Dono de um dos elencos mais completos da NFL e atual campeão da Conferência Nacional, o San Francisco 49ers está munido de duas escolhas na primeira rodada do Draft desta quinta-feira. Com as poucas necessidades, o time possui boas chances de trocar pra baixo e acumular mais escolhas de segundo dia, mas um pouco de sorte pode fazer com que o time consiga um recebedor de elite, posição mais carente do elenco. Destrinchamos 5 possíveis movimentos da organização nessa primeira noite.
CeeDee Lamb, WR, Oklahoma
Precisaria de uma combinação um pouco improvável pra que Lamb caísse até a escolha 13, e como os 49ers estão procurando descer na ordem de escolhas, apostar numa troca pra cima é ainda mais difícil. Só que, se tudo isso der certo, então a troca de DeForest Buckner pela primeira escolha do Indianapolis Colts terá rendido à equipe o melhor recebedor do Draft.
O produto de Oklahoma possui excelente qualidade em suas rotas e se destaca também pela pouca quantidade de drops, além de excelência no ponto de ataque da recepção. Embora ele não tenha sido totalmente desafiado pelo esquema ofensivo dos Sooners, não há razão para crer que Lamb vá ter problema em se adaptar à liga profissional: apesar de não ser o mais rápido da classe, seu atleticismo impressiona pela forma com que ele se movimenta.

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Jerry Jeudy, WR, Alabama
O cenário em que o wide receiver de Alabama chega até a escolha 13 é bem mais plausível, especialmente se de fato acontecer uma corrida pelos tackles a partir da oitava seleção – foi, inclusive, esse o resultado do meu Draft Simulado. Se Lamb sair para os Raiders na escolha 12, nenhum torcedor de San Francisco deverá ficar triste se o time tiver de ‘se contentar’ com Jeudy.
O recebedor possui a versatilidade que cairia como uma luva no sistema de Kyle Shanahan: ele pode atuar nas duas posições por fora ou até mesmo no slot, já que sua árvore de rotas é praticamente completa e sua velocidade também impressiona. A única coisa que lhe coloca abaixo de Lamb são seus drops, que atrapalharam um pouco sua produção em 2019; mesmo assim, tudo indica que ele terá impacto imediato na liga e, em San Francisco, isso seria potencializado.
Henry Ruggs, WR, Alabama
Outro recebedor de Alabama pertencente à primeira prateleira de recebedores do Draft, mas bastante diferente de Jeudy: Ruggs é extremamente rápido – foi o recebedor mais veloz da classe no Combine, com 4.27 no 40-yard dash – e pode servir como uma arma vertical para potencializar ainda mais o complexo sistema ofensivo de Shanahan, que não obteve muita produção de Marquise Goodwin no último ano como se esperava.
O que faz de Ruggs um wide receiver inferior aos dois primeiros nomes citados é que sua árvore de rotas não é tão polida, de modo que ele não possui muitas armas para ganhar separação dos defensores além de sua supracitada velocidade. Dito isso, sabemos que Kyle Shanahan é uma excelente mente ofensiva, então não espere que ele tenha problemas em encontrar formas de dar a bola nas mãos do produto de Alabama e deixá-lo conquistar jardas após a recepção.
Troca pra fora da primeira rodada
Se o time de fato selecionar um recebedor com a escolha 13, uma troca pra baixo na escolha 31 se torna ainda mais provável, especialmente porque vários times gostam de trocar para o fim da primeira rodada pra ter direito a ativar a opção contratual do quinto ano. Como o elenco do time está bastante completo, se eles não verem valor nos jogadores disponíveis, eles podem simplesmente acumular mais escolhas.
Algumas opções possíveis são o Atlanta Falcons, que parece estar desesperado por um EDGE no Draft, ou até Houston Texans e Pittsburgh Steelers, que não possuem escolhas de primeira rodada. Se o time não trocar pra baixo, Cesar Ruiz é uma escolha possível por sanar uma necessidade, mas seu talento não justifica uma escolha na primeira noite.
Kristian Fulton, CB, LSU
Fulton é um jogador cuja análise difere dentre os analistas, especialmente por conta de problemas extra-campo em seu período em LSU. Bastante agressivo, ele pode ser o complemento perfeito para Richard Sherman atuando no lado oposto, só que, principalmente por conta da pandemia de COVID-19, é difícil ter certeza sobre o que os general managers pensam sobre alguns jogadores em específico, e é possível que o cornerback não esteja disponível no fim da primeira rodada.
Essa mesma agressividade pode ser um problema em alguns momentos, especialmente gerando faltas. Ele não mostrou ter problemas marcando adversários de elite, e num time como os 49ers, cuja defesa é praticamente completa, ele pode ser a peça que faltava e produzir instantaneamente. A maior preocupação é que, enquanto San Francisco usa bastante defesa em zona, Fulton estava acostumado a marcar de forma individual no College.






