5 lições: Chega de “mas” em torno de Purdy

Quarterback do San Francisco 49ers precisou de apenas uma semana para mostrar que Kyle Shanahan tomou a decisão certa ao dar o ataque em suas mãos: é hora de parar com as dúvidas em torno de Brock Purdy

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Os 49ers são o time de Purdy e ponto

Confesso que sou daqueles bem céticos em relação a jogadores com poucas partidas: sempre acho que é preciso um amostral maior para termos real noção, em especial quando se fala de um quarterback, sobre o que ele é. Contudo, sempre existem exceções e Brock Purdy é uma delas. Bastou a estreia contra o Pittsburgh Steelers para não restarem dúvidas que ele é o quarterback que o San Francisco 49ers tanto preocupava. Esqueçam os números, eles não são espetaculares e nem precisam ser: Purdy é mais que eficiente, ele tem controle sobre o sistema e expôs uma talentosa defesa de Pittsburgh, colocando seus companheiros em situação de produzirem o máximo. O sistema é bom? Claro. Mas isso não pode tirar os méritos do camisa 13. Hora de parar com qualquer “mas”: Purdy é realidade.

É sempre bom andar bem acompanhado

Durante anos, Myles Garrett era uma verdadeira ilha na pressão pelo Cleveland Browns: estava cercado de jogadores pedestres, que conseguiam uma ou outra ocasionalmente, deixando o astro ter que resolver tudo. Para 2023, finalmente os Browns resolveram o problema: trouxeram companhia e de quebra, um coordenador defensivo agressivo, que sabe tirar o melhor de suas peças. Não precisou mais que uma semana para dar resultado, como visto diante do Cincinnati Bengals. Usando formações diferentes, com alinhamentos que mataram o entendimento da linha ofensiva, tanto Garrett quanto Za’Darius Smith tiveram 4 hits em Joe Burrow, que teve uma de suas piores performances desde que chegou a liga. Sob o comando de Jim Schwartz, essa unidade em nada lembra a insossa defesa de 2022.

Nem sempre o problema é suporte

De um lado, Justin Fields, um quarterback que muitos apostaram que daria um salto neste ano por ter melhor suporte no corpo de recebedores. Do outro, Jordan Love, com um grupo de wide receivers jovens e com o melhor deles (Christian Watson) machucado. Ao fim da partida, o vencedor teve 245 jardas e 3 touchdowns lançados, enquanto o outro mal teve 215 – grande parte delas quando não valia mais nada –  e mostrou novamente dificuldades como passador. A lógica indicaria sucesso de Fields e fracasso de Love, mas o que vimos é exatamente o contrário. Nem tudo é sobre suporte e sim sobre capacidade de evoluir do jogador. Love dá mostras, enquanto Justin Fields segue andando devagar como passador, muito abaixo do esperado para quem mostrava tanto em seus tempos de college football.

McVay é diferente

Semana passada, falei que não existia incógnita maior que Los Angeles Rams começando a temporada. O elenco claramente é abaixo do padrão dos últimos anos, com algumas estrelas deixando a franquia. Contudo, será que um treinador que foi o mais jovem a vencer um Super Bowl não merece mais confiança? Pelo visto sim. Sem alarde nenhum, o time bateu o Seattle Seahawks na semana 1, com uma performance dominante, mesmo sem Cooper Kupp. Puca Nakua e Tutu Atwell foram os alvos e tiveram 119 jardas cada, além da defesa segura os Seahawks em míseros 13 pontos. Nem acho que os Rams vão ser um time que vai aspirar coisas grandes, mas McVay merece mais respeito.

Mahomes chorou

Claro que é uma brincadeira e um tanto quanto exagerada: Patrick Mahomes venceu o Super Bowl ano passado em Tyreek Hill. Todavia, a performance do recebedor na vitória do Miami Dolphins sobre o Los Angeles Chargers, apenas 3 dias após os wide receivers do Kansas City Chiefs terem dado um show de como deixar a bola cair no chão, deve ter dado uma saudade em Patrick. O camisa 10 foi infernal, tacando fogo na partida: foram 11 recepções, para incríveis 215 jardas e 2 touchdowns, o último já dentro dos 2 minutos finais para vencer o jogo. Vale lembrar que Tyreek disse que tinha como meta para 2023 bater as 2000 jardas recebidas: 10% disso já foi pra conta.

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