5 calouros superestimados da temporada de 2019

Alguns bons momentos elevaram o status de novatos que não jogaram tão bem assim

Todo ano, se cria uma grande expectativa em relação aos novatos na NFL. A transição nem sempre é fácil, a adaptação a sistemas mais complexos, bem como um jogo mais veloz que o universitário, fazem com que os calouros sofram no seu primeiro ano.

Por isso, quando um estreante na liga produz em bom nível, rola uma certa empolgação, em especial dos torcedores de seu time. Mas quando vamos rever os vídeos e entender melhor o jogo, dá para notar que a emoção foi excessiva com alguns jogadores. Pensando nisso, separei os 5 calouros mais superestimados de 2019.

DEVIN WHITE – LB – TAMPA BAY BUCCANEERS

5ª escolha geral do Draft de 2019, White chegou cheio de moral a Tampa Bay. Titular desde o primeiro jogo, teve boas partidas, como quando forçou 2 fumbles contra o Seattle Seahawks na semana 8. Seu atleticismo, melhor característica, esteve presente o tempo todo e isso é inegável. Mas os problemas técnicos que causavam preocupação durante seu processo de recrutamento também estiveram lá.

Contra o jogo aéreo, o linebacker cedeu 75% dos passes em que era responsável pela cobertura, em grande parte por problemas identificando o play-action. Fora isso, White perdeu quase 12% dos tackles, um número elevado para um jogador de sua posição escolhido tão alto.

T.J. HOCKENSON – TE – DETROIT LIONS

Houve muita controvérsia antes do Draft do ano passado sobre tight ends e ela sempre envolvia os dois prospectos da posição vindos da universidade de Iowa. Eu estava do lado que defendia que Noah Fant era um prospecto melhor, enquanto alguns amavam a fisicalidade de T.J.Hockenson.

Não que acertar sobre o desempenho de prospecto tenha que ser laureado, longe disso, mas desta vez estive do lado certo. T.J. até começou empolgando com 131 jardas recebidas e 1 touchdown na estreia, mas depois sumiu. Terminou o ano com menos de 400 jardas, 2 touchdowns. Não dá nem para usar a lesão de Matthew Stafford como desculpa: nos outros 7 jogos seguintes com o quarterback, o tight end não passou de 50 jardas em nenhum.

ED OLIVER – iDL – BUFFALO BILLS

Aqui é necessária uma ressalva: acredito que Oliver tem potencial para explodir no seu segundo ano. Depois da metade da temporada, houve um aumento substancial de sua produção e ele evoluiu tecnicamente. O que incomoda é que vejo alguns analistas tratando o ano de Oliver como espetacular e falando como se ele tivesse sido dominante em sua primeira temporada.

Nos oito primeiros jogos de 2019, o jogador de linha defensiva teve apenas 1 sack e 4 pressões. Ficou claro no tape que ele sofreu com as dobras dos bloqueadores e precisou aprender a lidar com isso. O potencial está ali, mas nada justifica tamanha glória.

DARNELL SAVAGE – S – GREEN BAY PACKERS

Explosivo, dinâmico e com capacidade de fazer jogadas com a bola no ar. Essa era a melhor definição que eu tinha para Savage antes do Draft. Sua agressividade já me encantava, mas sempre temi pelos seus problemas contra o jogo corrido – esse foi justamente eles seu calcanhar de Aquiles em 2019: sua seleção de ângulos continuou de qualidade duvidosa e seu o tempo de reação contra corridas que mudem de direção foi lento. Além disso, alguns “superman tackles” estiveram presentes e fizeram com que o hype ao seu redor não seja justificável.

ROCK YA-SIN – CB – INDIANAPOLIS COLTS

Vi muitos torcedores dos Colts defendendo fervorosamente a temporada de estrela de Ya-Sin e dizendo que foi excelente. Longe de ser uma tragédia, mas teve muito menos garbo do que os mesmos acham. Com quase 70% dos passes em sua direção sendo completados, os quarterbacks adversários tiveram rating de 117 lançando em cima de Ya-Sin. Foram 10 jardas por alvo e 590 jardas cedidas. Seu fim de temporada mostrou uma melhora, mas nada que justifique tamanho amor dos torcedores como vem recebendo.

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