura do time. Manter um treinador com apenas uma vitória em 32 jogos, entretanto, parece não ser o ideal pra isso.

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Falando num tom mais sério, é realmente difícil não acreditar que esse será um ano positivo para Cleveland. O novo regime tem uma proposta clara em mãos, o elenco é muito melhor, Baker Mayfield tem tido um início digno de uma primeira escolha geral e a imensa maioria das noticias que chegam dos training camps em Berea são positivas, salvo pelas questões de Antonio Callaway e Josh Gordon. Por mais longe que eles ainda estejam de ser uma força, os Browns parecem dar passos na direção certa.

5. Kelvin Benjamin é hilário. A primeira declaração na semana passada dizia que Cam Newton é impreciso e que Carolina sempre foi uma opção ruim – Newton é um dos melhores quarterbacks da liga e Benjamin é… alto. Melhor ainda, Benjamin expressou publicamente seu descontentamento com os analistas que diziam que o grupo de recebedores dos Bills era a maior preocupação adentrando 2018 (correto). A resposta do recebedor foi recusar a “aceitar” essa preocupação e questionar se esses analistas já haviam jogado futebol americano.

No dia seguinte os Bills trocaram por um recebedor. Qualquer pessoa que não fosse o jogador reconheceria que essa é uma preocupação válida – e, claramente, a organização pensava igual. Benjamin precisa parar.

6. A NFL pode dar mais uma prova de incompetência se Bashaud Breeland assinar com os Patriots. Você talvez se lembre de março, quando Breeland, recém-saído de um excelente 2017 com Washington, assinou contrato com o Carolina Panthers mas não passou nos exames médicos por conta de uma lesão no pé que precisava de tempo para se recuperar.

Pois bem, estamos em agosto. Breeland talvez tenha se recuperado, talvez não, não sabemos isso no momento. Ele tem muito potencial pra adicionar a um time na condição de cornerback #2, e se ele terminar em New England, será mais um exemplo bizarro de como os Patriots parecem sempre estar muito a frente das outras organizações.




7. Ohio State precisa demitir Urban Meyer. Ele praticamente assumiu em seu discurso de que sabia das acusações de abuso por parte de Zach Smith contra sua ex-exposa, mentiu para a imprensa dias antes dizendo que não tinha nada pra falar sobre o caso e, mais preocupante, acredita que fez o suficiente para coibir isso – fica cada vez mais claro que Meyer não fez nada além do mínimo.

A questão que fica é: o mínimo é suficiente? Se a intenção de Meyer, como dito na declaração, não era mentir para a mídia, como ele chegou ao ponto de mentir para a mídia? É importante lembrarmos que seu antecessor, Jim Tressel, deixou o cargo por um escândalo envolvendo tatuagens – que resultou no banimento de Ohio State na pós-temporada de 2012. As acusações são muito mais graves agora e a universidade ainda não o demitiu.

8. Não tenho problemas com Terrell Owens não atender a cerimônia do Hall of Fame em Canton. Owens não ficou nada satisfeito com o processo de indução ao Hall da Fama, que só lhe indicou em seu terceiro ano de elegibilidade – goste você ou não do jogador, o recebedor era digno de primeira tentativa. Como resposta, sua cerimônia foi feita de forma privada na universidade de Chattanooga.

Owens sempre se destacou por sua personalidade além de seu incrível talento – vide sua passagem em Philadelphia – e seu discurso de quase 40 minutos foi maravilhoso, envolvendo alguns ataques ao comitê e da forma mais sincera possível. Se ele quer comemorar de forma privada com pessoas próximas, não vejo problema algum nisso.




9. Foi apenas o primeiro jogo de Lamar Jackson. Nada de pânico. Os números não foram bonitos – 4/10, 33 jardas, 1 touchdown, 1 interceptação – e não houve a jogada que encheria os olhos. Por outro lado, Jackson não se desesperou e tentou scrambles desnecessários; ademais, foi agradável de perceber que ele mantinha seus olhos no campo mesmo quando pressionado. Foi um início ok.

10. Não seria surpreendente se Carson Wentz fosse o titular na semana 1, dado seu excelente progresso se recuperando de lesão. Contudo, os Eagles poderiam usar Nick Foles como titular no primeiro mês e mesmo assim vencer três dos quatro jogos. Isso não é exatamente um elogio para Foles – quem, mesmo jogando em nível inacreditável na pós-temporada, não é um grande quarterback -, mas sim um reconhecimento a força do time como um todo. A tabela do mês inicial envolve confrontos contra os Falcons, os Buccaneers, os Colts e os Titans. Não é absurdo imaginar que Foles pode liderar esse time a um record de 3-1.

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