Considerando que Houston Texans, Detroit Lions e Atlanta Falcons já dispensaram seus técnicos – e que veremos mais três ou quatro demissões até o fim da temporada regular -, teremos muitos empregos de head coach disponíveis em janeiro.
Assim, é importante conhecermos os principais candidatos a preenchê-los. Já falamos sobre os treinadores do College Football neste texto. Agora é a vez de tratarmos dos coordenadores da NFL, teoricamente os próximos na linha de sucessão.
Eric Bieniemy, Kansas City Chiefs
Embora muito do sucesso ofensivo dos Chiefs deva-se a Andy Reid e Patrick Mahomes, o fato é que o time tem o melhor ataque da liga após Bieniemy virar coordenador em 2018. Isso não merece ser tratado com desdém só porque ele encontrou boas condições para trabalhar. Matt Nagy, por exemplo, nem de longe teve o mesmo sucesso debaixo das asas de Reid antes de assumir o Chicago Bears.
Já há algum tempo as pessoas querem ver Bieniemy como head coach. O insider Benjamin Allbright, contudo, revelou informações chocantes sobre o treinador, como o fato dele ser odiado na Universidade do Colorado e ter no currículo acusações de agressão e encobrimento de casos de assédio sexual. Talvez esse passado nebuloso, somado ao fato de não ter agrado em entrevistas, custe a Bieniemy um emprego melhor.
Robert Saleh, San Francisco 49ers
O coordenador defensivo é um nome quente na lista de candidatos a head coach desde a temporada passada, quando fez um trabalho excepcional em San Francisco. A unidade tem sido menos prolífica por conta do grande número de lesões este ano, mas ainda assim figura como uma das 10 melhores da liga em vários quesitos.
Saleh tem ligações com duas equipes atualmente sem treinador: Houston Texans e Detroit Lions. No primeiro caso, por ter trabalhado nos Texans entre 2005 e 2010; no segundo, por ser natural de Michigan e ter começado a carreira em Michigan State. Ademais, ele também treinou os linebackers do Jacksonville Jaguars, outra franquia que logo mais também estará sem técnico. Não faltarão interessados em seus serviços, embora a preferência dos times hoje em dia seja para mentes ofensivas.
Brian Daboll, Buffalo Bills
Treinadores da árvore de Bill Belichick estão com o filme mais queimado do que nunca depois de Matt Patricia e Bill O’Brien, porém o nome de Daboll merece ser olhado com atenção. Seus primeiros trabalhos como coordenador ofensivo no Cleveland Browns e Miami Dolphins foram medíocres. Já a atual passagem por Buffalo, após uma breve experiência ganhando o título nacional em Alabama, tem sido excelente.
Daboll é peça chave no desenvolvimento de Josh Allen e do ataque dos Bills nos últimos três anos. Extremamente criativo nas chamadas e agressivo na montagem do plano de jogo – como vimos, por exemplo, na opção por abandonar as corridas e só lançar a bola contra o Seattle Seahawks -, ele parece ser tudo o que um time com um ataque capenga precisa para se desenvolver.
Joe Brady, Carolina Panthers
Desde que Sean McVay tomou a NFL de assalto, todo mundo sempre está atrás da próxima jovem e brilhante mente ofensiva do futebol americano. Joe Brady é o mais novo candidato – novo literalmente, haja vista ele ter apenas 31 anos de idade.
Depois de dois anos como assistente de Sean Payton no New Orleans Saints e uma temporada na comissão técnica de LSU, quando a universidade teve um dos ataques mais espetaculares da história do College Football, Brady ganhou uma chance como coordenador dos Panthers. Lá, tem feito um grupo de jogadores não muito talentoso a render muito acima do esperado, além de estar ajudando Teddy Bridgewater a voltar a jogar em alto nível. Não é mais uma questão de “se”, mas sim de quando Brady será head coach.
Arthur Smith, Tennessee Titans
O trabalho de Smith ressuscitando a carreira de Ryan Tannehill e transformando o moribundo ataque de Tennessee, aquele dos tempos de Marcus Mariota, em uma máquina de big plays é quase inacreditável. Ele pode não ser um dos nomes mais “sexys” da lista, entretanto certamente outros times ligarão para os Titans em janeiro querendo marcar entrevistas.
Smith parece ser mais old school em relação a treinadores como Bieniemy, Brady e mesmo Brian Daboll, apostando mais em jogo corrido, controle das trincheiras e punição física do que em criatividade. Mas se isso ajudou Tannehill a ser um dos quarterbacks mais eficientes da NFL, bem, por que não tentar fazer o mesmo em outro lugar? As franquias não se importarão com o método se o resultado for o mesmo dos Titans.
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