5 lições: Nem todo domingo será de glórias

Aaron Rodgers resolveu, mas Steelers não podem ignorar falhar apresentadas diante dos Jets, esperando que o QB resolva toda semana

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Não tem talento que resolva tanta bagunça

O Miami Dolphins se tornou um retrato da desorganização na NFL, e a derrota humilhante por 33 a 8 para os Colts apenas escancara isso. O time não tem identidade, não consegue reagir dentro de campo e parece completamente perdido fora dele. Mike McDaniel, que já foi visto como um dos grandes jovens gênios ofensivos da liga, hoje transmite a imagem de um treinador sem comando, incapaz de ajustar o time ou de impor qualquer tipo de disciplina no vestiário.

O caso de Tua Tagovailoa é ainda mais preocupante. O quarterback, que deveria ser o rosto da franquia, atravessa uma fase tão ruim que, mesmo com um contrato que dificulta sua saída, a permanência em Miami não é mais garantida. Se a equipe já pensa em reconstrução, Tua pode ser uma das primeiras peças a sair.

Um time caótico, sem liderança e sem futuro claro: se nada mudar rapidamente, a temporada pode ser apenas o início de uma implosão maior.

Nem todo domingo é dia de milagre

Aaron Rodgers mostrou mais uma vez porque é um futuro Hall of Famer, lançando para quatro touchdowns na vitória dos Steelers sobre os Jets. A atuação do veterano foi impecável, capaz de mascarar problemas sérios que a equipe apresentou. Mas justamente aí está o ponto: não dá para esperar que Rodgers carregue o time sozinho em toda semana. Aos 41 anos, por mais brilhante que seja, ele não tem condições de compensar falhas estruturais de forma constante.

A linha ofensiva foi um desastre, permitindo pressão excessiva e sem abrir espaços para um jogo corrido praticamente inexistente. Do outro lado da bola, a secundária foi exposta, cedendo jardas fáceis e deixando claro que ainda há muito trabalho a ser feito na defesa aérea.

Se Pittsburgh realmente sonha em competir dentro da AFC, precisa encontrar equilíbrio. Rodgers pode ser a peça que faltava, mas não será suficiente se o resto do elenco continuar vacilando. O time precisa se ajustar rápido, antes que toda a temporada dependa exclusivamente da genialidade de um quarterback que não pode, sozinho, salvar todos os jogos.

O problema não é só quem lança

A situação dos Giants já começa a ganhar contornos de novela após apenas uma semana de temporada. Brian Daboll primeiro se recusou a garantir Russell Wilson como titular após a derrota para os Commanders, para depois retroceder e confirmar o veterano para a semana 2. Essa oscilação passa a sensação clara de fritura, como se o treinador estivesse preparando terreno para lançar o calouro Jaxson Dart.

Não há problema algum em apostar em Dart, afinal o futuro da franquia pode estar em suas mãos. O que falta é transparência. Daboll precisa ser direto com o elenco e com a torcida, ao invés de jogar declarações contraditórias que só aumentam a pressão sobre um time já em crise.

Wilson realmente não joga em alto nível há anos, mas reduzir os problemas dos Giants apenas a ele é simplista. A linha ofensiva é fraca, o grupo de recebedores não assusta ninguém e a falta de talento em várias posições compromete qualquer quarterback. O dilema não é só quem vai lançar a bola, e sim como o time vai produzir algo.

Criar identidade é o primeiro passo

Liam Coen não poderia ter pedido por uma estreia melhor no comando dos Jaguars. A vitória sobre os Panthers mostrou, logo de cara, a principal marca registrada do treinador: um jogo corrido dominante. Foram 200 jardas terrestres, algo que a franquia não alcançava desde a semana 6 de 2022, e um claro sinal de que Coen pretende imprimir sua filosofia já conhecida dos tempos de coordenador ofensivo nos Buccaneers.

Mais do que apenas números, o desempenho terrestre deu ritmo ao ataque, controlou o relógio e facilitou a vida do quarterback, que não precisou carregar o ataque sozinho. É exatamente esse equilíbrio que faltava para Jacksonville em temporadas recentes.

Ainda é cedo para projeções mais ousadas, mas a estreia deixou claro que os Jaguars ganharam não só um treinador, mas também uma identidade. Se o time continuar evoluindo nesse estilo físico e disciplinado, pode sim se colocar como um sério candidato ao título da AFC South.

Poucos amam tanto o jogo quanto Baker

Baker Mayfield mostrou mais uma vez porque conquistou o coração da torcida dos Buccaneers. Diante dos Falcons, com pouco mais de dois minutos no relógio, o quarterback liderou a virada de forma impressionante, deixando claro que nunca desiste de uma partida. A garra e a intensidade com que ele joga são marcas registradas, e ficam evidentes em momentos decisivos como esse.

É verdade que Mayfield não é um QB perfeito. Seus problemas técnicos e certa inconsistência aparecem em diferentes jogos, mas nada disso diminui o impacto de sua postura dentro de campo. Ele compete até o último segundo, mergulha em cada jogada e transmite uma energia que contagia o elenco e a torcida.

Ter um quarterback com esse espírito não garante títulos por si só, mas fortalece a identidade de um time. Baker pode não ser elite, mas é o tipo de jogador que qualquer torcedor gosta de ver defendendo suas cores.

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