5 lições: Defesa dos Patriots voltou ao patamar que colocava medo na NFL

Defesa de New England se ajustou nas últimas rodadas e voltou a assustar os oponentes como era comum algumas temporadas atrás, ajudando o ataque a ter sucesso dentro da fórmula pensada pela comissão técnica.

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

A defesa de Bill Belichick deu as caras em 2021

Uma das marcas do New England Patriots sempre foi a boa defesa: Bill Belichick é um especialista no assunto e sempre montou unidades capazes de deixar o time na partida, mesmo quando o ataque não vivia seus melhores dias. Entretanto, no começo desta temporada, algumas inconsistências deixaram o torcedor com a pulga atrás da orelha. Não que tenham sido performances terríveis, foram medianas. Porém, parecia faltar algo, um brilho extra que estamos acostumados em New England. Todavia, nas últimas semanas o nível de jogo foi elevado e a vitória contra o Carolina Panthers coroou essa ascensão.

Foram 3 interceptações – duas delas do cornerback J.C. Jackson, uma retornada para touchdown – que ajudaram o time a controlar um jogo que tinha o placar equilibrado até o segundo tempo. Ninguém conseguiu interceptar mais o quarterback adversário que os Patriots (13) e a equipe é a segunda em turnovers no geral. Matt Judon é um dos melhores EDGEs da temporada e ajuda a secundária, chegando constantemente no passador. Se New England hoje briga pelos playoffs, definitivamente isso se deve a defesa.

É hora de jogar a toalha em San Francisco

Uma coisa é sofrer contra Kyler Murray comandando um explosivo ataque do Arizona Cardinals, conectando com o superstar DeAndre Hopkins. Outra é ser batido por Colt McCoy, sem o principal recebedor do time. Se alguém não estava seguro, agora não existem mais dúvidas: o San Francisco 49ers de 2021 não deu certo e é melhor pensar em 2022. A ausência de cornerbacks de qualidade torna a secundária vulnerável contra qualquer passe e o ataque não consegue encontrar ritmo. É como se sempre estivesse emperrado, conseguindo uma ou outra jogada interessante, mas caindo de nível logo em seguida. Não existem mais motivos para deixar Trey Lance de fora, quando ele pode amadurecer no campo.

Jamais dê os Ravens como mortos

A vitória sobre o Minnesota Vikings é a quarta na temporada em que o Baltimore Ravens vira o jogo após se encontrar numa situação complicada. Contra Kirk Cousins e companhia, o time estava perdendo por 14 pontos no começo do segundo tempo, deu a volta por cima e ainda precisou segurar uma posse que poderia ter dado ao oponente a vitória na prorrogação. O grande mérito é que a equipe parece nunca desistir, mesmo quando nada dá certo. O ataque começou lento e se ajustando no decorrer da partida. Já a defesa, que falhou bastante, apareceu em momentos cruciais e fez jogadas decisivas que ganharam o jogo. Maturidade como vista nesse plantel pode ser a chave na pós-temporada.

Grady Jarrett é uma ilha de talento na defesa dos Falcons

Apesar dos 25 pontos cedidos para o New Orleans Saints, uma peça se destacou na defesa do Atlanta Falcons: o defensive lineman Grady Jarrett esteve constantemente no backfield adversário e foi fundamental para que o placar estivesse na maior parte do tempo a favor de sua equipe. Dá para dizer sem medo que Jarrett está num nível de talento bem acima dos seus colegas, porém a narrativa de um time que não briga por nada faz com que fique esquecido. Se Garrett jogasse numa equipe que briga por playoffs, seu nome seria citado com frequência como um dos melhores de sua posição na liga.

Jonathan Taylor já é uma estrela

Amplamente considerado o melhor running back do Draft de 2020, Jonathan Taylor explodiu neste ano. Na vitória do Indianapolis Colts sobre o New York Jets, ele teve uma atuação de gala: foram 172 jardas e 2 touchdowns em apenas 19 carregadas. Essa foi a quarta partida em 2021 que o camisa 28 correu para pelo menos 100 jardas e só Derrick Henry – que perderá o restante do ano com uma lesão – tem mais avanços terrestres que ele. O ponto mais interessante é que em nenhum jogo, ele correu sequer 20 vezes. Dessa forma, o utilizando de maneira inteligente, os Colts mantém o seu melhor jogador ofensivo sempre com o gás em dia e pronto para produzir, sem sobrecarga e risco de lesão.

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