Você mal piscou e voilà: faltam dois dias para o draft de 2024 virar história. Diante de tantas narrativas, algumas delas se tornam lendas conforme o passar dos anos – seja para o bem ou para o mal. Separamos cinco escolhas que mudaram a NFL para sempre.
1) Tom Brady, escolha #199 de 2000, New England Patriots
Não tem como começar a lista sem falar dele. Sete vezes campeão do Super Bowl, 3 MVPs e 5 MVPs do Super Bowl, GOAT, rei do abacate, etc: Tom Brady é, sem dúvida, o maior steal da história do draft. Com mais um quarterback de Michigan prestes a chegar na liga, o que tem de gente emocionada traçando paralelos entre os dois não está escrito. E antes que precise levantar a placa dos “torcedores calma”, é bom lembrar: o prospecto Brady era muito diferente do jogador que ele se tornou depois. Em cinco anos de college, ele teve 30 touchdowns e 17 interceptações: isso sem contar que, em um desses anos, Brady chegou a ser o sétimo quarterback do time. Foi assim que ele chegou ao draft de 2000, sendo escolhido no final da sexta rodada pelos Patriots. O resto é história.
2) Joe Montana, escolha #82 de 1979, San Francisco 49ers
Se nós falamos do GOAT acima, agora vamos citar o GOAT dele. Joe Montana já era uma estrela saindo do college: foi campeão nacional em 1977 e, dois anos depois, protagonizou uma das viradas mais emblemáticas da história – o Cotton Bowl entre Notre Dame e Houston, conhecido também como o “Chicken Soup Game”.
A história é a seguinte: uma nevasca assolou Dallas (cidade onde ocorre o Cotton Bowl) e Montana, que estava gripado, acabou tendo uma hipotermia e foi para o banco. Enquanto Houston liderava por 34-12, o staff de Notre Dame mantinha o quarterback aquecido, além de alimentá-lo com sopa de galinha. Resultado: no último quarto, Joe Montana voltou a campo, lançou três touchdowns e Notre Dame ganhou de virada. Nascia aqui a lenda de Joe Cool.
Mesmo com toda a aura e popularidade ao seu redor, ele não era tão bem cotado nos scouts – o Combine só passou a existir em 1982, frisa-se – e foi o quarto quarterback a ser escolhido, na terceira rodada, pelo San Francisco 49ers. Apesar de Phil Simms ter ganhado dois Super Bowls com os Giants, só um levantou o Vince Lombardi quatro vezes e mudou para sempre a NFL.
3) Aaron Donald, escolha #13 de 2014, St. Louis/Los Angeles Rams
Quase coloquei Lawrence Taylor – afinal, ele é o melhor defensor da história -, mas a saudade bateu no meu coração e foi impossível não citar o cara que mudou para sempre a posição de iDL. Apesar de ter sido uma escolha alta, Aaron Donald não era consenso entre boa parte dos analistas: mais baixo e mais magro do que o ideal para a posição, ele causava desconfiança apesar de esbanjar talento saindo de Pittsburgh. Corta para 2024 e Donald se aposentando com um anel de Super Bowl e três prêmios de Defensor do Ano, empatado com J.J. Watt e o próprio Taylor. Apenas isso.
4) Eli Manning, escolha #1, e Philip Rivers, escolha #4 do draft de 2004
Chargers e Giants terão para sempre suas histórias entrelaçadas por conta de uma data: 24 de abril de 2004. O roteiro já é bem conhecido: Eli e a família Manning não queriam ir para San Diego de jeito nenhum, porém os Chargers precisavam de um quarterback. Tanto que o selecionaram na primeira escolha geral, enquanto os Giants pegavam Philip Rivers. Para o alívio da família Manning, a passagem de Eli na Califórnia durou apenas alguns minutos e, junto com Rivers e um pacote de escolhas daquele e do draft posterior, ele foi trocado para Nova York. O capítulo seguinte dessa novela a gente conhece: Philip Rivers virou o tão sonhado franchise quarterback dos Chargers, e Eli Manning ganhou dois Super Bowls com os Giants.
5) Tim Couch, escolha #1 de 1999, Cleveland Browns
Depois de tantas escolhas fantásticas, nada melhor do que terminar com uma desgraça: neste caso, aquela que se tornou o pontapé de uma era de derrotas. Depois de verem Art Modell se mandar com o time na calada da noite e fundar o Baltimore Ravens, os torcedores do Cleveland Browns viram a franquia voltar à liga em 1999. Com a primeira escolha geral no draft daquele ano, os Browns selecionaram Tim Couch, quarterback de Kentucky, finalista do Heisman e, em especial, a aposta para ser o principal nome do time pós-renascimento.
Seria uma história linda, se não tivesse virado um pesadelo. Couch nunca conseguiu repetir o sucesso da carreira universitária na NFL, além de sofrer com lesões. Quatro anos depois, ele seria dispensado e nunca mais seria titular na liga. Do outro lado, Couch seria o primeiro de vários quarterbacks a passar em Cleveland, como também o início de décadas de sucessivos fracassos.
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