5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Tudo pode acontecer na NFC West
Se existe uma divisão equilibrada e que nenhum prognóstico pode ser considerado absurdo, essa é a NFC West. Não é exagero dizer que as 4 equipes podem ir aos playoffs, mesmo que isso seja muito complicado. O nível é muito alto e num bom dia qualquer um dos times pode bater adversários da primeira prateleira da NFL. Quando se enfrentam internamente, o festival de loucuras aparece e transparece ainda mais o equilíbrio.
O Los Angeles Rams chegou até a semana 4 repleto de badalação, após vencer o Tampa Bay Buccaneers na semana 3 e se consolidar como um dos principais postulantes ao Super Bowl. Não que imaginar uma vitória do Arizona Cardinals fosse impensável – afinal o time de Kliff Kingsbury também chegou invicto – mas como a partida se desenvolveu é que surpreendeu: uma verdadeira surra dos Cardinals, que venceram por 37 a 20, com direito a show de Kyler Murray, o Brett Favre moderno.
Quem diria que o Seattle Seahawks, tão criticado por erros de sua comissão técnica neste começo de temporada, pudesse ir até San Francisco e bater os 49ers de Kyle Shanahan? Claro que a lesão de Jimmy Garoppolo complicou a equipe da California, que se viu obrigada a voltar para o segundo tempo com o calouro Trey Lance na posição de quarterback, mas isso não pode em nada tirar os méritos de Seattle: Russell Wilson vem um jogo sólido e seguro, enquanto a defesa apareceu em alguns momentos cruciais, provando que os Seahawks não podem ser descartados.
Na NFC West, a emblemática frase “Só sei que nada sei” de Sócrates, ganha vida todo domingo.
Lamar Jackson espantou qualquer desconfiança
Após a semana 1, quando os Ravens foram derrotados pelo Las Vegas Raiders, existia muita preocupação com Lamar Jackson. Afinal de contas, ele trazia os mesmos problemas das temporadas anteriores, como precisão inconsistente e tomada de decisão questionável. Todavia, de lá para cá, ele estabeleceu um padrão de jogo de grande qualidade e pode até ser considerado na briga pelo MVP. No jogo contra o Denver Broncos, enfrentou uma defesa forte e que com capacidade de complicar seu jogo, mas esteve no controle o tempo todo, quase não cometendo erros, ajudando o Baltimore Ravens a vencer com propriedade. Se seguir nessa toada, Baltimore se torna um grande postulante a final da AFC.
A grande defesa de Washington é uma fantasia
Mais de 30 pontos por jogo: essa é a média que a temida defesa de Washington tem cedido por jogo em 2021. O time venceu o Atlanta Falcons pelo bom desempenho ofensivo, que foi capaz de buscar uma partida em que a equipe estava 8 pontos atrás no último quarto. Entretanto, é preciso ser claro: esse ataque não tem bala na agulha para sustentar a franquia durante toda temporada e se precisar fazer isso semana após semana, as chances de playoffs caem muito. Com nomes repletos de expectativas como Chase Young, Montez Sweat e William Jackson, é melhor a unidade melhorar rapidamente ou Washington terá muita dificuldade até dezembro.
Mayfield não está entregando o que se espera
A vitória do Cleveland Browns sobre o Minnesota Vikings poderia ter sido menos dramática. Bastava o quarterback Baker Mayfield ter jogado um pouco melhor. Se nas 3 rodadas anteriores, o camisa 6 mostrara problemas quando pressionado, nesta semana eles aconteceram com pocket limpo. Passes atrás dos recebedores – somente para Odell Beckham Jr. foram 2 -, leituras ruins e hesitação fizeram com que Baker saísse de campo com apenas 155 jardas aéreas. Pode não ter cobrado seu preço contra os Vikings, mas Mayfield precisa mostrar mais para que o time não sofra tanto.
Trevon Diggs já é uma realidade
Não é mais novidade que a defesa do Dallas Cowboys evoluiu muito com a chegada do coordenador defensivo Dan Quinn. O ex-head coach do Atlanta Falcons tornou a unidade mais simples e funcional, tirando de cada jogador seu melhor. Um nome em especial tem se destacado e merecido louros pela evolução: o cornerback Trevon Diggs. Segundanista, ele já teve uma reta final de 2020 em que mostrava lampejos para se tornar um jogador de impacto na NFL e agora vem provando isso.
São 5 interceptações em 4 partidas, não passando em branco em nenhum jogo. Na vitória sobre o Carolina Panthers foram duas, em 2 drives seguidos no segundo tempo, que ajudaram a consolidar a vantagem da equipe do Texas. Tal qual seu irmão Stefon – wide receiver do Buffalo Bills -, Trevon caminha para o estrelato.
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