5 lições: O caos toma conta da NFL

Semana 6 transformou a temporada numa grande loucura: ninguém mais é favorito, até que se prove o contrário

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas terças-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

1. Ninguém é de ninguém

A temporada 2025 da NFL deixou claro, após seis semanas, que não existe um supertime. O equilíbrio é a palavra de ordem. Pela primeira vez em anos, ninguém conseguiu se manter invicto — um retrato fiel de uma liga onde qualquer um pode vencer em qualquer domingo.

Recentemente, Bills e Eagles pareciam os grandes favoritos. Dois elencos completos, que hoje…estão 4-2, números que não assustam ninguém.

E o caso mais emblemático é o dos Ravens. Tidos como o time mais preparado da AFC antes da bola oval voar pela primeira vez, Baltimore desmoronou. Lesões, erros em momentos decisivos e uma defesa que não impõe respeito resultaram em uma campanha desastrosa de 1-5.

O cenário é imprevisível e empolgante. A ausência de um time dominante torna cada jogo uma incógnita e reforça o encanto da NFL: a temporada ainda está completamente em aberto.

2. Tem horas que é preciso seguir em frente

Os Cardinals podem até ter perdido para os Colts, mas o jogo deixou uma sensação curiosamente positiva: o ataque fluiu melhor com Jacoby Brissett do que vinha fluindo com Kyler Murray. O veterano trouxe calma ao pocket, distribuiu bem a bola e, pela primeira vez em semanas, o sistema ofensivo de Arizona pareceu respirar.

Kyler Murray, por outro lado, segue em um momento complicado: ataque com ele em campo parece travado, sem fluidez.

Ninguém duvida do talento de Murray. Ele ainda é um quarterback explosivo, capaz de mudar o jogo com uma jogada. Mas talvez o problema não seja apenas físico ou tático. Às vezes, tanto o jogador quanto a franquia precisam de um novo começo. E talvez esteja chegando a hora de Kyler Murray e os Cardinals seguirem caminhos diferentes — para o bem de ambos.

3. O upgrade é claro

Sam Darnold tem sido uma das surpresas mais discretas — e eficientes — da temporada. Em Seattle, ele conseguiu algo que muitos duvidavam: ser um upgrade em relação a Geno Smith. O quarterback vem jogando com segurança, tomando boas decisões e mostrando uma maturidade que parecia perdida após anos de instabilidade.

O ponto mais notável é como Darnold vem cuidando da bola. As interceptações, que marcaram sua passagem pelos Jets e Panthers, praticamente desapareceram, tal qual em Minnesota. Ele entende melhor o ritmo do jogo, evita forçar passes e transmite confiança ao ataque. Aos poucos, conquista o vestiário e a torcida, que começa a acreditar que ele pode ser mais do que um simples tampão.

Parte desse sucesso passa pelo sistema de Klint Kubiak. O resultado é um ataque mais equilibrado, eficiente e que, pela primeira vez em muito tempo, dá a sensação de estabilidade em Seattle.

4. Correr é a melhor solução

Dave Canales finalmente parece ter encontrado a fórmula ofensiva dos Panthers. Pela segunda semana consecutiva, a equipe ultrapassou as 200 jardas terrestres — e, dessa vez, o plano de jogo foi coroado com uma vitória convincente sobre os Cowboys. O segredo? Simplicidade, execução e uma linha ofensiva dominante.

O trabalho da OL foi exemplar, abrindo espaços consistentes para Rico Dowdle, que viveu sua melhor atuação da temporada. O running back foi paciente, explosivo e eficiente, simbolizando a nova identidade desse ataque: físico, disciplinado e produtivo.

Com esse foco no jogo terrestre, Canales reduz a pressão sobre Bryce Young, que vinha acumulando turnovers e dificuldades para sustentar drives. Agora, o quarterback é mais um complemento do que o centro de tudo — o que tem feito o ataque fluir com muito mais equilíbrio e confiança. Se essa tendência se mantiver, Carolina pode ter finalmente encontrado um caminho claro de evolução ofensiva.

5. Calouros começam a colocar as mangas de fora

A lesão de Fred Warner é, sem dúvida, a pior notícia entre tantas que o San Francisco 49ers já enfrentou na temporada. O time está acostumado a lidar com desfalques importantes, mas perder Warner é diferente. Ele não é apenas um linebacker — é o coração e a voz da defesa.

Warner é quem organiza o setor, faz os ajustes pré-snap e dita o tom físico e emocional da unidade. Sua leitura de jogo, velocidade e capacidade de cobertura transformam o sistema defensivo dos 49ers em algo único. Sem ele, a comunicação e a disciplina tática tendem a sofrer, por mais talentoso que o elenco ainda seja.

Além do impacto técnico, a ausência de Fred Warner pesa pelo que ele representa dentro do vestiário. É um líder nato, respeitado por todos e exemplo de intensidade em cada snap. Para um time que depende tanto da força de sua defesa, perder seu comandante em campo é um golpe duro — talvez o mais difícil de superar.

Para saber mais:
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Pro Football Talks #03: Entrevista com Guilherme Cohen

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