5 Lições, divisional: Mahomes é feito de adamantium

Tal qual o metal dos quadrinhos Marvel, Patrick Mahomes parece indestrutível. Para além disso, uma ode as lideranças de Lamar Jackson e Dan Campbell

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Por vezes, é preciso ser duro

Não vou falar dos números de Lamar Jackson, apesar dele ser o primeiro quarterback na história a ter 2 touchdowns passados e corridos no mesmo jogo de playoffs. É preciso enaltecer seu discurso pós-jogo e sua capacidade de liderar no momento decisivo. Jackson disse que ao chegar no vestiário no intervalo com o placar em 10 a 10, pediu a palavra e usou termos “que não seriam apropriados de se repetir”.

Dane-se o decoro, era isso que o líder precisava fazer naquele momento e ele. O resultado? 24 pontos anotados no segundo tempo e o Houston Texans despachado sem maiores problemas.

O futuro é muito promissor

Deve doer no torcedor do Green Bay Packers perder o jogo diante do San Francisco 49ers do jeito que foi: com oportunidades para vencer, perdeu um field goal e viu Jordan Love lançar uma interceptação após fazer um grande jogo. Contudo, é sempre bom olhar o lado cheio do copo e ele está borbulhando. Um time jovem, que cresceu na segunda metade da temporada, com duas escolhas extras de dia 2 no Draft e bom dinheiro na free agency – com o provável corte de David Bakhtiari, estimasse US$ 20 milhões -: melhor cenário impossível.

Purdy não precisa ser mais que isso

Não, Brock Purdy não jogou bem e isso mais uma vez prova que os números não falam tudo. Basta ver o jogo e está muito claro que ele errou passes que não costuma errar, deixou jogadas em campo e por vezes, sentiu o tamanho do jogo. Todavia, na última campanha, ele não se acuou e foi para cima. Completou passes em situações adversas, correu quando precisava e conduziu a campanha da vitória. Com esse elenco dos 49ers, Purdy não precisa ser mais que isso: é não atrapalhar e ser decisivo quando precisa.

Dan Campbell é o Dunga de 94

Se você viu a Copa que tirou o Brasil da fila em 1994, obviamente sabe que o craque do time era o baixinho Romário. Contudo, o Brasil não teria vencido aquele título sem Dunga, o capitão. Jogador que não tinha qualidade técnica vistosa, ele outrora tinha sido muito criticado, mas tinha o respeito de todos no grupo, que corriam por ele e acreditavam em sua raça.

Corta para Detroit em 2024. Dan Campbell não é o treinador mais espetacular do ponto de vista tático e também foi bem criticado no passado recente – inclusive por este que vos escreve -, mas tem o respeito de todos dentro dos Lions. O seu coração é maior que tudo e sem ele, a final da NFC não existiria.

Poucos são tão duros como Mahomes.

Patrick Mahomes em determinados momentos me lembra Muhammad Ali. Em outros, Michael Jordan. Outra comparação inevitável é de Tom Brady. Gênio, daqueles que gosta de jogo grande, que sabe o que fazer quando tudo está em jogo. Dane-se os wide receivers ruins, os problemas da temporada regular. O camisa 15 foi até Buffalo, encarou um ambiente hostil, lidou com a adversidade e voltou para Kansas City com a passagem carimbada para sexta final de conferência em seis anos como titular.

Seu esqueleto parece de adamantium[foot]é uma liga metálica fictícia. É um metal raro, quase indestrutível, com o qual o esqueleto do personagem Wolverine, de X-Men, é revestido[/foot] e seu poder de regeneração para dor é de outro mundo: seria Patrick Mahomes o real Wolverine?

Para saber mais:
Dallas mantém McCarthy em forte movimento…para não ir a frente
Podcast ProFootball +: Prévia do divisional
Ep.72 Recap do wild card da NFL – 2023/24

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