5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
A agressividade segue alta em Tampa Bay
Basta olhar para os últimos 2 anos do Tampa Bay Buccaneers e ver que Jason Licht, general manager do time, entendeu ser preciso pensar grande para vencer na NFL. Além de Tom Brady, nas duas últimas temporadas chegaram em Tampa: Rob Gronkowski, Antonio Brown, Leornard Fournette, LeSean McCoy e Giovani Bernard. Todos veteranos com renome, que em alguns casos deram certo – Fournette, Bernard e Gronkowski – e outros não.
A bola da vez é Julio Jones. O wide receiver vem de duas temporadas bem abaixo de seu padrão, sofrendo com lesões. Desacreditado, ele chega para ser um complemento em Tampa, que não pensou duas vezes antes de ir atrás do jogador. Se der errado, o corpo de recebedores é bom o suficiente para aguentar o rojão. Se der certo, o lucro é enorme.
Você nunca viu tudo na NFL
Por mais que você acompanhe NFL desde priscas eras, saiba: você nunca terá visto tudo. Após vermos uma franquia dar um contrato 100% garantido para um quarterback que pode nem jogar em seu primeiro ano por conta de acusações de crimes sexuais – detalhe, estou falando da “bagatela” de US$ 230 milhões -, agora temos uma novidade: cláusula contratual que obriga o quarterback a estudar de forma independente pelo menos MÍSERAS 4 horas semanais.
O Arizona Cardinals aceitou passar por esse papelão para garantir que Kyler Murray, que recebeu um contrato também de US$ 230 milhões, estude o oponente em casa. Também foi preciso dizer que ele não pode usar o aparelho eletrônico fornecido pelo time para jogar, ver TV ou navegar na internet. Com vergonha, retirou a cláusula, mas já deixou claro que precisa ser babá de seu quarterback. Já estou na espera do próximo grande contrato da posição: tenho convicção que em breve os treinadores terão que os acordar para treinar e ainda servir seu café.
Posso não estar aqui, mesmo estando
Sim, a frase acima é propositalmente confusa. Não tive um momento Patropi por acaso: ela representa bem a forma que os jogadores que querem um novo contrato encontraram para driblar as punições do acordo coletivo. Em vez de não aparecer nas instalações da franquia como acontecia antigamente – algo que resulta em punições salariais pelo acordo assinado em 2020 -, ele se apresenta, mas não entra em campo. Conversa com treinadores, outros atletas e está ali, na sideline. Derwin James e Diontae Johnson estão praticando o “hold in”. Deebo Samuel e D.K. Metcalf fizeram e receberam novos contratos. De bobo, ninguém tem nada na NFL.
Aaron Rodgers é um personagem fabuloso
Entenda: eu não estou dizendo que alguém precisa gostar ou odiar o quarterback do Green Bay Packers. Todavia, não dá para negar que ele é um personagem espetacular – além de um jogador que vai para o hall da fama. Em menos de uma semana, ele chegou para o training camp emulando o visual de Nicolas Cage no filme “Con Air – A rota da fuga”, respondeu às declarações de Davante Adams sobre Derek Carr também ser um quarterback que irá para o hall da fama de forma bem humorada e ainda disse que movido pelo amor dos companheiros. Polêmico, por vezes xarope, mas um belo personagem, que anima o noticiário.
Respeito não se compra
Um jogador do ataque do Indianapolis Colts ao ser perguntado sobre a diferença entre o ataque de 2021 e o deste ano, comandado por Matt Ryan, respondeu sem hesitar: “É como se fosse dia e noite, de tão diferente”. Frank Reich, treinador da equipe, também se mostrou animado, dizendo “…tudo gira em torno dele (Ryan). Nós podemos sentir a sensação do time, de que estamos no caminho certo com Matt”. Não estou dizendo que Matt Ryan será o MVP ou levará os Colts ao Super Bowl. Mas esse respeito e essas palavras só se conquistam com trabalho e ética de trabalho. Quem tem isso, sempre sai pela porta da frente. Entendeu Carson Wentz?
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