O training camp é o momento mais duro da temporada para um jogador da NFL – sim, mais que a própria temporada. Além dos treinos intensos e quase que ininterruptos, a grande maioria do time não tem a certeza de emprego garantido e precisa lutar por uma das vagas do elenco final, que é reduzido de 90 (início do camp) para 53 (início da temporada). Listamos cinco jogadores conhecidos que estão com o emprego em alto risco nesse momento.
Robert Woods (WR, Houston Texans)
Muita coisa pesa negativamente contra a permanência de Woods no elenco de 53 ao final dos camps: o time tem um grupo reforçado na posição de wide receiver com a chegada de Stefon Diggs, a idade de Woods já é um ponto negativo em sua carreira (32 anos), seu auge da carreira já ficou para trás há pelo menos quatro temporadas e, por fim, ele carrega um cap hit de 9,70 milhões em 2024, dentre os quais os Texans podem recuperar 4,95 milhões caso optem por seu corte.
Ele também não vai querer ser um reserva de luxo a esse ponto da carreira, então talvez seja melhor para todo mundo.
Randy Gregory (EDGE, Tampa Bay Buccaneers)
Sempre estou disposto a acreditar em novas chances para jogadores porque tenho um fraco por histórias de redenção, mas Gregory já gastou seus cartuchos há muito tempo. Após assinar um contrato gigantesco com o Denver Broncos e não produzir nem perto do esperado, ele foi trocado após uma temporada e meia e os 49ers não quiseram mantê-lo. Ele assinou com os Buccaneers e tudo isso poderia significar um novo começo… se ele não tivesse simplesmente desaparecido da equipe.
Gregory não compareceu ao minicamp obrigatório, o treinador Todd Bowles falou que não conseguiu se comunicar com o jogador desde então e que não sabe se ele vai aparecer para o training camp. É uma dor de cabeça que pode ser evitada sem maiores problemas.
Mo Alie-Cox (TE, Indianapolis Colts)
Os assinantes do site já ouviram uma conversa minha e do Deivis em algum podcast sobre o conceito de tight end dos Colts que é super atlético, que as pessoas levam fé e que nunca vira nada. Alie-Cox é a bola da vez: o retorno de Jelani Woods rebaixa Alie-Cox ainda mais no depth chart da equipe, com Kylen Granson e Will Mallory também a sua frente.
Que fique claro que nenhum deles é um super jogador e essa é uma posição de necessidade, mas Alie-Cox tampouco é a resposta – e quando você pode abrir 5,92 milhões na sua folha salarial sem qualquer dead cap ao cortar um jogador que somou 161 jardas de recepção e um touchdown em 2023. Não parece a mais difícil das decisões.
Jeff Wilson Jr. (RB, Miami Dolphins)
Na atual situação de Miami, qualquer dólar salvo é fortuna. Eu tenho críticas de como o time trabalha seus ativos com a posição de running back desde o ano passado, mas com Raheem Mostart e Devon Achane dividindo o backfield e o recém-escolhido Jaylen Wright no elenco, não vai sobrar snap para Jeff Wilson, que já teve bons momentos na liga quando teve a bola nas mãos (média de 4.5 jardas por carregada na carreira, 4.6 na temporada passada)
Sabendo do quão recheado é o backfield dos Dolphins e podendo limpar 1,57 milhão dos 2,35 milhões que Wilson contará na folha salarial, os Dolphins podem unir o útil ao agradável e deixá-lo ser feliz num time onde sua importância será melhor aproveitada.
Elijah Mitchell (RB, San Francisco 49ers)
Falando sobre running backs potencializados por Kyle Shanahan, Mitchell é um jogador que vejo como um possível corte mais por sua incapacidade de ficar saudável do que necessariamente seu impacto na folha salarial – embora, novamente, qualquer dólar salvo é fortuna, ainda mais com um time que precisa renovar tanta gente.
Mitchell vem do pior ano de sua carreira, sua importância despencou com a chegada de Christian McCaffrey e o time investiu na posição na quarta rodada do Draft, o mais claro dos sinais de que o running back poderá estar procurando emprego após seu quarto training camp na NFL. San Francisco economizaria aproximadamente 1,05 milhão com sua dispensa.
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