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5 lições: O certo, por vezes, vem por linhas tortas

Ninguém esperava muito desse Minnesota Vikings e o que mudou o rumo da temporada de vez foi um infortúnio

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Nem tudo tá no script

O Minnesota Vikings surpreendeu a todos nesta temporada. Considerado uma incógnita antes do início do campeonato, o time enfrentava expectativas modestas, especialmente após a lesão do calouro J.J. McCarthy, que estava cotado para liderar a equipe. Muitos acreditavam que a ausência de McCarthy limitaria o potencial do time, mas o que parecia um revés acabou se tornando uma história de superação.

A vitória sobre o Seattle Seahawks, fora de casa, marcou um ponto alto na campanha. Com 13 triunfos na temporada, os Vikings agora estão na disputa pelo cobiçado seed 1 nos playoffs, uma posição que parecia inalcançável meses atrás. Sam Darnold, que assumiu o comando do ataque, ganhou confiança ao longo do ano. Com consistência e liderança, ele provou ser mais do que um substituto, conduzindo a equipe a um desempenho acima das expectativas.

Os Vikings de 2024 são a prova de que, no futebol americano, as coisas certas muitas vezes acontecem por linhas tortas. Antes desacreditado, agora se firma como uma das forças da NFL, mostrando que resiliência e trabalho em equipe são as chaves para superar adversidades.

Calma com Penix

Michael Penix é um nome que merece atenção, mas também paciência. O jovem quarterback teve um início nervoso em sua estreia como titular diante do New York Giants, mas mostrou flashes de talento e evolução conforme o jogo avançou. Ele assumiu uma situação complicada, entrando nos últimos três jogos da temporada, um verdadeiro “rabo de foguete” para qualquer jogador em desenvolvimento.

Apesar da pressão, Penix demonstrou capacidade de jogar como titular. No entanto, é crucial que ele não carregue o peso do time inteiro em suas costas. Na próxima semana, terá pela frente o Washington Commanders em um jogo de primetime, um dos maiores palcos da NFL, e o desafio promete ser intenso. Esse é o tipo de momento que pode moldar sua carreira, mas também exige equilíbrio.

Atlanta espera que Penix seja seu futuro, mas só brilhará se for construído com calma e estratégia.

O que eu quero é personalidade

Jayden Daniels está mostrando tudo que o Washington Commanders queria ao o selecionar no Draft. Mesmo como calouro, ele já entrega momentos que destacam seu potencial. Na emocionante vitória contra o Philadelphia Eagles, Daniels enfrentou desafios, com alguns tropeços durante o jogo, mas demonstrou maturidade ao lidar com a pressão e conduzir a campanha decisiva da vitória nos últimos dois minutos.

Esse tipo de postura é raro em jogadores tão jovens e é exatamente o que as equipes esperam ao investir em um QB no Draft. A capacidade de se recompor após erros e assumir a liderança em situações críticas sinaliza não apenas habilidade, mas também uma mentalidade vencedora.

Embora ainda esteja em processo de evolução, Daniels já dá motivos para acreditar que ele pode ser a resposta para o futuro da posição. Jogadores assim trazem esperança para uma franquia e mostram que, com o tempo e o suporte certo, podem se transformar em verdadeiros pilares do time. A vitória contra os Eagles é um passo significativo nessa jornada.

Uma ode ao craque

Myles Garrett continua a redefinir os padrões de excelência na NFL. O EDGE do Cleveland Browns atingiu um marco histórico ao se tornar o jogador mais jovem a alcançar 100 sacks na carreira diante do Cincinnati Bengals, consolidando sua posição entre os maiores talentos defensivos da história. Esse feito não apenas destaca sua habilidade técnica, mas também sua consistência e impacto desde que entrou na liga.

Aos 28 anos, Garrett já se estabeleceu como um verdadeiro pesadelo para quarterbacks adversários. Sua combinação de força, agilidade e inteligência de jogo é praticamente inigualável. Ele não apenas acumula números impressionantes, mas também domina partidas inteiras, alterando o curso de jogos com sua presença.

O marco dos 100 sacks coloca Garrett entre os gigantes da posição, e ele ainda tem muito a oferecer. Mesmo com a derrota e a pífia campanha de Cleveland, Garrett merece nossa ode.

Quando o caldo apertou

Sempre disse que acho bom o trabalho de Jonathan Gannon reconstruído o Arizona Cardinals, mas que falta profundidade e talento no elenco ainda. Na hora que a coisa mais apertou,  o time espanou: a derrota diante do Carolina Panthers foi quarta em cinco jogos e agora os Cardinals estão eliminados matematicamente. O caminho é bom, mas ainda assim as limitações estavam claras: não existe limonada sem limão que chega.

Para saber mais:
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