Uma das histórias mais surpreendentes da temporada. O Washington Commanders saiu de franquia fracassada para um time com esperança renovada. Nos últimos anos – para não dizer décadas – o torcedor do time da capital americana viveu um verdadeiro caos no qual parecia não haver mais expectativa de felicidade. E então, houve uma conversão brusca.
Com um processo de Draft certeiro, mudanças estruturais necessárias e escolhas corretas fora de campo, Washington mudou seu destino. No último final de semana, em uma partida emocionante, garantiram sua vaga na pós-temporada com uma rodada de antecedência. Com 11 triunfos até aqui, já anotam a melhor campanha de temporada regular da equipe em mais de 30 anos. É uma nova era na franquia. Venha entender, em três pontos, como isso aconteceu.
1. Habemus quarterback
A diferença entre vida e morte de uma instituição. Washington soube selecionar seu franchise quarterback no último Draft e está colhendo os frutos de seu recrutamento. Jayden Daniels é uma estrela e um quarterback com muito potencial, mas, além disso, se mostrou um líder presente para uma instituição que carecia de passadores de qualidade há muitos anos.
Daniels é um quarterback dinâmico e explosivo, com excelente braço e um atleticismo acima da média. Com seu estilo dúbio, ele torna o ataque mais imprevisível e dificulta a vida das defesas adversárias. Mesmo com as imaturidades de um calouro, marcá-lo não é uma tarefa fácil, já que ele é capaz de tirar coelhos da cartola pelo ar ou pelo chão.
É uma joia rara encontrada por Washington e que transformou completamente o paradigma de 2024 da franquia. De princípio, imaginava-se um ano de reformulação; hoje, é uma equipe classificada à pós-temporada. Grande parte desse triunfo se deve ao acerto feito no recrutamento. Ter um quarterback de verdade muda sua vida na liga.
2. Nova cultura, novos resultados
“A cultura come a estratégia no café da manhã”. A famosa frase de Peter Drucker elucida bem a diferença de resultados de Washington após a troca de comando (dupla). Sai a era das trevas de Dan Snyder e o comando medíocre de Ron Rivera, entra a modernidade de Josh Harris e o novo comando de Dan Quinn.
O resultado não poderia ser diferente. De cara, Washington viu uma mudança de identidade e cultura no vestiário. Os jogadores, agora, atuam com energia e a franquia voltou a ser um lugar atrativo. A classificação aos playoffs é a condecoração final de uma equipe que resolveu abandonar o seu passado sombrio para caminhar em direção a um novo futuro. Rapidamente, está vendo tudo mudar.
Os Commanders deixam um recado claro ao resto da liga: o comando que você prega a cada dia dentro da sua instituição é fundamental para que se possa obter o resultado positivo. Isso se inicia no treinador e vai até o mais alto comando. Todos têm de estar na mesma página; do contrário, nunca será dado o próximo passo.
3. Os treinadores têm um plano
Bons comandantes conseguem deixar certos paradigmas no passado. Há algumas semanas, a queda de eficiência ofensiva dos Commanders levantou questionamentos sobre o histórico de oscilações dos ataques de Kliff Kingsbury na segunda metade das temporadas. O mesmo pode ser dito sobre a defesa de Dan Quinn, a qual começou a ceder muitos pontos e viu uma de suas principais adições, Marshon Lattimore, postergar sua estreia em virtude de lesão.
Remember when people said Kliff Kingsbury would fall off a “cliff”?
• 4-0 in December
• #4 in total offensive yds per game (375.9)
• #3 in rushing yds/game (156.6)
• #5 in PPG (28.9)
• #10 in 1st down % (36.6%)
• #7 in TOT TDs (52)Gotta give him his flowers. pic.twitter.com/YrBCMnm8gq
— brandon (@JayDanielsMVP) December 30, 2024
No entanto, isso diferencia Washington em 2024: há treinadores, há comando, há um plano. A equipe soube superar as adversidades e se remodelar dentro da temporada. As quatro vitórias consecutivas em uma sequência que envolvia um duro duelo divisional contra o Philadelphia Eagles resgataram a alma do time e voltaram a deixar claro: os Commanders possuem um time forte que está pronto para dar o próximo passo. Possuir comandantes experientes e capacitados foi fundamental neste processo.
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