5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Dolphins mostram fibra que não tinham
Pouco importa se é sofrida ou contra um quarterback novato: começar a temporada vencendo o New England Patriots em Foxborough é um sinal enorme de que o Miami Dolphins está pronto para lutar por coisas grandes, inclusive pelo título da AFC East. Com o Buffalo Bills mostrando rachaduras na derrota para o Pittsburgh Steelers, os Dolphins precisam, sim, de pensar grande. Nesta estreia, a performance tecnicamente pode não ter sido fenomenal, mas a entrega e a resiliência foram.
A linha ofensiva ainda oscila, mas o jogo corrido teve bons momentos. Descontando as corridas em sneak de Jacoby Brissett, os running backs tiveram média superior a 4 jardas por carregada. Tua Tagovailoa conseguiu bons passes e os recebedores foram produtivos contra uma defesa que é muito forte defendendo o passe. Já a defesa, apesar de não ter sackado Mac Jones, conseguiu 9 hits [foot]Quando o quarterback é atingido[/foot] e forçou 2 fumbles, sendo o último já no fim do jogo e dentro da sua própria red zone, quando os Patriots se encaminhavam para virar a partida.
Ganhar quando tudo dá certo é fácil. Difícil é ganhar jogos como os Dolphins fizeram neste domingo, mostrando que o time amadureceu e tem o necessário para buscar mais.
Esqueça o futuro: Justin Herbert já é uma estrela
Quem pegar as estatísticas de Herbert contra Washington pode achar apenas mais um jogo regular de um quarterback na NFL: apenas um touchdown, com interceptação e fumble na sua conta (numa marcação bizarra da arbitragem, frise-se). Entretanto, é preciso contextualizar para se ter dimensão de quão espetacular Herbert foi. Não que isso seja uma novidade: quem o viu em campo em 2020 sabe que ele é especial.
Enfrentando uma das melhores linhas defensivas da liga, Herbert mostrou compostura invejável no pocket, sendo capaz de, mesmo quando pressionado, conseguir excelentes lançamentos mesmo com defensores na sua cola. Em terceiras descidas, um momento sempre crítico, o quarterback converteu 68%, lançando para mais de 150 jardas. Já dá para cravar que os Chargers não precisam mais lapidar: o diamente já está brilhando.
Ja’Marr Chase espantou desconfianças
Depois de uma pré-temporada conturbada, com problemas de drops e uma acusação de agressão feita por sua namorada, Ja’Marr Chase chegou na NFL com o pé na porta, mostrando os motivos que fizeram o Cincinnati Bengals passarem o offensive tackle Penei Sewell por ele. Foram 5 recepções em 7 bolas lançadas em sua direção para mais de 100 jardas e 1 touchdown no qual ele deixou o veterano Patrick Peterson comendo poeira.
Recebedores costumam sofrer na adaptação para a NFL, em especial pela dificuldade com o jogo mais físico na linha de scrimmage, algo que acontece com pouca frequência no College. Chase, ao que tudo indica, passou pelo calvário todo na pré-temporada e chegou aos jogos que valem de verdade provando ser o playmaker que todos esperavam.
T.J. Watt vale cada centavo
O Pittsburgh Steelers estendeu o contrato de Watt na sexta, fazendo dele o defensor mais bem pago da NFL: 112 milhões de dólares por 4 anos de contrato. No primeiro jogo após o novo acordo, Watt já deu mostras de que vale cada centavo: enfrentando o forte ataque do Buffalo Bills, comandado pelo quarterback Josh Allen, o EDGE comandou a defesa, sendo fundamental na surpreendente vitória.
Elétrico na pressão ao quarterback, Watt conseguiu 2 sacks, sendo que em um deles forçou um fumble. Fora isso, foram 5 hits que deixaram Allen totalmente desconfortável no pocket, precipitando algumas leituras. Contra o jogo corrido, foram 3 tackles. T.J. é protagonista e está pronto para brigar pelo prêmio de Jogador Defensivo do ano.
Equilíbrio nem sempre é possível
Apesar da derrota para o Tampa Bay Buccaneers, Dak Prescott teve uma grande performance, lançando para mais de 400 jardas e 3 touchdowns. O que preocupou alguns analistas foi o grande volume de passes: foram 58 – maior marca da carreira- e apenas 18 corridas do Dallas Cowboys, porém, dá para dizer que o plano de jogo do coordenador Kellen Moore foi certo e manteve a equipe na partida.
Se Dallas insiste no jogo terrestre, seria desperdício de oportunidades. A defesa dos Buccaneers foi a melhor da NFL contra o jogo corrido em 2020, seja em jardas por tentativas ou eficiência[foot] Football Outsiders[/foot]. Os Cowboys estavam desfalcados do guard Zack Martin, seu melhor offensive lineman e possuem um grande grupo de wide receivers. Traduzindo: o confronto passando a bola era amplamente mais favorável do que correndo. A amostra é pequena para criar preocupação, e nas próximas partidas as chamadas terão uma divisão maior.
Para saber mais:
Enquanto houver Rodgers, há um Rei do Norte na NFC
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